Queridos colegas professores.
Digo colegas, porque antes de ser psicopedagoga, fui professora por muitos anos. E quero pedir licença para fazer um comentário.
Como vocês sabem, tudo o que é pesquisado nos blogs aparece nos bastidores. Repetidamente aparecem perguntas como: "o que fazer com alunos que tem a Síndrome X ou com a Sindrome Y". Por isso, decidi fazer este comentário.
Gente, não importa que nome se dê para o que o deficiente intelectual tem. Pouco importa se ele tem Sindrome de Lange, de Rett, Down ou outras tantas citadas neste e em outros sites. São rótulos apenas, como tantos outros.
Esses rótulos definem o que a criança tem para os pais, que precisam ter uma resposta para suas inquietações e para os médicos, que precisam tratar. Para nós, professores, o que importa de verdade é a criança. Saber que ela tem este ou aquele rótulo não muda nada.
Se os professores têm interessante em saber as prevalências, as causas, se é rara ou comum, ótimo. É importante conhecer isso tudo porque bateu a curiosidade? Ótimo, vá conhecer, então. Mas, é só. Você não pode curar, nem transformar essa criança numa pessoa igual ás outras,só porque ela tem a sindrome A,B ou C.
Se os professores têm interessante em saber as prevalências, as causas, se é rara ou comum, ótimo. É importante conhecer isso tudo porque bateu a curiosidade? Ótimo, vá conhecer, então. Mas, é só. Você não pode curar, nem transformar essa criança numa pessoa igual ás outras,só porque ela tem a sindrome A,B ou C.
O precisamos saber, realmente, é se a deficiência que determinada criança apresenta é ou não "deficiência intelectual". Tem muito professor que trata um cadeirante como se ele fosse um deficiente intelectual e não é. Os cadeirantes têm um cérebro perfeito e pode aprender como qualquer outra criança. O problema desse cadeirante está nas pernas e não no cérebro. E assim, neste mesmo contexto, estão os surdos e os cegos. Não ver ou não ouvir não mexem com a inteligência. Ao contrário, muitos acabam nos surpreendendo.
Os deficientes intelectuais, ao contrário, tem um problema de mau funcionamento cerebral. Por causa disso, as respostas aos estímulos são mais lentas. Mas, ter um cérebro que funciona lento, não significa que não aprendam. Significa que demoram um pouco mais do que as outras crianças sem esse problema.
E não importa o nome da síndrome porque TODOS OS DEFICIENTES INTELECTUAIS POSSUEM O CÉREBRO LENTO. O que muda (e deve mudar) é a nossa postura diante dessas crianças.
É saber que os conteúdos devem ser passados aos poucos e em forma de passo a passo. Que necessitam de mais exercícios sobre o que está aprendendo, para que possam memorizar. Que necessitam de figuras coloridas para poderem formar imagens mentais.
E não importa o nome da síndrome porque TODOS OS DEFICIENTES INTELECTUAIS POSSUEM O CÉREBRO LENTO. O que muda (e deve mudar) é a nossa postura diante dessas crianças.
É saber que os conteúdos devem ser passados aos poucos e em forma de passo a passo. Que necessitam de mais exercícios sobre o que está aprendendo, para que possam memorizar. Que necessitam de figuras coloridas para poderem formar imagens mentais.
É preciso que os professores entendam que cada um caminha dentro de seu próprio ritmo e é preciso respeitá-lo. E mais: duas crianças que sofrem da mesma síndrome não são iguais. Elas são únicas porque apresentam características diferentes no comportamento, no interesse, nas aprendizagens assistemáticas, na atenção e concentração no trabalho, na forma de aprender e no tempo que levam para memorizar.
É preciso saber também que todo deficiente intelectual passa por períodos de retrocessos. Um período que parece que desaprendeu tudo o que foi ensinado. Na verdade, esses retrocessos são uma espécie de "acomodação" e, quando voltam desse período, tudo está diferente para melhor. E é possível verificar seus progressos.
É considerando a criança como única e sem compará-la com as demais de sua classe é que poderemos fazer o nosso melhor.
Adorei. Me desculpe a intimidade, mas Você é demais!!! Um abraço Alessandra Buiça.
ResponderExcluirOlá Alessandra! Agradeço o seu comentário. Durante o tempo que trabalhei em escola, vi e ouvi uma série de absurdos relativos aos deficientes e tinha que ouvir e calar. Agora não, posso expor o que penso e o que sinto. Quanto a intimidade... esteja á vontade. Comente sempre. Podem ser críticas (desde que sejam construtivas) também. Elas nos ajudam a reformular nossos pensamentos. De qualquer forma, obrigada.
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