A caxumba é uma infecção viral que afeta as glândulas
parótidas (um dos três pares de glândulas que produzem saliva). Essas
glândulas situam-se entre e à frente das orelhas. A caxumba também pode afetar
as glândulas submandibulares e sublinguais que se localizam mais internamente e
próximas dos ouvidos.
Esta é uma doença que ataca mais as crianças e pode
afetar uma ou os dois pares de parótidas da direita e da esquerda. Complicações
desta doença são raras, principalmente quando atingem os adultos. Como não há
um tratamento específico para combatê-la, o melhor mesmo é a vacinação. A caxumba já foi muito comum no
Brasil, antes de uma vacinação em massa, quando a sua incidência diminuiu
consideravelmente.
A caxumba não pode ser contraída de algum animal ou planta. Isto
porque os seres humanos são os hospedeiros naturais desse vírus, e significa
que a transmissão desse vírus só acontece entre as pessoas.
O causador dessa doença é um vírus da família dos paramixovírus, transmitido pelas vias
respiratórias e a inalação de gotículas de espirros ou tosse de pessoas
contaminadas. Beijar e utilizar utensílios como pratos, copos e talheres também
é um forte meio de transmissão do vírus.
Assim que o vírus entra numa pessoa, fica incubado por 7 a 9
dias. Incubar significa que o vírus
está se preparando para atacar. Como um único vírus não pode causar tanto
estrago, ele precisa de um lugar apropriado para se reproduzir. E isso acontece
rapidamente. Em horas são centenas e em dias serão milhões. Portanto, nesse
período já podem contaminar outras pessoas. Entre o contato com o vírus e o surgimento do inchaço devem
se passar 15 a 21 dias. A caxumba provoca, inicialmente, o inchaço das parótidas
da direita ou da esquerda. Depois, quando a pessoa acha que está melhorando,
incha o outro lado. Às vezes, ele ataca apenas de um lado só. Mas pode
acontecer que esse inchaço atinja os dois lados ao mesmo tempo.
O vírus da caxumba atinge mais as crianças e
adolescente dos 5 aos 16 anos, ou seja, em idade escolar. Por isso, é
considerada uma doença infantil. Algumas pessoas podem não apresentar esse inchaço.
É a chamada “forma branda da doença”. Porém, o principal sintoma da caxumba é o
inchaço das glândulas salivares (paroditite) e bastante doloroso ao mastigar e
engolir, o que conduz à perda do apetite. Podem ter ainda: febre, dores de
cabeça, cansaço e fraqueza. A caxumba
ainda pode atingir o pâncreas e o Sistema Nervoso Central (SNC) e provocar
processos inflamatórios.
É raro, mas existe a possibilidade de o vírus
atingir os testículos causando uma inflamação (orquite). Já nas moças, a inflamação
dos ovários (ooforite), mas em nenhum dos dois, a doença causa esterilidade.
Dependendo da intensidade dos sintomas pode-se
procurar ajuda médica. Se forem muito incômodos, procure o médico. Neste caso,
os especialistas no assunto são: o clínico geral, o pediatra e o
infectologista.
Quando for ao médico leve um acompanhante para que
ele relate a lista de todos os sintomas e o tempo que eles apareceram, o
histórico médico (doenças que já teve ou tem) e remédios ou suplementos que
esteja tomando. Responder com sinceridade a todas as perguntas que o médico
venha a fazer. Se quiser, poderá levar perguntas (por escrito) e tirar dúvidas,
se por ventura houverem.
Em caso de uma simples suspeita de caxumba, o
médico poderá pedir um exame de sangue. Ele mostrará se os anticorpos do seu
sistema imunológico estão atuando com eficiência. E se seu organismo produz
anticorpos para o paramixovírus.
Nosso corpo trata de curar a caxumba naturalmente.
Mas podemos ajuda-lo com repouso, boa higiene bucal e alimentação líquida ou
pastosa são recomendados por serem mais fáceis de engolir. Não são
recomendados: alimentos ou sucos ácidos ou alimentos condimentados, porque
provocam um aumento da secreção das glândulas afetadas e causam mais dores.
Passado o inchaço, o doente pode voltar às suas atividades normais. Depois de
curada da caxumba, a pessoa está imune para o resto da vida.
No entanto, algumas complicações
graves podem acontecer: a) causar náuseas e vômitos se o pâncreas for atingido;
b) os seios femininos podem
ser atingidos; c) atingir de forma grave o cérebro (causando lesões); d) se o
vírus se espalhar para o Sistema Nervoso Central causando a meningite; e) perda
da audição em um ou nos dois ouvidos (raro, mas acontece); f) caso a pessoa
infectada esteja nos 3 primeiros meses de gravidez, poderão ocorrer
complicações no feto.
A melhor
maneira de prevenção é a vacinação. A vacinação é a Tríplice Viral, ou seja, nos
defende para o restante de nossas vidas do sarampo, da caxumba e rubéola e é
tomada em uma única dose. Os efeitos
benéficos da vacina começam 15 dias após ser tomada. Só
não podem ser vacinados: as grávidas (nos meses iniciais) e os imunodeprimidos
graves.
Fontes:
Celso Granato,
assessor médico em infectologia do Fleury Medicina e Saúde.
Ministério da Saúde. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/caxumba
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