A
poliomielite ou paralisia infantil (como é conhecida) é uma doença viral, que
pode afetar os nervos e quando, em estado mais grave, levar a paralisia parcial
ou total dos membros inferiores. Apesar de receber o nome de paralisia
infantil, adultos também podem contraí-la.
poliovírus
Essa
doença foi quase erradicada nos países industrializados (incluindo o Brasil)
por meio da vacinação obrigatória das crianças. No entanto, o vírus ainda
circula pelos países asiáticos e africanos.
O
último caso de que se tem registro ocorreu em 1989, segundo o Ministério de
Saúde do Brasil. Atualmente, a cobertura brasileira contra a poliomielite, por
meio da vacina, está acima dos 95% e considerada como exemplo para o mundo. Mas
o Brasil não pode descuidar, caso contrário, a doença pode voltar.
Embora
o controle sobre a doença no mundo venha melhorando desde 1988, chegando a
atingir 99% do todo global. Segundo OMS (Organização Mundial de Saúde), as
ocorrências da doença que eram de 350 mil afetados, caíram para 406 casos, em
2013.
AÇÃO
VIRAL
O
contágio ocorre de pessoa para pessoa em contato com o muco nasal, catarro,
fezes da pessoa contaminada, por meio do ar, da água ou de alimentos
contaminados. Portanto, podem entrar pela boca ou nariz.
A
incubação desse vírus varia de 5 a 35 dias, porém a média é de 15 dias, quando
aparecem os primeiros sintomas. E enquanto o vírus incuba, se multiplica na
garganta e nos intestinos. Logo após, entram na corrente sanguínea e podem
atingir o cérebro ou o sistema nervoso, destruindo os neurônios motores e
provocando a paralisia dos membros inferiores.
O
ponto mais crítico desse ataque viral é quando os vírus infectam as células
nervosas que controlam os músculos responsáveis pela respiração e deglutição,
podendo levar a pessoa a óbito.
A
poliomielite é uma doença altamente contagiosa. A pessoa contaminada pode
infectar outras pessoas, semanas após terminada a infecção.
TIPOS
DE INFECÇÃO
Nem
sempre o vírus da poliomielite causa a paralisia infantil. Portanto, a pessoa
pode contrair as chamadas “poliomielite paralítica”, uma “poliomielite
não-paralítica” e a “poliomielite abortiva”.
Na
poliomielite não-paralítica a pessoa infectada não fica doente, ou seja,
os sintomas passam desapercebidos. Ou se apresentam alguns sintomas, estes são
bem fracos como dor de cabeça e de garganta, podendo ser confundidos com gripe
ou uma virose qualquer e que passam logo.
No
entanto, na poliomielite paralítica os sintomas duram de um a dez dias
de febre, dor de garganta, dor de cabeça, vômitos, dor nas costas ou rigidez
muscular, dor rigidez nos braços e pernas, perda dos reflexos, fraqueza ou dor muscular,
membros soltos e flácidos (pior num lado do corpo), meningite, paralisia das
pernas (casos mais raros e mais graves da doença). A poliomielite paralítica pode:
ser temporária ou permanente, apresentar ou não incapacidade e deformidade dos
quadris, tornozelos e pés.
A
poliomielite abortiva recebe outros nomes dependendo da parte do corpo
afetada: a) “poliomielite espinhal” quando afeta a medula espinhal; b)
“poliomielite bulbar” quando
afeta o tronco cerebral e “poliomielite bulbospinal” quando afeta o tronco
cerebral e a medula espinhal.
Pode
haver também a “sindrome pós-pólio”, ou
seja, um conjunto de sinais e sintomas incapacitantes vários anos depois de ter
tido a pólio. Os sintomas mais comuns são: fraqueza muscular progressiva, dor
nas articulações, fadiga
geral e exaustão, atrofia muscular, dificuldade para respirar ou engolir, distúrbios
respiratórios relacionados ao sono como a apneia do sono, intolerância ao
frio, problemas cognitivos (dificuldade de concentração e de memória),
depressão ou oscilação de humor.
FATORES
DE RISCO
O
maior risco é não estar vacinada contra essa doença. Mesmo as pessoas que
tenham uma condição de vida desfavorável, se estiverem imunizadas não serão
vulneráveis a ela. Normalmente, as crianças até 5 anos de idade são as mais
atingidas. Grávidas, idosos ou pessoas com um sistema imunológico baixo (fraco)
e portadores de HIV são mais vulneráveis a essa doença.
Sem
a vacina as pessoas devem evitar: a) viajar para locais onde a poliomielite tem
maior acontece com frequência; b) cuidar de pessoas infectadas pelo poliovírus;
c) tiver extraído as amígdalas; passar por situação de estresse extremo ou ter
uma atividade física extenuante depois de ter sido exposto ao poliovírus, pois
levam ao esgotamento e ao enfraquecimento do sistema imunológico, tornando-se
vulnerável ao vírus.
BUSCANDO
AJUDA MÉDICA
Se
você for viajar para regiões em que o vírus não foi erradicado.
Verificar
com um médico se a carteirinha de vacinação de seus filhos, estão em dia. Caso
não esteja, é preciso vacinar antes respeitando os prazos de início da
imunização.
Fique
atento aos sintomas da poliomielite. Caso desconfie, procure um médico.
Após
a vacina, volte ou procure um médico se aparecer “reações alérgicas”, ou se ele
reclamar de “cansaço” ou “fraqueza” sem haver motivo que justifique.
DIAGNÓSTICO
DE POLIOMIELITE
Normalmente,
os médicos reconhecem a poliomielite pela descrição dos sintomas relatados.
Para confirmar o diagnóstico, é retirada uma amostra da secreção da garganta,
fezes ou líquido cefalorraquidiano (um líquido incolor que envolve o cérebro e
a medula espinhal) com o qual se faz uma análise laboratorial que confirmará ou
não a presença do vírus da poliomielite.
TRATAMENTO
DE POLIOMIELITE
Não
existe cura para a poliomielite. Uma vez infectado, a doença segue seu curso. O
possível a ser feito é tentar aliviar o desconforto das dores, auxiliar na
recuperação e garantir uma boa qualidade de vida ao paciente. E isto deve ser o
mais rápido possível para evitar complicações, pois quanto mais se demora, mais
risco de vir a óbito a pessoa terá.
Cuidados
caseiros (acompanhados pelo médico) podem ajudar na recuperação do paciente.
Ventiladores portáteis ajudam o paciente a respirar melhor. A dieta deve ser
bem nutritiva.
Exercícios
de fisioterapia ajuda a evitar deformações e perda da função muscular (em
poliomielite paralítica)
AS
CONSEQUÊNCIAS DA PÓLIOMIELITE SÃO: A MORTE OU A CADEIRA
DE RODAS. PARA EVITÁ-LAS VACINE SEU FILHO.
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