A ansiedade infantil provém de duas causas diferentes: por
hereditariedade ou por aprendizagem.
Por HEREDITARIEDADE, quando os membros de uma
família são ansiosos por gerações, o embrião recebe a carga de material genético
que é transmitida através das gerações.
Porém, a causa mais comum é a da APRENDIZAGEM.
Neste caso, a criança não possui a carga de material genético, mas se torna
ansiosa através da observação e da imitação verbais e gestuais dos comportamentos
e/ou das reações emocionais dos pais e parentes com quem convive. Um exemplo
bem simples: A mãe tem medo de barata e grita cada vez que vê uma. O filho
observa a atitude da mãe e vai repetir os mesmos gestos, gritos, expressões
faciais todas as vezes que se deparar com uma barata. Ao observar o pânico que
a mãe sente diante do inseto, ele entende que todas as vezes que vir um
semelhante, deve proceder daquela maneira. E isto vale para tudo, incluindo os
medos e as preocupações, porque é uma espécie de condicionamento
comportamental.
Normalmente, as mães é quem mais ensinam os filhos
a serem ansiosos. Mas também pode ser a babá, a ou quem ficar mais tempo com a
criança. E quem pensa que a criança pequena não observa e não entende nada,
está redondamente enganado.
As mães (avó, tia, babá, irmão ou irmã) que mais ensinam
seus pequenos a serem ansiosos são:
1- SIMBIÓSES – ou seja, são aquelas pessoas que acreditam que o filho é extensão delas. São pessoas que não conseguiram
cortar o cordão umbelical emocional ou psicológico. Assim, acreditam que o que
é bom (ou ruim) para ela, também é para o filho. o que ela sente ou pensa, o
filho deve sentir ou pensar. São aquelas que fazem tudo por, para e no lugar do
filho. Conheci uma criança que falava poucas palavras e ficava irritada quando
eu pedia para que ela explicasse alguma coisa, porque pai e mãe falavam por e
no lugar dela.
Assista ao vídeo
2- SUPERPROTEÇÃO – o excesso de
proteção é comum. E as pessoas que agem dessa maneira, veem perigo em tudo.
Agem por meio de uma preocupação excessiva que a faz proteger o outro a
qualquer custo para que, inconscientemente, ela se sinta bem. Está frio? Bota a
blusa para não ficar doente (e já vai colocando). Viu nuvem escura no céu,
sinal de chover? E lá vai ela correndo para a escola para levar o guarda-chuva.
Nestes casos, as crianças ficam sempre tão protegidas que nem sentem vontade de
tomar uma atitude para sair desse enredo de proteção.
3- ESTILO DE EDUCAÇÃO PARENTAL – são pais exigentes
e intransigentes que focam apenas nos erros e falhas que os filhos cometem por
não terem a mesma experiência que eles. São aqueles criticam mais do que
elogiam. Essa pressão e exigências excessivas são contraproducentes o filho
fará tudo com medo das reprimendas, contribuindo para a instalação da
ansiedade.
4- SITUAÇÕES DE VIDA – considera-se situação de
vida os acontecimentos traumáticos e os episódios estressantes da vida e os
episódios familiares.
a) São acontecimentos
traumáticos estão os maus tratos físicos e emocionais, todos os tipos
de acidentes (de carro, arma, fogo, quedas,...), catástrofes naturais, guerras,
assaltos, dentre outros.
b) Por episódios
estressantes entende-se que a vida nos impõe como separações ou divórcio dos pais,
doença ou falecimentos de familiares próximos, mudanças de escola ou de casa.
etc.
c) Os episódios familiares
são aqueles em que, quando o filho precisa, os pais estão indisponíveis como:
por viajarem frequentemente (a passeio ou a serviço), por rejeitarem os amigos
do(s) filho(s), o nascimento de um irmão, alteração de situação financeira, pais
emocional ou fisicamente indisponíveis.
A causa está na criança quando:
1- A criança tende a interpretar os desafios das
situações de forma pessimista. Ela receia o enfrentamento e, por isso, não
experimentam novas saídas. Os pais simbióticos, protetores em excesso,
exigentes ao máximo ou os que acham que essa é uma atitude normal porque são
pequenos, estão reforçando a sensação de que seus filhos são INCAPAZES E NÃO
SABEM LIDAR com a ansiedade, o medo e a angústia que sentem.
2- Quanto mais FREQUENTES forem as EXPERIÊNCIAS
NEGATIVAS da criança durante o seu crescimento, mais probabilidade ela terá de
vir a desenvolver a ansiedade a curto, médio ou longo prazo.
FONTE:
apontamentos dos cursos que fiz
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