A vida é uma luta constante de
forças opostas. A luta entre o bem e o mal existe tanto na vida quanto nos
contos de fada.
Mas, como explicar as doenças, a
morte, a opressão, o orgulho, a inveja e despeito para as crianças?
Os contos de fada explicam tudo. E
o fazem de forma simbólica, representada por bruxas, gigantes, dragões e
animais ferozes. Em contrapartida, também explicam a sabedoria, a humildade, a
simplicidade, a esperteza, a coragem como valores a serem cultivados e representados, simbolicamente também, por fadas e fadas-madrinhas.
Assim como os demais personagens,
estas personagens não tem nomes próprios. Com facilidade substituem pais, mães, madrastas,
meninos e meninas.
A história é um convite à criança,
cuja participação efetiva nela provem da identificação com esses personagens. Portanto,
por meio dessa identificação, as crianças escolhem um lado porque entendem o
significado de cada lado. Embora as histórias mostrem que o
mal é poderoso e ganhe muitas batalhas, mostram também que ele é punido de
alguma forma no final porque é vencido pelo bem.
Cria na criança a compreensão e a consciência
de que o mau não é tão vantajoso quanto parece. Por isso, sua escolha acaba
sempre do lado do bem. Não por obrigação ou por ordem de algum adulto, mas por
uma escolha pessoal, pela esperança de uma vida melhor mais á frente, Uma
escolha que a criança transporta para a realidade e para sua vida.
Fonte:
BETTELHEIM, Bruno. "A Psicanálise dos Contos de Fadas". R.Janeiro, Ed Paz e Terra, 1980.
Fonte:
BETTELHEIM, Bruno. "A Psicanálise dos Contos de Fadas". R.Janeiro, Ed Paz e Terra, 1980.
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