Durante
60 anos, o Brasil vinha vacinando as pessoas (especialmente os bebês) contra o
sarampo. Em 2016, o Brasil recebeu até o certificado
de eliminação total da circulação do vírus do sarampo, oferecido pela
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Mas
agora, o sarampo está de volta com força total, porque muitas mães deixaram de
vacinar seus filhos.
Várias
são as causas desse descuido: a) não ter ouvido falar dessa doença, b) não ter
acesso fácil aos postos de vacinação, c) medo da reação, d) por ter dó dos
bebês que choram ao levar a picada da agulha, e) a chegada de imigrantes e
refugiados, vindos de países que não houve a preocupação dos governos com a
erradicação da doença. Você não deve acreditar em tudo o que lê na Internet, nem dar tanta importância ao que opinam nas redes sociais. Se tiver dúvida, procure alguém que conhece o assunto.
Quero
deixar claro, que estas pessoas não têm culpa de trazerem o vírus para cá
novamente. A culpa é nossa, por ter deixado de lado, como algo de pouca
importância, a vacinação de nossos filhos. No Brasil, a vacinação é gratuita e
pode ser encontrada em qualquer posto de saúde. É preciso que tenhamos essa
consciência e correr para os postos de saúde e tomarmos a vacina. E se você
conhecer algum imigrante ou refugiado, informe-o também.
Quero
afirmar também que não é só Brasil que corre o risco de uma epidemia, mas o
mundo todo também, incluindo os países de maior desenvolvimento que o
nosso.
Há um
tempo atrás, dizia-se que o sarampo era uma doença infantil, isto porque os
adultos estavam vacinados. Mas o sarampo ataca pessoas de qualquer idade e sexo,
desde que não estejam imunizadas pela vacina ou por não tê-la contraído na
infância.
Vamos
saber um porco mais sobre o sarampo?
Vírus do sarampo
O
sarampo é uma doença contagiosa, grave e aguda, provocada por um vírus. Embora
varie de um lugar para outro devido ao grau de imunidade ou suscetibilidade da
população. O comportamento dessa
doença é de epidemia, ou seja, ataca muitas pessoas ao mesmo tempo e numa
velocidade muito rápida, porque a transmissão se dá pela fala, tosse, espirro
ou pela própria respiração. Por
isso, o elevado poder de contágio da doença.
O
sarampo é, no mundo, uma das maiores causas da mortalidade de
crianças com menos de 5 anos. Como o sarampo é um a doença infecciosa, acarreta
infecções em outras partes do corpo, o que torna essa doença mais perigosa do
que já é por si só. Principalmente, quando atinge crianças desnutridas e
menores que 1 ano.
Nos
idosos, outro grande setor de risco, o processo infeccioso se espalha com maior
rapidez devido à baixa resistência que os idosos enfrentam por causa da idade e
pela demora do corpo se recuperar das infecções, o que os leva ao óbito.
Bebê com sarampo. È isto o que você quer para seu bebê?
Os principais sintomas ou sinais dessa doença são:
manchas brancas na boca (sinal de koplik) 1 ou 2 dias antes das manchas
vermelhas, febre alta (acima de 38,5ºC), dores de cabeça, manchas vermelhas que
surgem no rosto, depois atrás das orelhas e finalmente, se espalham pelo corpo
todo, tosse seca e coriza (como se estivesse gripado), conjuntivite.
Esses sintomas duram cerca de 7 dias. A febre,
coriza, tosse, conjuntivite acompanhada de fotofobia (não conseguem olhar para
a claridade do sol ou da lâmpada do ambiente) surgem do 2º ao 4º dia. Depois,
aparecem as manchas vermelhas (no rosto e atrás das orelhas) e vão se
acentuando ao mesmo tempo que vão tomando o corpo todo. O paciente não tem
forças para se levantar (prostração) desde o primeiro dia.
Passada esta fase, começa a diminuição dos
sintomas (remissão), iniciando pela baixa da febre. Na região das manchas vermelhas a pele
fica escurecida e em alguns casos pode haver uma descamação fina e farinhenta
(furfurácea).
Os primeiros 7 dias é conhecido como “período
toxêmico”, ou seja, um período em que o paciente está fraco e pouco resistente,
que facilita a entrada de outros vírus e bactérias, causando uma superinfecção.
Daí as complicações. Se a febre alta permanecer por mais de 3 dias ou após as
erupções das manchas vermelhas, é sinal de complicações, portanto deve-se
procurar um médico com urgência. As infecções mais comuns e simples são: infecções
respiratórias; otites; doenças diarréicas e neurológicas.
Adulto com sarampo
A incidência, evolução clínica e letalidade do
sarampo são influenciadas pelas condições socioeconômicas, nutricionais,
imunitárias e a exposição a aglomeração em lugares públicos (ônibus, trens,
festas, shows fechados) escola e nas residências.
O único meio de nos protegermos e a
nossos filhos é pela vacinação em massa. O vírus vacinal não transmite a doença porque ele
é modificado em laboratório. Precisa estar vivo para que nosso sistema de
defesa o reconheça como invasor e crie anticorpos para combatê-los.
Agora
que você sabe mais sobre a importância da vacina contra essa doença, vacine-se
e leve seu filho também.
MAIS VALE ALGUNS MINUTOS DE CHORO DO SEU FILHO,
DO QUE VOCÊ CHORAR O RESTO DA VIDA,
POR NÃO TÊ-LO VACINADO.
A
vacina, a data e as doses foram postadas anteriormente. Saiba agora para
adolescentes, adultos e idosos:
a)
Para adolescentes e adultos até 49 anos:
·
Pessoas de 10 a 29
anos - duas doses das vacina tríplice
·
Pessoas de 30 a 49
anos - uma dose da vacina tríplice viral
Quem
comprovar a vacinação contra o sarampo conforme preconizado para sua faixa
etária, não precisa receber a vacina novamente.
Não devem receber a
vacina:
·
Casos suspeitos de
sarampo
· Gestantes - devem
esperar para serem vacinadas após o parto. Caso esteja planejando engravidar,
assegure-se que você está protegida. Um exame de sangue pode dizer se você já
está imune à doença. Se não estiver, deve ser vacinada um mês, antes da
gravidez. Espere pelo menos quatro semanas antes de engravidar.
·
Menores de 6 meses de
idade
·
Imunocomprometidos
Caso
suspeito de sarampo: pessoa com febre e manchas avermelhadas, acompanhado de
tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, independente da idade e situação vacinal
ou todo Indivíduo suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30
dias, ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior.
Fontes de pesquisa: