1- AUTO-CONFIANÇA – Vocês podem “ressaltar as qualidades” do filho ou do aluno. Mostre que acredita na capacidade que ele tem em fazer alguma coisa que é importante.
Mas suponha que seu filho (a) fez algo que não
devia fazer e que deve ser censurado. E é aqui que devemos nos preocupar: com a
repreensão. Então não se deve repreender?
Não é bem assim. Se a criança fez algo que deve ser
censurado, essa censura deve ocorrer, porque ela mesma espera por isso. Se não
dissermos nada, dará a ela o entendimento de que poderá repeti-lo porque nada
acontecerá ou que ficará impune. É preciso corrigir a ação, sim. E com
veemência. Mas com a clareza de que “repreendemos
a ação” e não a pessoa.
Ouça os motivos dos dois lados envolvidos no caso (se
possível) para saber o que causou, quem começou, quem reagiu etc. Diante dos
dados, sente e converse sobre o “assunto” com o seu filho (a). E se for
professor, com os dois. Converse no dia do acontecimento. NUNCA DEIXE PARA
OUTRO DIA. Nesta idade, as crianças esquecem com facilidade e o amanhã, é um
outro dia, algo a ser construído.
Comece a conversa ressaltando os pontos positivos e
negativos do fato em questão. NUNCA diga: - “Você é muito briguento! Você é mau! Você é
preguiçoso! Eles focarão nessas críticas e acreditarão nelas. Estes conceitos
falam mais das pessoas do que das ações que cometeram e todo o restante da sua
ação terá sido perdido. Ao contrário, ENFATIZE que ele (a) é uma boa pessoa,
mas que num momento de descuido ou de nervosismo, fez algo que não devia e que
é reprovável (brigou, bateu ofendeu...). E que ao fazer isso, perdeu a razão.
Afirme que você não gostou da atitude tomada, mas
que confia e espera que ele (a) nunca mais a repita. Porém avise que, caso seja
repetida, você terá de tomar providências mais enérgicas. MAS NÃO DIGA O QUE
FARÁ, pois terá de cumprir à risca e você poderá esquecer do prometido. No
entanto, seu filho ou seu aluno não esquecerá e ficará esperando por ela, até
mesmo para te testar.
No final da conversa, peça a seu filho ou alunos
encontre (m) uma solução que não seja a atitude tomada e a tomada de decisão do
que fará com o colega no dia seguinte. Dê um tempo (uma hora, no máximo), mas
deixe aberta a possibilidade de te procurarem antes desse tempo caso
encontrarem a solução mais cedo. Não deixe no vazio e cobre as duas resoluções.
2- OS ELOGIOS e CRÍTICAS – Elogios e críticas
excessivos sempre são preocupantes. Elogios e críticas devem sempre ter uma “boa razão”. Quando se elogia por
qualquer coisa, a criança se torna uma pessoa “arrogante, intransigente, se sempre melhor que os outros” e “não
aprende lidar com as críticas”. Quando as críticas são a todo momento e por
qualquer coisa, faz a criança se sentir “inferior
às demais pessoas”, “depressiva”, “dependente” e “incapaz”.
O elogio ou a crítica deve se justa e merecida. Se
fez coisa muito boa, elogie. Se fez do tipo meia-boca, não elogie e como
“crítica” afirme a seu filho ou aluno “que você tem certeza de que ele (a) pode
fazer melhor”. Caso tenha feito algo que exija uma crítica mais
contundente, peça a ele que avalie o que foi feito, se está contente com o
resultado. Caso reafirme, diga a verdade: mostre os pontos falhos e peça que
refaça. Simples assim.
Que adulto não teme e não imagina mil e uma coisas
ao entrar num beco escuro? Para acabar com essas fantasias basta uma luz, mesmo
que seja fraquinha. Mas é preciso ajudar seu filho a encarar outros
receios ou medos maiores e que vão surgir ao longo da vida. Medos reais, também
conhecidos como “inseguranças”: E
para isso, é preciso que entendam o que estão sentindo.
A primeira coisa que filhos e alunos precisam
entender é que “sentir medo nada tem a
ver com covardia”. O medo é salutar porque garante a proteção de nossa
vida, E nada nos não impede de tentarmos superá-lo. O medo tem utilidade e nos
move para a frente.
Vencer o medo é um ato de coragem e é uma das
maiores façanhas dos seres humanos. O corajoso é admite que algo causa medo,
mas acredita que pode vencê-lo, e quando isso acontece se torna uma pessoa
melhor.
Sem a coragem nada se faz e nada se consegue. Sem
coragem não estudamos, não aprendemos, não nos socializamos, não fazemos
amigos, não trabalhamos, não casamos, não criamos filhos etc. E sobre isto trataremos na(s) próxima(s) postagem(ns).