DISTÚRBIOS PERCEPTIVOS
VISUAIS
O
ato de ver implica dois movimentos importantíssimos e que atuam concomitantes:
o “ver” que é um movimento fisiológico e o “olhar” que é um movimento que
necessita de ações cerebrais e psicológicas.
"Ver" implica na percepção dos diferentes efeitos produzidos pela luz que inside
sobre os objetos, que podem estar se movendo ou estáticos, os matizes e a sombra
e de encaminhar essas percepções para que cheguem ao cérebro. Já o "olhar" requer
certas sutilezas e envolve áreas e tarefas cerebrais específicas e
especializadas de forma a dar respostas interpretadas, adequadas e
significativas a cada estímulo. Olhar é uma atitude que envolve o nosso querer,
portanto, intencional.
A
baixa visão se inclui na categoria das deficiências visuais. Pessoas com baixa
visão possuem uma acentuada dificuldade ou uma incapacidade (afasia visual) para
ver impedindo, muitas vezes, que entre em contato e conheça, por meio da visão,
o mundo em seu entorno. Essa dificuldade é variável e definida pelos vários
graus de acuidade. Porém, nem sempre o uso de lentes corretivas resolve o
problema. A dificuldade, então, interfere nas atividades diárias, na leitura e
na locomoção. Normalmente, é mais frequente em idosos, mas também pode ser
encontradas em crianças e em pessoas de qualquer idade.
Uma
criança com baixa visão não significa que ela deixa de ter capacidades ou
potencial para desenvolver as habilidades visuais que envolvem o olhar. Segundo
BARRAGA (1978), as habilidades visuais não dependem somente do olho. Dependem, principalmente,
das funções exercidas pelo cérebro. E, para isso, precisam ser estimuladas
adequadamente. Caso essa estimulação não aconteça, os problemas visuais podem evoluir
para uma dificuldade maior: a cegueira.
A
descoberta da baixa visão deve ser precoce para que sejam elaboradas as medidas
preventivas para a prevenção da cegueira e/ou melhoria da visão. Por isso, a
consulta ao oftalmologista diante de qualquer suspeita é importantíssima.
TIPOS
DE BAIXA VISÃO
Cada
tipo de baixa visão causa um tipo diferente de efeito na visão. As mais comuns
são:
a)
DEGENERAÇÃO
MACULAR
A
mácula é uma região próxima ao centro da retina. O processo de envelhecimento
ou o desgaste do tecido que a formam. E degeneração pode ocorrer com ou sem perda
de sangue e do humor aquosos. Esta última é conhecida como “degeneração seca”. A degeneração macular seca faz com que a perda da visão seja gradual e, na outra,
a perda da visão é mais rápida. Nos dois
casos a região central da visão é a mais afetada, tornando difícil ver o objeto
em linha reta.
b) RETINOPATIA DIABÉTICA
Um dos efeitos do diabetes que
ocorre a longo prazo é o vazamento de
sangue em alguns vasos que irrigam a retina. Esse vazamento provoca manchas
escuras no campo visual, fazendo com que as imagens fiquem borradas ou distorcidas.
c) CATARATA
A catarata é uma membrana opaca que cobre a íris resultando numa imagem
turva e sensível á luminosidade. Muita gente pensa que a catarata é um problema
dos idosos. Mas, bebês podem nascer com elas, e são chamadas “cataratas congênitas”.
d) GLAUCOMA
O glaucoma é causado por um aumento da pressão intra-ocular e provoca
danos no nervo óptico. O resultado é a perda da visão periférica e a visão central
é borrada e desbotada, o que torna a leitura bastante difícil.
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