Não é porque sejam
geniais em algumas habilidades que não precisam de ajuda. Como vimos
anteriormente, outras doenças, físicas ou psíquicas, podem influir em suas
vidas. Nesses casos, o acompanhamento de um ou mais especialistas se faz
necessário.
O diagnóstico é
importante e garante um acompanhamento feito por especialistas. Mas diante dos
rompantes de genialidade, familiares e médicos buscam estimular essas
habilidades incomuns.
O diagnóstico da
Síndrome de Savant é clínico. O diagnóstico é feito por neurologistas,
neurocirurgiões, psiquiatras, pediatras, psicólogos e psicopedagogos.
As consultas costumam
ser breves, principalmente quando os pais informam com precisão uma série de
questionamentos. Para isso, os pais devem:
a) anotar qualquer
sintoma enfrentado, mesmo os que você acha que não são relevantes.
b) anote as informações
pessoais importantes (datas de nascimento, filiação, datas em meses que:
sentou, engatinhou, andou, falou, da aparição dos sintomas, doenças,
internações e a causa delas, doenças que o examinado já teve, etc).
c) anote as perguntas
que deseja fazer aos especialistas. E se não entender o que eles falam por
usarem uma linguagem mais técnica, não se intimide em dizer o que não entendeu.
d) anote todos os
medicamentos (incluindo vitaminas ou suplementos) que o examinado estiver tomando, o que já
tomou, e se houve reações em relação a algum (alguns) deles.
e) leve sempre um outro
parente ou amigo à consulta. Às vezes, é difícil lembrar de tudo o que foi dito
durante a consulta. Assim, essa outra pessoa poderá lembrar se esqueceu ou
perdeu alguma informação.
f) leve todos os laudos
que você tiver de outros terapeutas, boletins e relatórios da escola.
Normalmente, os médicos
e terapeutas fazem várias perguntas. E é importante que você esteja preparado.
Se não lembrar, use as anotações feitas.
Após avaliar o
histórico clínico do paciente, o médico ou terapeuta pergunta para:
a)identificar a área afetada; b) saber se existe antecedentes familiares para
saber se há algum fator hereditário; c) se trata de algo específico como uma
lesão, tumor ou outra coisa que tenha provocado os sintomas que você descreveu.
Essas perguntas ainda
têm outros objetivos: a) identificar o problema; b) determinar a área afetada;
c) utilizar e favorecer as habilidades; d) diminuir as faltas de habilidades em
outras áreas correlacionadas; e) dar melhor qualidade de vida ao paciente.
Só lembrando que epilepsia
e hiperatividade são transtornos que podem estar associados ao autismo e
Savants, mas ainda sem estudos que explique porque ocorrem em alguns e em
outros não, embora se apresentem nessas pessoas no mundo todo e independente da
sua raça. Os meninos são mais atingidos na proporção de 4 casos masculinos para
1 caso feminino.
A síndrome de Savant
não tem cura. Ela é uma condição da pessoa. Portanto, não há um tratamento
específico para essas pessoas. Porém, como é uma condição da pessoa e,
geralmente, há comprometimento em outras áreas, é preciso socializa-la e
encontrar soluções para evitar problemas futuros.
Daí a indicação do
acompanhamento de psicólogos, fonoaudiólogos ou psicopedagogos que,
considerando os pontos fortes e fracos de cada sujeito e com objetivos a serem
cumpridos a curto, médio e longo prazo, poderão ajudar o sujeito a melhorar os problemas
emocionais, problemas de fala ou de articulação das palavras ou problemas na aprendizagem
escolar respectivamente, decorrentes dessa condição. Cabe ainda a esses
profissionais trabalhar a inclusão social e sua inserção na sociedade.
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