O
que sabe sobre esse vírus é ele tem mais de 200 tipos e, apenas 150 tipos foram
identificados. Dos tipos identificados, 14 tipos podem causar lesões que se
transformam em câncer.
Esse
vírus é considerado uma das doenças sexualmente transmissíveis (DST) por ter
uma infestação nas primeiras práticas sexuais. Estatisticamente, entre 80 a 90%
da população já entrou em contato com o vírus HPV em algum momento da vida,
mesmo que não tenham tido sintomas ou desenvolvido lesões. Embora a maioria tenha se livrado do vírus e
dos seus efeitos espontaneamente, 10% não consegue se livrar dele e vê suas
lesões transformar-se em “CÂNCER”.
Você
poderá estar pensando que 10% e pouco.
Porém, se considerarmos a população mundial que é de quase 7,5 bilhões
de pessoas, 10% corresponde a 750 milhões de pessoas. Um número bastante
significativo, não acham?
A
transmissão do vírus papiloma humano se dá pelo contato da pele com pele nas
relações sexuais. E como as práticas sexuais estão começando cada vez mais cedo
do que em tempos atrás, rapazes e moças podem entrar em contato com papiloma
humano mais cedo do que em outras épocas.
Toda
verruga que aparece no corpo é preocupante e incômoda. Porém, quando elas
aparecem nas áreas genitais de rapazes e moças (porque o vírus não tem
preferência com relação ao sexo que irá infectar) é ainda mais preocupante e
incomodo, porque pode ser causado pelo papiloma. Ou se aparecerem manchas
brancas ou acastanhadas e que coçam muito, é preciso de um tratamento rápido.
As verrugas (pontos escuros) no colo do útero, nas trompas e nos ovários
As verrugas (pontos escuros) no colo do útero, nas trompas e nos ovários
Nos
rapazes, as verrugas de pênis ou manchas são logo observáveis, pois se
localizam na parte externa do corpo. No entanto, nas mocinhas, nem sempre podem
ser vistas porque elas ocorrem mais internamente, embora possam também aparecer
na vulva ou nos lábios genitais. Outro lugar que não podem ser observadas é
quando aparecem na garganta ou na parte interna do ânus. Nestes casos, só com
os exames clínicos de colposcopia, vulvoscopia e peniscopia podem ser
detectadas.
Para
saber se as manchas ou as verrugas que surgem nas áreas genitais são ou não são
cancerígenas, é preciso fazer outros exames: o PCR (sigla da Reação em Cadeias
da Polimarese), um exame genético que investiga o tipo e a carga viral e o TCH (teste
de captura híbrida) que detectam a presença do cãncer. São exames caros, cujo
preço pode variar entre 700 a 1500 reais. E a resposta desses exames costumam
sair em 5 dias.
Mas
não é apenas pelas práticas sexuais que o vírus é transmitido de pessoa a
pessoa, embora seja a forma mais comum. Correm risco de contaminação quando as
pessoas costumam compartilhar roupas íntimas ou toalhas de banho de outras
pessoas. Esta forma é rara, mas pode acontecer.
Existem
duas maneiras de uma pessoa não saber que tem o HPV: a) os sintomas só começam
a aparecer de 2 a 8 meses após a contaminação; b) em algumas pessoas, o vírus
fica “encubado” por até 20 anos. Isto significa que o vírus está no corpo, mas
ele não produz os sintomas. Em ambos os casos, fica difícil da pessoa saber,
não é mesmo?
transmissão vertical
transmissão vertical
A
“transmissão vertical”, como é
chamada quando a mãe passa o vírus para o filho no momento do parto, é uma
outra forma de contaminação.
Para
todas as pessoas que possuem uma atividade sexual ativa, o fator de risco de
contrair HPV é muito grande. Principalmente, para as pessoas que começam precocemente
a vida sexual, se relacionam sem proteção (não usam camisinhas), possuem
múltiplos parceiros, não fazem exames de rotina, são imunodepressoras (que apresentam
queda no sistema imunológico), as que apresentam outras DSTs (doenças
sexualmente transmissíveis), as que tem múltiplas gestações, usam contraceptivos
orais de dosagens altas e por muito tempo, ter soro positivo do HIV (AIDs), ter
herpes simples ou clamídia, fumantes e quem faz uso de drogas.
A complicação maior é não ligar e deixar que as lesões se transforme em câncer.
Neste caso, os procedimentos serão outros. No mais, o HPV é tratável e após um
ano e meio ou dois anos de tratamento o paciente tem alta, principalmente se o
paciente for jovem. Para os pacientes adultos ou mais idosos o tratamento é um
pouco mais longo, envolvendo também o cônjuge com quem se relaciona seja para avaliação
ou para tratamento.
Nos homens, o vírus do HPV pode afetar sua capacidade de fecundação (esterilidade)
ou o deslocamento dos espermatozoides. Em ambos os sexos, as lesões na boca, amigdalas,
palato e nariz podem afetar o sistema respiratório.
Qualquer
pessoa pode ter HPV, mas as pessoas que fazem tratamentos com quimioterapia,
radioterapia ou com imunossupressores, o risco é ainda maior.
O
câncer é sempre um problema sério por ser uma doença silenciosa, que não traz
sintomas imediatos. Enquanto isso, o vírus vai fazendo seus estragos no
interior do corpo.
Para
se proteger desse vírus existem três maneiras: usar “camisinha” em todas as formas de se relacionar sexualmente (oral,
anal e da forma convencional); fazer exames regulares e tomar a vacina ainda na
infância (aos 9 anos) ou no início da puberdade (dos 11 aos 13 anos).
O
governo brasileiro oferece estas vacinas gratuitamente
nos Postos de Saúde para meninos e meninas para que fiquem imunizados antes de
iniciarem as práticas sexuais. A vacina é composta apenas de duas doses.
No
caso de perceber os sintomas ou ter suspeitas ou dúvidas sobre o HPV basta
procurar um infectologista, ginecologista, urologista, o clínico geral ou o dermatologista.
O tratamento pode ser breve ou prolongado dependendo dos sintomas (manchas ou
verrugas), do grau e da localização das lesões. Geralmente, os médicos indicam
cremes e ácidos para colocar sobre as manchas se forem visíveis, cauterização a
laser (se forem internas) para retirar as lesões.
Infelizmente,
não há como eliminar o vírus por meio de medicamentos ou procedimentos médicos.
A única forma de eliminá-los é pelo sistema imunológico da pessoa, mas que pode ser acompanhado clinicamente com
exames periódico. A manutenção dos cuidados básicos de saúde é importante para
ajudar e fortalecer o sistema imunológico.
FONTES:
Ministério
da Saúde
Clínica
Mayo
Nenhum comentário:
Postar um comentário