Desde o inicio deste blog, sempre falamos em aprender, em ensinar e do que é necessário para
que isso aconteça. Mas, antes de falarmos novamente sobre alfabetização é preciso entender o que é "aprender". Por acaso, alguém já tentou definir o que é “aprender”?
Muitos
dirão que é saber ou conhecer (palavra da moda) o que se desconhece. E é verdade, porém, não é só isso. Segundo a Psiconeurologia, aprender significa “criar dendritos nos neurônios cerebrais”, razão pela qual o
construtivismo afirma que “construímos nosso conhecimento”.
Relembrando: Os neurônios são o nome genérico de todas as células e, portanto, pequenas
partes vivas existentes em nosso corpo. Todas as células corporais são
neurônios e todas elas se apresentam com tipos, formas e especialidades diferentes e próprias de cada tecido a ser formado. Assim, esses neurônios formam os órgãos, os ossos, os músculos e as cartilagens, incluindo todo o Sistema Nervoso e o encéfalo. Mas, os neurônios cerebrais são
“especialmente especiais”.
Os neurônios cerebrais com sua forma estrelada se diferencia de todos os outros.
Sua função é múltipla e complexa: receber informações do ambiente, entendê-las, organizar essas
informações, planejar respostas motoras, preparar os órgãos para as ações
motoras, enviar respostas, executar as
ações e controlar todas as seqüências da ação para que tudo saia como fora
planejado. Já não bastassem todas essas funções, eles ainda controlam todos os órgãos e todas as suas funções ao mesmo
tempo, incluindo as do próprio cérebro. Depois, da ação concluída, tudo é
arquivado na memória para ser utilizado numa outra ocasião semelhante.
Para
realizar sua função, os neurônios precisam estar em constante comunicação uns
com os outros formando uma intrincada rede. Graças á plasticidade cerebral
esta comunicação é possível, mesmo quando um neurônio morre ou fica
impossibilitado de cumprir o seu papel, como vimos na postagem anterior.
Quando
nos deparamos com algo novo e o estímulo chega ao cérebro, os neurônios buscam
na memória algo que seja similar. Se encontram, fazem brotar na periferia
do corpo celular um pequeno botão dendrítico. Esse botão cresce a cada nova
informação que chega. Porém, se não receberem mais informações, o botão
dendrítico atrofia. Éra sobre os dendritos dos neurônios cerebrais que Piaget se
referiu, quando em sua teoria, às “estruturas mentais”.
O trabalho dos neurónios pode ser comparado a montagem de uma
torre.
A montagem da torre é o estímulo. As percepções que fazemos ao montá-la é o que Piaget chamou de "assimilação". mas, a assimilação nem sempre está completa, Ao montar a torre, podemos encontrar mais facilidades ou mais dificuldades devido ás experiencias, vivencias, saberes e conhecimentos anteriores.
Depois de pronta a torre, alguém nos traz uma nova peça que precisa ser colocada. O que fazemos? Para que a torre tenha uma sequencia lógica a desmanchamos no todo ou em parte dependendo da localização da peca. Colocamos a peça nova e recolocamos todas as outras. (Piaget chamou a isto de "acomodação"). A colocação dessa nova informação, desestrutura tudo. É comum dizermos que "sabíamos e que agora tudo está confuso". Enfim, a torre fica pronta (é a equilibração). Mas, essa equilibração não dura para sempre. Ela dura até que chegue outra informação nova ou complementar.
Como vocês podem perceber, aprender demanda um certo tempo, e não é instantãneo nem mesmo para o mais inteligente da sala.
Muitos pais e professores ensinam algo para as crianças e já querem que elas façam tudo perfeitamente. Para cumprir o programa, os professores terminam a explicação de um conteúdo para cobrar a aprendizagem dos alunos em prova de memorização no dia seguinte. E ainda reclamam que os alunos não aprenderam ou que erraram a “fácil” questão. Mas, isto é uma sandice, pois é neurofisiologicamente impossível. Os
alunos precisam de um tempo para assimilar, acomodar e equilibrar, por mais rápido que seja o trabalho cerebral.
Além das vivências e experiências dos alunos, das percepções sensoriais, tem também a importância do ambiente. Ambientes ricos em estímulos e oportunidades fazem com que os dendritos despontem e se ramifiquem.
Ambientes pobres e de poucas oportunidades não desenvolvem os dendritos. E ficam assim
Embora não os vejamos, podemos perceber seus efeitos: falta de iniciativa, demora em aprender,
Oi amiga!! Tem selinho pra vc!!! Bjosss
ResponderExcluirOBRIGADA. VOU LÁ BUSCAR
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