sexta-feira, 24 de agosto de 2018

POLIOMIELITE


A poliomielite ou paralisia infantil (como é conhecida) é uma doença viral, que pode afetar os nervos e quando, em estado mais grave, levar a paralisia parcial ou total dos membros inferiores. Apesar de receber o nome de paralisia infantil, adultos também podem contraí-la.

poliovírus

Essa doença foi quase erradicada nos países industrializados (incluindo o Brasil) por meio da vacinação obrigatória das crianças. No entanto, o vírus ainda circula pelos países asiáticos e africanos.

O último caso de que se tem registro ocorreu em 1989, segundo o Ministério de Saúde do Brasil. Atualmente, a cobertura brasileira contra a poliomielite, por meio da vacina, está acima dos 95% e considerada como exemplo para o mundo. Mas o Brasil não pode descuidar, caso contrário, a doença pode voltar.

Embora o controle sobre a doença no mundo venha melhorando desde 1988, chegando a atingir 99% do todo global. Segundo OMS (Organização Mundial de Saúde), as ocorrências da doença que eram de 350 mil afetados, caíram para 406 casos, em 2013.

AÇÃO VIRAL

O contágio ocorre de pessoa para pessoa em contato com o muco nasal, catarro, fezes da pessoa contaminada, por meio do ar, da água ou de alimentos contaminados. Portanto, podem entrar pela boca ou nariz.

A incubação desse vírus varia de 5 a 35 dias, porém a média é de 15 dias, quando aparecem os primeiros sintomas. E enquanto o vírus incuba, se multiplica na garganta e nos intestinos. Logo após, entram na corrente sanguínea e podem atingir o cérebro ou o sistema nervoso, destruindo os neurônios motores e provocando a paralisia dos membros inferiores.


O ponto mais crítico desse ataque viral é quando os vírus infectam as células nervosas que controlam os músculos responsáveis pela respiração e deglutição, podendo levar a pessoa a óbito.

A poliomielite é uma doença altamente contagiosa. A pessoa contaminada pode infectar outras pessoas, semanas após terminada a infecção.

TIPOS DE INFECÇÃO 

Nem sempre o vírus da poliomielite causa a paralisia infantil. Portanto, a pessoa pode contrair as chamadas “poliomielite paralítica”, uma “poliomielite não-paralítica” e a “poliomielite abortiva”.

Na poliomielite não-paralítica a pessoa infectada não fica doente, ou seja, os sintomas passam desapercebidos. Ou se apresentam alguns sintomas, estes são bem fracos como dor de cabeça e de garganta, podendo ser confundidos com gripe ou uma virose qualquer e que passam logo.

No entanto, na poliomielite paralítica os sintomas duram de um a dez dias de febre, dor de garganta, dor de cabeça, vômitos, dor nas costas ou rigidez muscular, dor rigidez nos braços e pernas, perda dos reflexos, fraqueza ou dor muscular, membros soltos e flácidos (pior num lado do corpo), meningite, paralisia das pernas (casos mais raros e mais graves da doença). A poliomielite paralítica pode: ser temporária ou permanente, apresentar ou não incapacidade e deformidade dos quadris, tornozelos e pés.

A poliomielite abortiva recebe outros nomes dependendo da parte do corpo afetada: a) “poliomielite espinhal” quando afeta a medula espinhal; b) “poliomielite bulbar” quando afeta o tronco cerebral e “poliomielite bulbospinal” quando afeta o tronco cerebral e a medula espinhal.

Pode haver também a “sindrome pós-pólio”, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas incapacitantes vários anos depois de ter tido a pólio. Os sintomas mais comuns são: fraqueza muscular progressiva, dor nas articulações, fadiga geral e exaustão, atrofia muscular, dificuldade para respirar ou engolir, distúrbios respiratórios relacionados ao sono como a apneia do sono, intolerância ao frio, problemas cognitivos (dificuldade de concentração e de memória), depressão ou oscilação de humor.



FATORES DE RISCO

O maior risco é não estar vacinada contra essa doença. Mesmo as pessoas que tenham uma condição de vida desfavorável, se estiverem imunizadas não serão vulneráveis a ela. Normalmente, as crianças até 5 anos de idade são as mais atingidas. Grávidas, idosos ou pessoas com um sistema imunológico baixo (fraco) e portadores de HIV são mais vulneráveis a essa doença.


Sem a vacina as pessoas devem evitar: a) viajar para locais onde a poliomielite tem maior acontece com frequência; b) cuidar de pessoas infectadas pelo poliovírus; c) tiver extraído as amígdalas; passar por situação de estresse extremo ou ter uma atividade física extenuante depois de ter sido exposto ao poliovírus, pois levam ao esgotamento e ao enfraquecimento do sistema imunológico, tornando-se vulnerável ao vírus.


BUSCANDO AJUDA MÉDICA

Se você for viajar para regiões em que o vírus não foi erradicado.

Verificar com um médico se a carteirinha de vacinação de seus filhos, estão em dia. Caso não esteja, é preciso vacinar antes respeitando os prazos de início da imunização.

Fique atento aos sintomas da poliomielite. Caso desconfie, procure um médico.

Após a vacina, volte ou procure um médico se aparecer “reações alérgicas”, ou se ele reclamar de “cansaço” ou “fraqueza” sem haver motivo que justifique.

DIAGNÓSTICO DE POLIOMIELITE

Normalmente, os médicos reconhecem a poliomielite pela descrição dos sintomas relatados. Para confirmar o diagnóstico, é retirada uma amostra da secreção da garganta, fezes ou líquido cefalorraquidiano (um líquido incolor que envolve o cérebro e a medula espinhal) com o qual se faz uma análise laboratorial que confirmará ou não a presença do vírus da poliomielite.

São 2 gotas que salvam seu filho!

TRATAMENTO DE POLIOMIELITE

Não existe cura para a poliomielite. Uma vez infectado, a doença segue seu curso. O possível a ser feito é tentar aliviar o desconforto das dores, auxiliar na recuperação e garantir uma boa qualidade de vida ao paciente. E isto deve ser o mais rápido possível para evitar complicações, pois quanto mais se demora, mais risco de vir a óbito a pessoa terá.

Cuidados caseiros (acompanhados pelo médico) podem ajudar na recuperação do paciente. Ventiladores portáteis ajudam o paciente a respirar melhor. A dieta deve ser bem nutritiva.

Exercícios de fisioterapia ajuda a evitar deformações e perda da função muscular (em poliomielite paralítica)



AS CONSEQUÊNCIAS DA PÓLIOMIELITE SÃO: A MORTE OU A CADEIRA DE RODAS. PARA EVITÁ-LAS VACINE SEU FILHO.

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