terça-feira, 11 de dezembro de 2012

MIOPIA, HIPERMETROPIA E ASTIGMATISMO



DISTÚRBIOS PERCEPTIVOS VISUAIS 

O olho é um órgão complexo. Ele é formado pela córnea, íris, pupila, cristalino, retina, nervo ótico e esclera.

A córnea é uma membrana convexa e transparente que tem a função de cobrir a parte mais externa do olho. A íris é a parte colorida do olho. A pupila é um orifício (ponto preto no centro da íris) por onde entra a luz. Já na parte interna do globo ocular estão: o cristalino é uma membrana ovalada e esbranquiçada que recebe e envia a luz para a retina, uma película bastante sensível à luz. Entre o cristalino e a retina existe um líquido chamado humor vítreo que conduz a luz. Ligado á retina está o nervo ótico que tem a função de enviar para o cérebro as imagens formadas. Cobrindo toda a parte branca do globo ocular há uma membrana chamada esclera.

Para que se possa ver, a luz deve atingir a córnea, entrar na pupila, passar pelo cristalino e ser refletida para a retina onde as imagens se formam e, em seguida, para o nervo ótico.

Dentre os distúrbios perceptivos visuais são comuns: a miopia, a hipermetropia e o  astigmatismo. A diferença entre estes distúrbios está na curvatura da córnea, pois o que ocorre, nada mais são do que falhas de refração ou de foco.


Na miopia, a córnea é muito curva e faz com que a luz refrate de forma a não atingir o ponto correto da retina. Assim, as imagens se formam antes de atingi-la provocando uma dificuldade em enxergar o que está distante. As imagens ficam embaçadas ou não percebidas. Isto também pode ocorrer quando o formato do olho é mais alongado.


Na hipermetropia, a córnea é mais rasa ou plana, fazendo que as imagens dos objetos se formem depois da retina, causando uma dificuldade em enxergar os objetos que estão mais próximos. As imagens ficam embaçadas ou borradas, enquanto que o restante fica nítido. Isto também pode ocorrer quando o formato do olho é pequeno.


No astigmatismo, a córnea é mais ovalada do que esférica, permitindo que a visão dos objetos fique distorcida, tanto para longe como para perto. Isto porque a luz atinge vários pontos da retina. Nestes casos, são comuns as queixas de dores de cabeça (cefaleia) e de que a luz incomoda (fotofobia) provocando lacrimejamento.

Estes distúrbios não são adquiridos, ou seja, não ficamos míopes, hipermetropes ou com astigmatismo ao longo dos anos. Ao contrário, nascemos assim.

Para uma criança é difícil perceber que enxerga mal porque ela sempre enxergou daquela forma.Por isso, acredita que todas as pessoas enxergam assim.  É preciso que os pais estejam atentos e consultem o oftalmologista a cada dois anos e, impreterívelmente, quando decidirem colocar a criança na escola. 

A correção destes distúrbios é simples com o uso de lentes corretivas. Após a maioridade (21 anos), por estarem terminados os estirões de crescimento, os médicos recomendam a correção cirúrgica. Estes distúrbios, embora não impeçam que a criança aprenda, trazem muitos problemas e rótulos para elas.

Saber destes distúrbios ajuda na colocação de crianças na sala de aula. Miopes e astigmatas devem sentar nas primeiras carteiras. Outra preocupação com os astigmatas são os reflexos luminosos que incidem na lousa. A localização da criança deve ser oposta a esta incidência.Já os hipermétropes devem sentar no centro da sala.