Rastreamento
é a atividade de ligar pontinhos ou pequenos traços. Muita gente diz que esta
atividade já está ultrapassada, que é coisa do tradicionalismo escolar. Ah, a modernidade!
E
em nome da “modernidade” nunca se viu tantas crianças com letras ilegíveis,
irregulares e cheias de erros de traçado de letras e números. Muitas delas
fazem malabarismos para escrever por conta dos gestos pouco econômicos que
usam. E por que isto acontece?
Na
classe, a lição é passada na lousa pela professora. E por mais que ela peça a
atenção, as crianças acabam se distraindo por um motivo qualquer. Mas, a tarefa
tem que ser feita. Então, a criança se esforça para copiar a letra ou número
feito pela professora. Mas, a criança não viu, ou se viu, não fixou. Então ela
passa a copiar da forma que percebeu a letra (ou o número). No momento da
correção, a letra parece perfeita.
Um
“C” (de certo) é o prêmio do esforço infantil. A criança passa a acreditar que
a tal letra (ou número) é feito daquela forma. A repetição cria o hábito que,
com o passar do tempo, se cristaliza. Nesta fase, corrigir o que foi aprendido
errado é quase impossível.
O
rastreamento é a forma de ensinar a criança a se valer de um jeito mais
econômico dos movimentos da escrita. Favorece com naturalidade a rapidez e a
fluência da escrita, além de desenvolver a coordenação motora e a coordenação viso-motora.
Como
tudo o que se ensina na escola, o rastreamento também tem um processo que
começa numa atividade simples e vai num crescer de dificuldades até que cheguem
ao traçado dos números e letras.
Vejamos
alguns exemplos:
Começo com os exercícios de contornar linhas retas, bolinhas, tracinhos verticais, horizontais , oblíquos e em ziguezague.
Enquanto isso, trabalho rastreamento com colagem de palitos de fósforos, com bolinhas de papel crepom e com perfurações.
Mais tarde, ligam figuras com um traço reto e a mão livre. Enquanto isso, vão ligando pontinhos. Poucos, no início, e vou aumentando devagar.
Começo com os exercícios de contornar linhas retas, bolinhas, tracinhos verticais, horizontais , oblíquos e em ziguezague.
Enquanto isso, trabalho rastreamento com colagem de palitos de fósforos, com bolinhas de papel crepom e com perfurações.
Mais tarde, ligam figuras com um traço reto e a mão livre. Enquanto isso, vão ligando pontinhos. Poucos, no início, e vou aumentando devagar.
Quando sinto que já estão bem firmes nestes exercícios, entramos nas letras. Primeiro, seguindo as flechinhas. A criança traça primeiro com um lápis comum, depois com lápis de cor ou canetinhas coloridas.
Estes rastreamentos podem ser feito com uma só cor (como no L) ou triplo (passado 3 cores, uma por cima da outra).
E a partir daí, vou inventando e criando outras formas diferentes para as demais letras. Podem colocar sobre os pontinhos a massa de modelar ou fazer carrinhos e bonecos andarem sobre o pontilhado.
O gato serve como capa e
sua silhueta, como exercício.
O mesmo faço para trabalhar o traçado dos números
Se é importante para as crianças sem deficiência que estão iniciando a alfabetização, é essencial para as crianças que apresentam deficiência intelectual. E se acham que estou perdendo tempo com todo esse trabalho, se enganaram. Os resultados, até agora, foram bastante positivos.
Olá Sueli!
ResponderExcluirSigo seus blogs e os tenho na minha lista de acompanhamento.
SEU TRABALHO E MATERIAL SÃO MUITO RICOS E PERTINENTES para a prática pedagógica e psicopedagógica.
Gostei desta postagem.Hoje trabalhei pontilhado no computador.Liga pontos.Muito bom.As crianças gostam e trabalham os movimentos finos.
Que bom contar contigo.Obrigada por prestigiar os blogs.Conte sempre comigo.
Um abraço!