Em 1978, MICHAEL
RUTTER, classifica o autismo baseado em quatro critérios:
a) no atraso e desvio
social com associação à deficiência intelectual;
b) nos problemas de
comunicação, também com vinculação ou associação à deficiência intelectual;
c) nos comportamentos
incomuns (estereotipias ou maneirismos) e...
d) com início aos 30
meses de idade (2 a 3 anos). Este foi, portanto, um marco para o autismo,
desvinculando-o de outras doenças de “não especificação e do transtorno mental”.
Ao assinalar essas 4
condições, Rutter estabelece os requisitos básicos para o diagnóstico do
autismo. Com isso, altera-se mais uma vez o manual e apressa a publicação do DSM-III,
em 1980, onde o autismo passa a ser reconhecido como TRANSTORNOS INVASIVOS DO
DESENVOLVIMENTO (TIDs) e do CID-10.
Como Transtorno
Invasivo do Desenvolvimento (TID), o autismo passa a ser visto como uma
desorganização que afeta várias áreas do funcionamento cerebral e nas condições
descritas por Rutter.
Em 1988, o psicólogo IVAR
LOVAAS, da Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA), publica um estudo demonstrando
que a terapia comportamental pode ajudar as crianças autistas e trazer uma nova
esperança a seus pais. Esse estudo se baseia na análise do comportamento de
crianças autistas de 4 a 5 anos de idade, mostrando que a precocidade do Tratamento
ABA é mais benéfico do que se imagina, trazendo melhor condição de vida.
Entre os anos da década
de 1980 a 1990, o DSM define de forma mais ampla o “autismo infantil”, que
recebe mais um nome: “TRANSTORNO DE AUTISMO”. O papel da terapia comportamental,
da fonoaudiologia, e com uso adequado do ambiente de aprendizagens altamente controlados
passam a emergir como os principais tratamentos para todas as formas de
autismo. E ainda estão abertas para novas terapias.
Em 1994, o DSM-IV abre
a oportunidade para que novos critérios potenciais para o autismo sejam
incluídos na TID, considerados válidos após estudo internacional e
multicêntrico. Esse sistema de avaliação do DSM-IV e da CID-10 foi importante
para evitar possíveis confusões entre pesquisadores e clínicos que trabalhavam
em diferentes partes do mundo guiados por um ou por outro sistema de doenças.
Como vimos, definido
como Transtorno Invasivo de Desenvolvimento, nomenclatura que foi usada por um
bom tempo, estava baseada nos nos critérios de diagnóstico criados por Michael
Rutter, registrados em 1978. Porém, a sociedade científica fazia duras críticas
à essa definição e nos critérios com a alegação de ter sido veiculada com base no caráter empírico, ou seja, na
observação das pessoas com autismo e sem comprovação científica.
Para acabar com essa
controvérsia, o DSM-IV adiciona a Síndrome de Asperger, ampliando o leque dos
casos mais leves, onde as pessoas são mais funcionais, lançando como DSM-IV-TR
(transformado) e que incluía novos conhecimentos sobre o autismo, a Síndrome de
Asperger e outros tipos de TIDs. Garantia, no entanto, que as avaliações
diagnósticas fossem realizadas com os critérios de Rutter.
Na Inglaterra, surge um
médico que levanta a hipótese de que a vacina tríplice, poderia ser a causa do
autismo. Novos experimentos foram realizados e o resultado foi de que a vacina
nada tem a ver e de que não existe nenhuma relação com o autismo. E a hipótese
foi descartada. Em 2013, o DSM-V e
elimina todas as nomenclaturas anteriores do transtorno do autismo e lança um
novo título: o TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA.
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