DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Vimos na postagem anterior que
perceber é conhecer o que está ao nosso redor. E a visão é uma das formas mais
importantes de perceber.
Mas, não basta que possamos ver.
Enxergar é apenas acuidade visual. E por trás dessa acuidade há uma porção de
funções, incluindo as cerebrais, que dependem do bom funcionamento dos órgãos
da visão.
Tudo começa assim: por um motivo
qualquer, um objeto chama a nossa atenção. Nossos olhos movimentam-se em sua
direção. E a isto chamamos “ver”. A partir daí, nossos olhos passam a
percorrê-lo por inteiro, numa espécie de varredura. E a isto chamamos “olhar”.
É através do olhar que percebemos a
forma, a cor e suas nuances, o tamanho, a textura, a espessura, a distância e outras
tantas qualidades do objeto. E a isto, chamamos “perceber”.
Essas percepções entram pelos olhos e
chegam ao nervo óptico. Nele, o que vemos se transforma numa mensagem que é
levada até o cérebro. Lá, a mensagem é transformada em uma nova linguagem
(transdução). Uma linguagem que possa ser lida, interpretada pelo cérebro e para
que possa planejar uma resposta eficaz e convincente. Portanto, é o cérebro
quem dá o significado do que vemos. Todas essas informações ficam guardadas na
memória visual e na memória visual sequencial e, estas, estão diretamente
ligadas á memoria geral.
Se algo não funciona bem, a mensagem
chega ao cérebro de maneira equivocada, truncada, incompleta. A leitura e a
interpretação realizada pelo cérebro ficam equivocadas e cheias de erros.
Logicamente, as respostas cerebrais são confusas, inadequadas ou errôneas.
Olhar é importante e necessário para
as aprendizagens escolares, principalmente, para a aprendizagem da leitura e da
escrita. Sem essa capacidade, as crianças não se desenvolvem corretamente e
podem vir a ter atrasos intelectuais. Certamente encontrarão muitos problemas
com suas aprendizagens escolares devido as dificuldades para ler, escrever, calcular,
desenhar, recortar, resolver problemas matemáticos e da vida prática e social.
Infelizmente, os pais só se preocupam
se a criança vê. E certos dessa capacidade, relegam à segundo plano as visitas
ao oftalmologista. O correto é fazer consultas periódicas (a cada 2 ou 3 anos) durante o desenvolvimento infantil.
E "sempre" antes de colocar a criança na escola, para evitar surpresas com a não-aprendizagem.
Fonte:
Apontamentos de
aula
Nenhum comentário:
Postar um comentário