terça-feira, 9 de abril de 2013

DISTÚRBIO DE PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM


Sabemos que os órgãos dos sentidos são os principais responsáveis por captar os estímulos do ambiente e enviá-los para o cérebro. Na escola, a visão e a audição são as mais importantes.

E, por falar em visão, mesmo que a criança enxergue bem (acuidade visual), algumas vezes, não rendem o esperado na escola, porque encontram dificuldades para aprender. Porque isto acontece?

Basicamente, os órgãos dos sentidos estão estruturados da mesma maneira. Todos possuem um: um “sensor periférico composto de células sensíveis que captam os estímulos do ambiente e o fragmenta em pequenos itens (decodificação) para que corram pelos nervos até o Sistema Nervoso Central (SNC); de um “analisador central” que reúne tudo os fragmentos (codificação), identifica e seleciona os estímulos mais importantes para que se coloque a atenção e que nos concentremos nele para desempenhar uma tarefa; e, finalmente, de um “sistema integrador” localizado dentro do cérebro.

O trabalho do cérebro é o de “organizar” todas as informações que chegam até ele. Para isso, liga-se a diferentes sistemas sensoriais para identificar, analisar, interpretar e classificar os estímulos; colocar em ação várias áreas cerebrais; buscar e enviar respostas motoras, o mais rápido possível.

Vamos supor que todas as vias de entrada da informação estão perfeitas e em pleno funcionamento. Mas, no momento em que as informações entram no cérebro, este não consegue reconhecer, organizar ou buscar as respostas adequadas. A isto chamamos de “distúrbio de processamento”. Pode ocorrer num único sentido ou em todos ele.

As crianças com distúrbio de processamento visual (DPV) não dão respostas adequadas porque seu cérebro fica confuso ou é lento demais. Por isso, não reconhecem certos detalhes, formas, posições, direções e tamanhos.

As principais dificuldades são:

NA LEITURA
  • o reconhecimento de fotos, mapas e figuras;
  • a compreensão de objetos em movimento
  • a compreensão do que lê
  • confunde a forma das letras
  • não percebem as linhas do caderno
 


NA ESCRITA


Não conseguem juntar as letras sozinhos
  • disgrafia (letras grandes e irregulares)
  • pouco entendimento da gramática e das regras de ortografia.


 NA MATEMÁTICA


 
  • no reconhecimento de alguns números
  • na organização e na sequencia dos cálculos
  • a realização de expressões numéricas e equações matemáticas


NOS DESENHOS E JOGOS


    
Os desenhos apresentam poucos detalhes. Num jogo de sequência não 
conseguem perceber o mais comprido e o curto

     
Ao montar uma torre, não observam o tamanho das peças 
e não conseguem montar um quebra-cabeças porque não identificam os detalhes

  
NO COMPORTAMENTO
   
  • dificuldade em olhar para o que fazem;
  • atenção curta e se desconcentra facilmente
  • agitação e/ou impulsividade
  • hiperatividade ou introversão (neste caso, com tendência ao isolamento)
  • desajuste social (a maioria brinca com crianças mais novas ou adultos excessivamente tolerantes por serem mais fáceis de dominar)
  • baixa noção de perigo

fonte:
apontamentos de aula