quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Conversa de adultos 7 – DOS 5 AOS 6 ANOS


Aos 5 anos, as crianças mostram um rápido desenvolvimento muscular, apresenta grande atividade motora e um controle maior dos movimentos. Já conseguem escovar os dentes, pentear os cabelos sozinhas e vestir-se com pouca ajuda. Aos 6 anos, já podem ser definidas como destras ou canhotas. São capazes de se vestirem e calçarem os sapatos sozinhas (e podem começar a aprender a amarrá-los). Fazem sua higiene com autonomia e podem manifestar certas dores localizadas, como dores de cabeça ou de estômago (embora mostrem a barriga).


Quanto ao desenvolvimento intelectual, aos 5 anos, já apresentam um vocabulário com cerca de 1.500 a 2.000 palavras; manifesta interesse pela linguagem, fala intensamente e sobre vários assuntos de seu interesse; compreende ordens com frases negativas. Articula bem vogais e consoantes e constrói frases estruturadas, apresenta uma curiosidade incrível e faz muitas perguntas. Diferencia fantasia e realidade, compreende conceitos de número (mais, menos, maior, menor...); de espaço (dentro, fora, debaixo, em cima, atrás, na frente de ou em frente de...) e de tamanho (grande, pequeno, médio). Compreende que os desenhos que vê ou que faz, representam os objetos reais, e começa a reconhecer alguns padrões encontrados nos objetos como: objetos redondos ou quadrados, objetos macios, animais etc.

HISTÓRIAS: um mundo mágico

Aos 6 anos, fala fluentemente, usa corretamente o plural, pronomes e tempos verbais (presente e passado) embora se atrapalhe um pouco com o futuro). Adora contar casos e histórias e tem apreço por ouvir a leitura de histórias; apresenta boa memorização para histórias e consegue repeti-las. Sabem seguir instruções e aceita supervisão nas tarefas a elas destinadas. Conhece as cores pelo nome, já existe uma cor de preferência e uma de repulsa. Conhece e reconhece os números de 1 a 9 pelo símbolo, e consegue contar até um pouco mais que 10. Agrupam e ordenam objetos por tamanho, cor, formas, identificam os objetos maiores e menores.

Há um princípio de entendimento dos conceitos de “antes, depois, em cima, embaixo, dentro e fora de alguma coisa”. Começa a entender também os conceitos de tempo: ontem, hoje e amanhã. Por isso, as confusões devem ser compreendidas e as correções feitas sem gozações. Adora conversar durante as refeições.


Socialmente, aos 5 anos, gosta de brincar com outras crianças de sua idade, mas podem ser muito seletivas em alguns casos. Adora imitar os adultos, inclusive usar suas roupas e outros pertences. E capaz de realizar partilhas e respeitar a vez do outro. Aos 6, a mãe ainda é a figura importante em sua vida, por isso, seu maior medo é separar-se dela. Adora copiar o que os adultos fazem, principalmente, o que a mãe faz. Brincam com meninos e meninas ou com grupos deles, mas prefere os do mesmo sexo. Seu comportamento está mais calmo, não é mais tão exigente nas relações com os amigos. Também brinca sozinho e não precisa de supervisão. Sabe esperar a vez e compartilhar suas coisas e lanche. Tem curiosidade para saber de onde vêm os bebês. E está numa fase de conformismo com as coisas ao seu redor, no entanto, é crítica com aqueles que não apresentam o mesmo comportamento que o seu.

Emocionalmente, aos 5 anos, os pesadelos são comuns nesta idade. Pode ter ou não amigos imaginários por tem uma grande capacidade de fantasiar. Constantemente, testa o poder (autoridade) e os limites dos outros (pais, principalmente) com comportamentos desafiantes e de oposição (teimosia), mas depois, fica envergonhada com a atitude tomada. Confia em si mesma.  Aos 6 anos, podem apresentar alguns medos criados pela própria imaginação, como: do escuro, de cair, de cães ou de dano corporal. Esses medos precisam ser desfeitos logo para que não fiquem para o resto da vida. Cansada, nervosa ou chateada, poderá roer as unhas, piscar repetidamente os olhos, fungar e precisam ser corrigidos com atitudes delicadas pelos adultos, caso contrário se agravam. Apresentam maior sensibilidade com relação às necessidades e sentimentos dos outros. É mais solícita e tem bom coração. No entanto, quando são obrigadas a comer algo que não gostam ou não querem, são capazes de simular ou provocar vômitos.

Moralmente, dos 5 aos 6 anos, já têm consciência de certo e errado, preocupa-se em fazer o que é certo. Por sentirem vergonha dos que fazem, podem jogar a culpa nos outros pelos seus próprios erros, pois assumir a culpa pelos seus atos ainda é difícil.

COMO AJUDÁ-LOS AINDA MAIS?

Seus filhos são capazes de realizar tarefas que exijam um controle do corpo cada vez mais preciso. E você pode ajudar sim, e de uma maneira muito legal: brincando com ele e o desafiando.

E desfiar uma criança não é assim tão difícil, não é? Basta dizer que você faz uma coisa que ele não faz.  Mostre e espere que ele faça. E ele fará com a melhor boa vontade. E mais, ele vai te surpreender.

Desenvolva o sistema motor:



1- SALTANDO DISTÂNCIAS MAIORES – Em distâncias maiores não dá para saltar com os dois pés juntos. É preciso que uma das pernas vá na frente da outra, para que a de trás possa dar o impulso. Dessa forma, aumente um pouquinho por vez, sempre que sentir que ficou fácil para a criança. Porém, tome cuidado para não ultrapassar a largura da passada da criança. E sempre que conseguir superar o desafio proposto, elogie e faça festa.


2- TRABALHE O EQUILÍBRIO – andar sobre linha traçada no chão ou em corda, ripa, etc.


3- FORMAS DE ANDAR: andar para a frente e para trás, de lado (afastando um pé e unir com o outro), andar cruzado na frente (perna direita cruzando na frente da esquerda e depois ao contrário) e na ponta dos pés. Estas formas de andar podem ser trabalhadas com música (como coreografia) no desenvolvimento do ritmo. Este é um desafio bem legal e que as crianças gostam muito.

4- BRINQUE E DESAFIE SEU FILHO a andar nas pontas dos pés, a imitar os animais utilizando todo o corpo, como por exemplo, rastejando como uma cobra, saltando agachado como um sapo, etc. E depois podem usar isso com música, para trabalharem o ritmo.

5-  AGARRAR E LANÇAR a bola com a mão.

Desenvolva o senso de responsabilidade:

1- HABITUE seus filhos a organizarem os próprios pertences (roupas, sapatos, brinquedos e outros).


2- PEÇA AJUDE para seu(s) filho(s) nas tarefas da casa até que vire rotina. É essa rotina quem exercita a coordenação motora, como: dobrar peças de roupa, guardar objetos na gaveta, secar a louça, recolher um lixo, varrer o quintal etc. Se forem mais de um filho, faça rodizio das tarefas a cada semana ou conforme o combinado.

3- RECOMPENSE estas atividades com um lanche gostoso, um doce da preferência dele(s), uma coisa que ele goste de fazer (pintar, desenhar, brincar com um amigo ou outra coisa que eles gostem).