domingo, 9 de maio de 2021

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Sueli Freitas

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Conversa de adulto (15.3) – “PAPO SÉRIO”

Olá, pessoal. Mais uma vez, venho pedir desculpas pelo atraso na postagem. Mas peço que me compreendam, pois como já disse desde o começo desta série, tenho entrado em contato com muita coisa feia e visto até onde chega a maldade de alguns seres humanos, se é que se pode chamar assim algumas pessoas. Com certeza, isto mexe muito comigo, fazendo com que eu fique muito mal. Mas, não posso me calar, pois só com o conhecimento do que ocorre e a colaboração das famílias e da sociedade em geral, é que conseguiremos erradicar definitivamente este mal. Então vamos continuar... Não sou de desistir assim tão fácil... 

Há uma estratégia maquiavélica para atrair as crianças de 7 a 12 anos. Nesta idade, a maioria das crianças já tem celular. E os usam com maestria e exploram a internet como ninguém. Elas entram em sites, chats e zonas obscuras da Internet que nós, adultos, nem sonhamos existir. Muito menos, como entrar nesses lugares. 

Ninguém pode negar que a internet é atraente para qualquer pessoa. Dependendo do interesse, ficamos horas navegando nela. Evidentemente, esse mundo virtual também é atraente para as nossas crianças. É um mundo cheio de possibilidades que se nos apresenta com apenas um toque, um click. Assim como ocorre com os adultos, as crianças também se divertem e se distraem principalmente nesta época de “fique em casa”. 

Entrar em contato com outras pessoas, conhecidas ou não, via internet é muito fácil. Qualquer pessoa pode entrar num bate-papo (ou chat) de qualquer canal acessado. Conversamos, expressamos nossas opiniões, rebatemos ideias, concordamos em outras nas chamadas redes sociais. 

Se pensarmos em quem são nossos “amigos virtuais”, com certeza chegaremos a conclusão de que são pessoas que não conhecemos e nunca vimos, pelo menos em sua grande maioria. São pessoas que aceitamos como “amigos virtuais” porque eram conhecidos de alguém, por interesse em divulgar um trabalho ou porque solicitaram sua aprovação. E fizemos o mesmo com outras pessoas, pedindo que fossem nossos amigos. É assim que nossas páginas nas redes sociais aumentam seus seguidores. Mas no fundo, sabemos que são pessoas que não são da nossa roda de amizades. Algumas nos cativam, sim. Tornam-se pessoas queridas e, muitas vezes, sem a possibilidade concreta de um encontro pessoal. Tenho muitas assim. Esta é a parte boa da internet e das redes sociais. 

Com as crianças não é diferente. A diferença é que nós, adultos, colocamos em ação uma coisinha chamada “DESCONFIÔMETRO” e as crianças, não. As crianças acham que todo mundo é bom, simpático e amigável. O nosso “desconfiômetro” nos faz perceber que devemos “omitir” alguns dados pessoais, pois não temos a certeza com quem estamos lidando do outro lado da tela do computador ou celular. E esta é a nossa grande preocupação com relação aos pequenos. 

Sabemos que nesses canais, ditos “infantis” e, principalmente, participando dos “chats”, não raras vezes, alguns adultos se “disfarçam de crianças” na tentativa de atraí-las com algum propósito escuso. Ficam lá na espreita, esperando uma pequena oportunidade para entrar em ação. 

Suponhamos que num determinado chat, alguém (que pode ser o próprio adulto) escreveu alguma e uma criança (X) respondeu. O com a resposta (Y) viu a oportunidade esperada. Então começa um paciente e maquiavélico preparatório ao ataque certeiro. (Y) elogia o comentário de (X), que agradece como resposta. E (Y) mantém uma pequena conversação amigável com (X) até que (Y) propõe encontrarem-se novamente no mesmo chat, no dia seguinte. 

Como (Y) é uma pessoa bastante convincente, (X) fica empolgado com o “novo amigo” e retorna no dia seguinte. E nos posteriores também. As conversas são aparentemente “normais” e “despretensiosas”. Mas sempre, em algum momento, (X) é levado a postar uma frase ou faz uma menção sobre sua vida ou da família. Ponto para (Y) que obtém alguns dados. Com o passar dos dias e encontros, já que (Y) está certo de ver seu intento frutificar e ele não tem pressa, mas vai coletando outros dados importantes como nome completo e idade da criança, escola onde estuda, seus melhores amigos, se tem irmãos (nome e idade deles), se os pais trabalham fora, horário do trabalho dos pais, redes sociais das quais participa, etc.... até chegar ao NÚMERO DO CELULAR da criança. 

Como é um papo “maneiro” e despretensioso, (Y) leva a criança a dizer coisas sem que ela perceba, envolvendo-a numa aura de CONFIABILIDADE. É aqui que começa a maldade. De posse dos dados e do número do celular, (Y) envia mensagens e mais tarde, passa a ligar em horários que os pais não estão em casa e deixa claro que tudo está baseado na CONFIANÇA entre eles e, por isso, os pais não precisam saber. 

Então, tem início uma segunda etapa do ataque: o JOGO. E me digam: qual criança que não gosta de um bom jogo de desafios? 

O (Y) envia uma foto de criança (uma das muitas que geralmente possuem, porque este procedimento é uma espécie de ritual, um “modus operandi”) e propõe que (X) faça o mesmo. Percebam a jogada: Ao enviar a foto de rosto primeiro (Y) mostra que “confia” em (X). E se (X) realmente confiar em (Y) também mandará a sua. E (X) envia. 

É lançada uma brincadeira: JOGO DE ENVIAR FOTOS um para o outro, onde quem estabelece as regras e define os desafios é sempre (Y). Se (X) insiste em sugerir, sempre haverá um ponto a ser modificado, o que acaba sempre prevalecendo a vontade de (Y). 

O jogo começa com pequenos e divertidos desafios como tirar uma foto tomando um suco e derrubando na roupa, comendo um chocolate e se lambuzando todo, etc, para que gerem muitas risadas de ambas as partes. Mas, aos poucos, os desafios vão ficando mais complicados, como fotos no banho (nudez exposta) ou foto de suas partes íntimas. 

Suponhamos que (X) se recuse a enviar tais fotos. (X) passa a receber uma mensagem afirmando que a amizade está terminada, porque (X) não confia mais em (Y). E some por uns dias. 

A esta altura, (X) já está muito ligado em (Y) do que imagina, (X) sofre e não suporta a ausência do amigo. Então, tira a foto e envia. (Y) exulta de alegria, porque (X) está no papo. 

Já sei, que vocês querem saber o que fazem com essas fotos. Eles vendem as fotos e informações a outros pedófilos (e o preço é alto); oferecem a criança para os traficantes de pessoas (o preço nesta idade não e tão alto, mas ainda assim, vale a pena), chantagear a criança e extorquir dinheiro da família (se for necessário). Entendam isso. Eles NUNCA PERDEM. 

Com as últimas fotos que (Y) chama de “SECRETAS”, ele propõe um encontro pessoal em dia e hora marcados por ele. Lembram-se do número do celular? E depois do acordo aceito, tudo é apagado. Nada pode ficar registrado, nada de vestígio, nem mesmo na operadora de telefonia. 

Lembre-se: A criança já está tão envolvida, que partilham de um mesmo “SEGREDO”, e esse segredo impede (X) de voltar atrás. Por isso, (X) aceita o encontro cara a cara. E o encontro é marcado não muito longe da residência ou da escola. 

Sim, eu sei o que estão pensando, porque pensei o mesmo. Como fazem para se mostrarem como adultos, não é? Todo (Y) é um grande mentiroso. E inventar uma história de que o garoto está doente e chama por (X), porque haviam marcado um encontro naquele dia, hora e local e que aquele homem é o pai (tio, irmão mais velho, amigo da família) ou sei lá o que mais, é muito fácil. Simples assim. Ah!!! (Y) também pode ser mulher. 

E novamente (X) cai na conversa e vai, com pena do amigo. (X) pode ser levado para aquela casa no centro da cidade (local menos visado) ou o levam diretamente para um dos inúmeros túneis no subsolo do planeta. 

As crianças desta idade, geralmente, são usadas no tráfico sexual, rituais satânicos e venda de órgãos, aqui mesmo ou no exterior. As meninas acima dos 10 anos, podem substituir as antigas “procriadoras”, ou seja, servem para gerar filhos e quando eles nascem são retirados sem que possam vê-los. Esses bebês vão servir para as atividades descritas no “PAPO SÉRIO 1”, aqui abaixo. 

Embora tenha havido uma diminuição no número de crianças desaparecidas, eles ainda acontecem. Portanto, TODO CUIDADO É POUCO. 

ALERTA: 

· ALERTE sobre isto com seu filho 

· INSTRUA sobre não informar dados pessoais a ninguém 

· INSTRUA para não falar nada sobre a família 

· VIGIE com quem seu filho fala no celular. 

· Saiba QUE CANAIS sua criança acessa 
 
· E se pedirem foto, NÃO ENVIE


Fontes

Relatos de pessoas com menores raptados e encontrados
Relatos Policiais
E um pouco da minha imaginação para não chocar vocês.