Os graus do autismo
ainda estão cercados de muitas dúvidas. Uma dessas dúvidas é a da existência ou
não desses graus e como eles são avaliados.
Muitas dessas dúvidas
decorrem das muitas mudanças que foram apresentadas nas várias publicações do DSM-V
(Manual de Diagnóstico e Estatística das Desordens Mentais) e são realizadas
pela Associação Psiquiátrica Americana. O objetivo desse manual aponta uma
série de critérios que devem ser observados pelos médicos quando precisam
diagnosticar as doenças mentais apresentadas de seus pacientes.
Quais são essas dúvidas? – você
deve estar se perguntando. Já vimos em postagens anteriores a História do
Autismo. Lendo essa História, você dever ter percebido na quantidade de nomes
que o autismo já teve, não é mesmo? Só para lembrar: Transtorno Autista,
Transtorno de Asperger, Transtorno Desintegrativo da Infância.
Todas essas mudanças na
nomenclatura trazem uma insegurança em relação ao assunto, principalmente, para
os pais de crianças autistas. É como se, apesar dos estudos realizados até
hoje, parece que ninguém chegou a uma conclusão definitiva. Mas o assunto é
difícil e complexo mesmo, que demanda tempo, muita observação e exames clínicos
biológicos, psiquiátricos e neuropsicológicos.
A segunda mudança, é que o DSM-V
quer enquadrar todos os tipos ou graus do autismo num único grupo. A primeira
tentativa foi colocar tudo num grupo chamado Transtornos
Globais do Desenvolvimento. Recentemente, essa nomenclatura foi modificada
passando a ser chamado de TEA, ou seja, sigla do Transtorno do Espectro
Autista.
A terceira mudança é
que os médicos que se valem do DSM-V em seus diagnósticos, ficam em dúvida quanto
aos vários subtipos que o autismo assume dependendo dos graus de severidade do
transtorno. Sem contar que, em cada grau também há variações.
Devido a todas essas dúvidas, o
grupo TEA (Transtorno do Espectro Autista) lança como critério de
classificação: grau leve ou nível 1; grau moderado ou nível 2 e grau severo ou nível 3.
Segundo esse critério, o DSM-V
pretende apoiar as necessidades de cada um, levando em conta: as dificuldades
na comunicação, nos interesses restritos e comportamentos repetitivos. Em
outras palavras, o que o manual pretende é considerar e atender as variações de
dificuldades dos autistas compreendendo que cada
autista é um ser único dentro do espectro do autismo. Para isso, os níveis
falam da necessidade de apoio que os autistas devem receber.
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