Peço que me perdoem por
estar interrompendo o fluxo dos temas que vínhamos tratando para mudar
radicalmente o assunto. Faço essa interrupção para responder a uma sugestão,
por entender que, a preocupação de uma mãe pode ser a mesma de outras tantas que vivenciam o problema das convulsões em seus filhos.
CONVULSÃO
Para que o cérebro funcione
é preciso que os neurônios recebam informações. Essas informações entram pelos
dendritos e são transformadas em impulsos elétricos. Esses impulsos correm por
dentro do neurônio de uma ponta a outra, onde esses impulsos são transformados novamente
em impulsos químicos e lançados num pequeno espaço entre um neurônio e outro,
chamado de “espaço sináptico”. Os impulsos são captados pelos dendritos do
neurônio mais próximo e tudo recomeça. É, desta forma, que as informações
passam de um neurônio para outro, de uma área cerebral para outra e de um
hemisfério cerebral para outro.
Algumas vezes, a produção de
impulsos elétricos é excessiva e desorganizada. Para que se tenha uma ideia do
que ocorre com o neurônio diante de uma grande produção de impulsos elétricos,
imagine a caixa de força de sua casa. O que ela faz quando recebe um aumento na
carga elétrica? Desliga a chave geral, não é mesmo? Ela faz isto, para não
entrar em curto-circuito e queimar os aparelhos elétricos de sua casa. Ou seja,
desliga para não causar um dano maior, como por exemplo, um incêndio. O mesmo
acontece com os neurônios cerebrais. Eles “apagam” para não causarem danos ao
cérebro. Outros neurônios que estão por perto fazem o mesmo.
E assim como a falta de luz
é um incômodo causado pelo desligar da chave geral da casa. Não podemos ligar o
chuveiro, o micro-ondas, a televisão, perdemos os programas favoritos, como
efeitos da falta de luz. Com o cérebro acontece o mesmo. Ele também sofre com a
falta de informações e de oxigênio. E não pode trabalhar direito na área do
“apagão”. Um apagão que dura alguns segundos, mas que causa transtornos para o
sujeito e preocupa sua família.
Os efeitos podem aparecer em
apenas um lado do corpo (convulsão do tipo parcial ou focal) ou no corpo todo
(convulsão generalizada). Mas, também pode ter apenas uma perda de consciência,
como se fosse um desmaio. Relatar estas observações é importante para um
diagnóstico mais rápido.
As convulsões parciais podem
causar (ou não), a perda da consciência, o comprometimento das sensações dos
órgãos dos sentidos ou provocar delírios, vertigens e alucinações. Mas, quase
sempre os sintomas são leves.
Já nas convulsões
generalizadas, dependendo da área cerebral atingida pelo “apagão” dos
neurônios, o corpo se mostra alguns efeitos desagradáveis, como por exemplo, a
contração dos músculos do corpo todo ou de uma parte dele, espumar pela boca,
entornar mãos e pés e a perda da consciência. Todos estes efeitos são
involuntários, ou seja, a pessoa não comanda a sua vontade.
Existem pessoas mais
predispostas ás convulsões que outras. No grupo das convulsões generalizadas
dois tipos são os mais frequentes: as crises de ausência (chamada de “pequeno mal”) e a epilepsia (chamada de
tônico-clônica ou “grande mal”).
Na crise de ausência as
pessoas ficam com um olhar vago, não atendem quando chamadas e podem (ou não)
fazer ruídos com a boca. Quando despertam podem piscar repetidamente ou
apresentar um tremor labial. As crises são rápidas com duração de um ou dois
segundos e, muitas vezes não se dão conta disso.
Nas convulsões
tônico-clônicas, a perda da consciência é rápida e sem aviso prévio, os
músculos dos braços, pernas e tronco endurecem (contração) e se estendem, o
rosto fica pálido ou azulado, salivam muito e parecer com uma espuma. Os olhos
e boca podem ficar fechados ou abertos. Podem ainda morde a língua, fazendo-a
sangrar. O corpo apresenta um tremor contínuo, ritmado, repetitivo e de difícil
controle. A duração destas crises são de alguns segundos. Marcar o tempo em que
a pessoa ficou inconsciente e detalhar os efeitos é importante para um
diagnóstico mais preciso.
É importante lembrar que,
embora as convulsões possam apresentar sintomas semelhantes aos da epilepsia, convulsão é uma coisa e epilepsia é outra bem diferente.
Causas, cuidados,
diagnóstico e tratamento será o assunto da próxima postagem.
fonte:
Faz parte do nosso trabalho orientar as famílias. Importante sua pesquisa! Sueli, no google+ você é registrada como MILMANEIRAS somente ou tem Sueli Freitas também? Você recebe as mensagens que posto no google+?
ResponderExcluirÉ verdade. Mas, além das mães com quem trabalho, Faço o mesmo com o blog, que atinge uma gama maior de famílias das quais nem conheço e professores também.Quanto ao Google + tenho usado-o para promover as postagens dos meus 3 blogs: o Mil Maneiras, o Arte e Expressão em Arte-Terapia e o Educando Adolescentes.
ExcluirCaso queira falar comigo em particular, use o e-mail de contato abaixo do título do blog Mil Maneiras.
ExcluirSim, vejo a utilidade daquilo que realiza. Continue.
ResponderExcluirJá registrei o e-mail.
Boa noite! Até breve!