Imagine um tear trabalhando normalmente e entrelaçando os fios para
produzir um lindo tecido. De repente, apresenta um desarranjo qualquer e passa
a produzir um tecido com uma série de defeitos e o que era belo já não é tão
belo assim.
Ás vezes, quase não se percebe o defeito. Outras vezes, o defeito é bem grande que fica impossível não reparar.
Ás vezes, quase não se percebe o defeito. Outras vezes, o defeito é bem grande que fica impossível não reparar.
Assim é a Paralisia Cerebral. Um distúrbio provocado por uma lesão
cerebral que acontece quando o cérebro ainda está em formação e cujas
consequências atingem os movimentos e a postura. Porém, a paralisia cerebral
após o nascimento é muito rara. Mas, não é impossível.
Em países desenvolvidos, em que a mãe recebe todo um cuidado durante a
gestação a paralisia cerebral ocorre de 1 a 5 crianças atingidas para cada 1000
nascimentos vivos. Já em países subdesenvolvidos, os casos são de 7 ou 8 para
cada 1000 nascimentos vivos. O Brasil, infelizmente, não tem estatística.
Embora frequentemente a paralisia cerebral seja anterior ao nascimento,
ela só é detectada algum tempo depois dele. A família percebe que o bebê não
faz alguns movimentos comuns a maioria dos bebês, como virar a cabeça sozinho,
manter a cabeça firme sobre o pescoço, mudar de posição no berço, dificuldade
na deglutição etc. É quando procuram o pediatra para saber o que há com a
criança. Outras famílias só notam bem mais tarde, quando a criança não consegue
permanecer sentada ou quando passam da época de aprender a andar. Só então,
procuram o médico.
As causas são variadas, tais como infecções da mãe no período de
gravidez, trauma físico ou ocorre um erro metabólico durante o parto, falta de
oxigenação cerebral ou trauma craniano durante o trabalho de parto, o fator Rh
do bebê incompatível com o da mãe ou o bebê com icterícia grave.
As consequências da paralisia cerebral podem ser: dificuldade para falar, mastigar e deglutir os alimentos, paralisia de um lado do corpo ou de ambos, impedir de
andar, deficiência intelectual, afeta o equilíbrio do corpo, provocar cegueira,
surdez ou epilepsia.
Os efeitos da paralisia cerebral não se dão do mesmo jeito para todos que a possuem. Uns podem andar, outros não. Uns apresentam impossibilidade de movimentos no corpo inteiro, outros só nas pernas ou braços. Uns apresentam uma deficiência intelectual mais severa, outros mais moderada e ainda outros, uma pequena lentidão. Essas diferenças acontecem devido à localização da lesão e as áreas cerebrais que são afetadas e que formam os tipos de paralisia cerebral e que podem ser: espástica, discinética e atáxica.
A Paralisia Cerebral Espástica é quando a pessoa apresenta uma
dificuldade nos movimentos causados por uma rigidez muscular, que por sua vez,
é causada por uma lesão cerebral, mais precisamente no sistema piramidal. Outra
consequência é a do nascimento de bebês prematuros.
A Paralisia Cerebral Discinética é aquela em que a pessoa apresenta
movimentos atípicos (incomuns) e involuntários.
A Paralisia Cerebral Atáxica é aquela em que a pessoa apresenta sensação
de desequilíbrio e de percepção de profundidade, causadas por uma disfunção do cerebelo.
Seja qual tipo a pessoa tiver, quanto mais rápido e precoce for o
diagnóstico melhor será para o bebê. Isto porque ele precisa de atendimento
precoce com vários especialistas para minorar os efeitos da paralisia cerebral
e ter uma melhor qualidade de vida.