Desde a descoberta da Síndrome de Savant, os avanços das técnicas de imagem cerebral contribuíram para que os pesquisadores tivessem uma visão mais detalhada dessa condição. As razões que levam ao savantismo não é determinada por exames de imagem, nem mesmo com o mais moderno deles, a ressonância magnética. Diante disso, muitos estudiosos têm dedicado grande parte do seu tempo em pesquisas na tentativa de encontrar alguma explicação plausível para esse acontecimento.
funcionamento normal
Dentre esses estudiosos
está Mirian Revers que acredita na existência de uma disfunção cerebral em
determinadas regiões desse órgão. Segundo ela, essa disfunção pode provocar uma
hiperativação de algumas áreas cerebrais. Essa hiperativação poderia ter a
capacidade de estimular outras áreas cerebrais, no sentido de facilitar a
aprendizagem sobre um determinado setor do conhecimento humano. Essa hiperativação
foi chamada de “Facilitação Funcional
Paradoxal” por Kapur, em 1996.
hiperativação - manchas brancas
Para Kapur, um dano
cerebral no hemisfério esquerdo e em determinada região, o dano ativa e reconfigura
os neurônios fazendo aparecer capacidades latentes e as desinibe em forma de
habilidades previamente armazenadas e reorganizada pelo processo de ativação.
Em estudos realizados por
Bernard Rimland, em 1978, no Autism Research Institute (Instituto de Pesquisa
do Autismo), Califórnia, USA, encontra-se a citação: “as habilidades presentes estão associadas ás funções do hemisfério
direito (que incluem aptidões relativas a música, arte, matemática, cálculos,
etc) enquanto no hemisfério esquerdo se relacionam e incluem habilidades mais sofisticadas como as linguagens e as
especializações da fala, razão pela qual são mais deficientes”.
Assim, as principais
capacidades (genialidades) em artes, música, cálculo de calendário, matemática,
habilidades mecânicas/ visuo-espaciais são mais frequentes do que as de linguagem
(poliglotia), discriminação sensorial, atletismo, conhecimento em áreas específicas,
como neurofisiologia, estatística, programação de computadores.
Mirian Revers revela que
essas capacidades (vistas como sintomas da Síndrome de Savants) podem variar,
podendo ser pequenas e restritas como as habilidades de memorização ou cálculo.
No entanto, em outros indivíduos podem ser de grandes habilidades e mais gerais,
como se fossem verdadeiros prodígios.
Imagens Google
Fontes:
Mirian Revers Biasão,
psiquiatra da infância e adolescência, coordenadora clínica do PROTEA, programa
de estudos do TEA da FMUSP
Artigo “The savant
syndrome” - Cambridge. Disponível em: https://www.cambridge.org/core/services/aop-cambridge-core/content/view/8DF3E01F971681C4A3E57F08CAFE73DF/S0955603600009119a.pdf/savant_syndrome.pdf
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