DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
As
percepções auditivas são tão importantes quantos as percepções visuais para
quem estuda. Ouvir a explicação dos professores é essencial para a compreensão
do conteúdo ensinado. Mas, não basta ser capaz de ouvir. É preciso que se tenha
qualidade daquilo que se ouve. E ter qualidade significa poder ouvir,
reconhecer e identificar todos os sons de nossa língua.
A
Língua Portuguesa possui muitos sons semelhantes. E muitas crianças e jovens
vão mal nessa disciplina porque não conseguem distinguir o som do “p e b”, ”t e
d”, “f e v”, “j e ch”, “c e g seguidos pelas vogais a, o, u”, “que (i) e gue (i)”
tanto na fala quanto na escrita. Assim, falam ou escrevem de maneira ilógica,
como por exemplo: “A faca esdá no basdo” quando queriam dizer que “a vaca está
no pasto”. Ou, “A chanela estafa aperta” quando a intenção era “a janela estava
aberta”. Podem ainda fazer trocas inusitadas, como dizer “bolito” no lugar de
“bonito”.
Outro exemplo:
A
falta de qualidade no falar ou no registrar por escrito tem um nome: “Processamento
das Informações Auditivas”, um trabalho cerebral realizado pelo lobo temporal.
A dificuldade de processamento aparece quando, durante esse trabalho cerebral,
alguns sons chegam de modo confuso e o cérebro não consegue identificar, enviando
uma resposta errada.
Este
problema pode ser percebido desde a infância. Até os 4 anos, as trocas de
letras no falar são normais. Porém, se continuam após essa idade é melhor
procurar um fonoaudiólogo. Com a entrada na escola, o acompanhamento com um
psicopedagogo é essencial para o ensino de técnicas para que ele descubra qual
letra deve utilizar.
Outro
problema menos comum, mas que traz um incômodo bastante grande para quem o
possui, é o “Transtorno Sensorial Auditivo”.
Trata-se de uma hipersensibilidade
a ruídos fortes e agudos como o barulho de gritos no pátio da escola, buzinas
de carros, sirenes de ambulância, liquidificador, chiado das panelas de pressão
etc. Esses ruídos produzem uma irritação nos sujeitos que pode fazê-los chorar
ou demonstrar medo e aversão. Muitos pais não ligam para estes sintomas
acreditando ser manha da criança. Mas, não é. E precisa de tratamento.
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