DIFICULDADES PERCEPTIVAS VISUAIS
Você reconhece facilmente uma pessoa que não vê há muitos
anos? Com certeza, você leva algum tempo para reconhecê-la porque as pessoas
mudam com o tempo: crescem, envelhecem, engordam ou emagrecem, pintam os cabelos
etc.
Reconhecer o rosto de uma pessoa é uma atividade cerebral
muito importante, pois, todo ser humano é um ser de relações sociais. Do
reconhecimento do rosto das pessoas dependem as relações de amizade, de
trabalho e de estudo.
Para que o rosto de uma pessoa seja identificado, o cérebro
precisa acionar várias áreas cerebrais e com diferentes funções. Por exemplo: Quando
vemos uma pessoa, pela primeira vez, percebemos visualmente seus traços mais importantes
(formato do rosto, nariz, olhos e boca). Formamos, então, uma imagem que fica guardada
na memória. Passamos algum tempo sem vê-la e quando a reencontramos, nosso
cérebro procura encontrar a imagem dessa pessoa, dentre as inúmeras imagens
de rostos arquivados. Como a imagem guardada é muito antiga, não combina com a
imagem vista no momento. Então, o cérebro busca uma imagem que seja o mais
semelhante possível. Compara essa imagem com a imagem real. Sem muita certeza,
ainda, o cérebro busca informações em meio às lembranças associadas a essa
imagem. Elas também podem ser expressas verbalmente durante a conversação.
Quando os dados combinam, você se lembra de outros detalhes e reconhece a
pessoa. Estes esquecimentos são normais, principalmente, se você lida
diariamente com muitas pessoas.
Imagine, agora, uma pessoa que não consegue perceber o rosto
das pessoas. Não vê o rosto das pessoas ou os enxerga com uma forma muito
embaçada e deformada. Assim é a prosopagnosia:
uma incapacidade ou uma dificuldade constante na percepção visual dos rostos
das pessoas e que envolve e atrapalha todo o funcionamento cerebral.
A prosopagnosia é uma inabilidade congênita causada por um
distúrbio hereditário provocado por uma mutação genética. Mas, não tem um causa
única ou um lugar especifico para ocorrer. Pode estar na entrada da informação,
no processamento ou na resposta dela.
No início da vida, os bebês apresentam uma dificuldade no
reconhecimento de rostos devido á imaturidade visual e depois melhora. Entre o 8º
e o 12º mês de vida, as crianças normalmente apresentam uma recusa diante de
pessoas estranhas ao seu convívio. No entanto, se esta atitude permanecer após
esse período, os pais devem procurar um especialista para verificar o que está
acontecendo e evitar problemas emocionais e psicológicos.
As crianças prosopagnas
sofrem de desorganizações momentâneas que as fazem reagir com irritação e medo,
se as pessoas de seu convívio cortam os cabelos ou enrolam toalha na cabeça
após o banho. Normalmente, ficam isoladas. Podem brincar com outras crianças,
mas ficam confusas por não as reconhecerem mais tarde.
No Ensino Fundamental, as crianças prosopagnas mostram-se desatentas,
distantes, olham tudo ao redor e se sentem pouco à vontade com a professora e
colegas principalmente no início do ano letivo. Podem apresentar dificuldades
de aprendizagem ou não.
Quando diagnosticadas, entre os 10 e 14 anos, já
compreendem o problema e desenvolvem estratégias de reconhecimento, fazendo com
que os comportamentos não sejam tão estranhos. Os adultos também passam por
situações constrangedoras e inusitadas.
fonte:
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/o_mundo_das_pessoas_sem_rosto.html
http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/o_mundo_das_pessoas_sem_rosto.html
Olá, boa tarde! Gostei muito do conteúdo desta matéria, que bacana!É sempre bom aprendermos um pouco mais. Flávia Maia.
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