terça-feira, 11 de dezembro de 2018

OS GRAUS DO AUTISMO


Os graus do autismo ainda estão cercados de muitas dúvidas. Uma dessas dúvidas é a da existência ou não desses graus e como eles são avaliados.

Muitas dessas dúvidas decorrem das muitas mudanças que foram apresentadas nas várias publicações do DSM-V (Manual de Diagnóstico e Estatística das Desordens Mentais) e são realizadas pela Associação Psiquiátrica Americana. O objetivo desse manual aponta uma série de critérios que devem ser observados pelos médicos quando precisam diagnosticar as doenças mentais apresentadas de seus pacientes.

Quais são essas dúvidas? – você deve estar se perguntando. Já vimos em postagens anteriores a História do Autismo. Lendo essa História, você dever ter percebido na quantidade de nomes que o autismo já teve, não é mesmo? Só para lembrar: Transtorno Autista, Transtorno de Asperger, Transtorno Desintegrativo da Infância.

Todas essas mudanças na nomenclatura trazem uma insegurança em relação ao assunto, principalmente, para os pais de crianças autistas. É como se, apesar dos estudos realizados até hoje, parece que ninguém chegou a uma conclusão definitiva. Mas o assunto é difícil e complexo mesmo, que demanda tempo, muita observação e exames clínicos biológicos, psiquiátricos e neuropsicológicos.

A segunda mudança, é que o DSM-V quer enquadrar todos os tipos ou graus do autismo num único grupo. A primeira tentativa foi colocar tudo num grupo chamado Transtornos Globais do Desenvolvimento. Recentemente, essa nomenclatura foi modificada passando a ser chamado de TEA, ou seja, sigla do Transtorno do Espectro Autista.

A terceira mudança é que os médicos que se valem do DSM-V em seus diagnósticos, ficam em dúvida quanto aos vários subtipos que o autismo assume dependendo dos graus de severidade do transtorno. Sem contar que, em cada grau também há variações.

Devido a todas essas dúvidas, o grupo TEA (Transtorno do Espectro Autista) lança como critério de classificação: grau leve ou nível 1; grau moderado ou nível 2 e grau severo ou nível 3.


Segundo esse critério, o DSM-V pretende apoiar as necessidades de cada um, levando em conta: as dificuldades na comunicação, nos interesses restritos e comportamentos repetitivos. Em outras palavras, o que o manual pretende é considerar e atender as variações de dificuldades dos autistas compreendendo que cada autista é um ser único dentro do espectro do autismo. Para isso, os níveis falam da necessidade de apoio que os autistas devem receber.