quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A PLASTICIDADE CEREBRAL


Estudar sobre o cérebro é uma coisa fascinante, pois sempre se descobre algo que não sabíamos ou não tínhamos a menor idéia. Se parece algo muito complicado, basta prosseguir as leituras sobre o assunto que tudo fica mais claro e mais fácil.

O cérebro é um órgão fantástico. É o planejador, o organizador, o comandante e o controlador de todos os órgãos em funcionamento em nosso corpo e de todas nossas atividades. Apesar de sua importância e de ser muito bem protegido pela caixa craniana, esse órgão pode ser observado, tocado, examinado, analisado e manipulado Mas, para que esse líder de múltiplas funções possa funcionar bem, precisa de uma série de substâncias químicas, enzimas e hormônios que também podem ser medidos, analisados e controlados. Mas, uma coisa nos intriga. Se uma pessoa tem uma lesão ou sofre um traumatismo, como pode se recuperar e aprender as questões escolares?

E aqui está a mais interessante das recentes descobertas sobre esse órgão fabuloso: o cérebro. As pessoas com traumatismos ou com deficiência podem continuar a aprender devido a "plasticidade cerebral".

É verdade sim, que um neurônio morto jamais é substituído por outro, ao contrário do que acontece com outras partes do corpo. Uma lesão, seja de que tipo for, é como uma cicatriz que perdura ao longo da vida do sujeito. Se não for degenerativa, permanecerá no mesmo lugar e do mesmo tamanho enquanto o sujeito viver. 


Os neurônios que compõem o cérebro precisam se comunicar para levar as informações que chegam do ambiente até os centros de organização, planejamento, de execução e dê respostas corretas e coerentes com cada situação. Quando encontram um obstáculo (uma lesão), os neurônios esticam  seus dendritos (espécie de fios que partem do núcleo dos neurônios), na tentativa de tocar o neurônio que está do outro lado desse obstáculo. Quando conseguem,  fixam-se, formando um caminho alternativo de comunicação, fazendo com que as informações voltem a transitar livremente. A neurologia chama a isto de “plasticidade cerebral”. E é devido a essa plasticidade que  pessoas em geral ou com traumatismos e lesões cerebrais  podem realizar  aprendizagens.

Mas, para que isso ocorra, é preciso que o ambiente propicie os estímulos adequadas e oportunidades necessárias. Ambientes ricos e estimulantes, boa alimentação e exercícios físicos facilitam a plasticidade e desenvolvem a inteligência, a memória, a atenção e a concentração nas atividades.

O ambiente escolar tem por desafio aproveitar e desenvolver o potencial de inteligência de cada aluno em particular, e do grupo discente em geral, tendo como fonte estimuladora os processos de ensino e de aprendizagem para que todos os estudantes se tornem mais inteligentes, atuantes e articulados fora de seus muros. Sabemos que não é uma tarefa fácil, mas também, que não é um desafio impossível.


Fonte

Apontamentos de aula de Neuropsicologia 

2 comentários:

  1. Olá, Sueli, considerei seu apontamentos perspicazes. Você foi muito feliz em tudo que registrou. Nosso cérebro é um músculo espetacular que precisa ser estimulado com ou sem lesão. Ele precisa estar em uso.Também trabalho com alunos deficientes intelectuais e desenvolvo estímulos cerebrais a cada encontro que temos para que eles tenham sucesso na aquisição do conhecimento. Sempre que possível ficarei acessando seu blog. Aprendemos uns com os outros. Gostaria que você visitasse e seguisse meu blog, está certo? o endereço é
    http://terezinhasrmaeeanisio.blogspot.com.br
    Te espero lá. Deixe comentários. Pretendo manter contato contigo por termos um trabalho em comum. Você conta suas experiências daí e, eu daqui.
    Parabéns! Até logo.
    Terezinha Veríssimo

    ResponderExcluir