Após o trabalho com as letras sensoriais, com a caixa de areia e no papel é chegada a hora de enfrentar o caderno. Embora sejam capazes de traçar corretamente as letras, a coordenação motora de cada uma ainda é bastante irregular. Ora ficam grandes demais, ora pequenas ou, até mesmo, num tamanho bom. Alguns deficientes apresentam ainda a dificuldade de seguir as linhas dos cadernos comuns. Por isso, começo por um caderno de linhas verdes. Esse caderno se assemelha ao caderno de caligrafia, porém o espaço onde se escreve é bem maior e regular.
Nesse caderno escreve-se dentro das linhas verdes que servem para regular as letras. Crianças com letras muito grandes passam a fazê-las em tamanho menor. As que possuem letras muito pequenas, aumentam o tamanho pois não podem passar dos limites do verde. Não se preocupem se no início as crianças não conseguem chegar a esses limites ou os ultrapassam. É a regularidade e a constância quem faz esse trabalho.
Para os números, uso o caderno quadriculado de 1 cm. O quadriculado pequeno não serve por exigir um esforço maior da criança. Este caderno também facilita a contagem para exercícios de cálculos, de rastreamento, numeração etc.
Por último, quando a criança já se sentir segura e, aos poucos, vá apresentando o caderno comum. Um pouco de cada vez e pulando linha.