FASE 1: DE 0 A 6 MESES – O
embrião é formado no útero e se desenvolve no útero até o nascimento ouvindo o
ruído causado pelas batidas do coração e pela circulação sanguínea do corpo
materno. Um ruído constante e sempre no mesmo “volume”. Ele se sente seguro
porque se acostumou a ouvi-lo.
Após
o nascimento, os sons lhe parecem estranhos, incompreensíveis, diferentes e
mudando constantemente. Outra diferença é a variação do volume: uns são altos,
outros estridentes, baixos demais. Os bebês estranham, choram e se acostumam.
São, porém, os ruídos ou sons inesperados que os faz estremecer, é que lhes são
apavorantes. Esses sons ou ruídos fortes que assustam, que aumentam os batimentos
cardíacos e que lhes trazem a sensação de insegurança.
FASE 2: DE 7 a 11 MESES – nesta idade a criança já está bem acostumada com os
sons e ruídos do ambiente, incluindo aqueles inesperados. É nesta fase que os
bebês começam a reconhecer os rostos familiares. Mãe, pai e irmãos são os
primeiros a serem reconhecidos devido a convivência. Avós e tios vem a seguir,
mas não sem uma estranheza inicial, mas que logo é superada. No entanto,
pessoas estranhas podem assustá-las e podem chegar a ter medo delas, caso os
pais ou a própria pessoa insista em tocá-la ou querer segurá-la no colo.
Aquela
brincadeira que os pais geralmente fazem com as crianças da primeira infância, é a de jogá-las para cima ou de erguê-las acima da cabeça do adulto, pode ser um
dos motivos do medo de altura em algumas pessoas, por dar a sensação de
insegurança.
FASE 3: 1 ano – Muitas pessoas acreditam que a criança de um ano não percebe
ainda a ausência dos pais e, principalmente, das mães. Ledo engano. Esquecem
que a criança está deixando (ou deixou a pouco) de mamar no seio materno. E
sentem falta ainda, mesmo que façam o uso da mamadeira. Essa ausência, curta ou
prolongada, gera o modo de que eles desapareçam. E essa sensação se intensifica
até os 4 anos de idade.
OBS-
A continuidade dos fatos que levaram a criança ficar abalada (som inesperado,
sensação de insegurança, não querer se relacionar com pessoas estranhas) não
termina ao mudar de fase. Todas essas sensações ficam impregnando seu
inconsciente, de forma que cada vez que o fato se repete, há um acúmulo
crescente delas. E quando há um número suficiente desses fatos, dizemos que a
criança “está com medo”, pois aparecem sinais observáveis no corpo ou nas
atitudes.
FASE 4: 2 anos – As crianças desta idade começam a prestar atenção na “relação de
causa e efeito”, ao mesmo tempo em percebe sua falta de controle sobre o mundo
a sua volta por meio de suas próprias experiências. Por exemplo, ao querer
pegar um copo, ela o derruba e ele quebra, ou puxar um pano de louça sem tirar
o que está em cima e derramar seu conteúdo.
Mas,
ela também percebe essa mesma relação com o que acontece na natureza: nuvens
escuras é sinal de chuva, trovões e relâmpagos são sinais de chuva forte. Sol,
sinal de brincadeira no quintal. Calor, hora de brincar com água. No entanto, mas
coisas que ainda não compreendem, lhes causam medo, como por exemplo, o som do
trovão, do ruído dos trens ou do liquidificador e/ou aspirador. Temem ainda:
objetos muito grandes, criaturas imaginárias e ... médicos.
FASE 5: 3 a 4 anos – Esta é a fase do desenvolvimento da imaginação. Por isso,
possuem uma imaginação muito fértil. Ficam apavoradas com máscaras (qualquer
uma), rostos cobertos (por panos, cobertores, lençóis) e de pessoas fantasiadas
(palhaços e personagens infantis), além do escuro, de insetos e de ficarem
sozinhas.
FASE 6: 5 anos – nesta fase iniciam-se os medos reais, porque esta idade traz uma
compreensão maior da realidade. Aqui, os
medos maiores são: de se machucarem, de um cachorro escapar e mordê-las, de
perderem os pais (seja em caso de separação ou morte). No entanto, os medos
anteriores ainda continuam exercendo sua influência e o som alto do trovão é um
exemplo observável.
FASE 7: 6 a 7 anos – Já com uma visão e compreensão maiores da realidade, o medo
maior e o de que algum de ruim venha a acontecer com os pais e tempestades.
Ainda com uma imaginação muito fértil, mas com fantasias mais criativas, as
crianças desta idade temem: dormirem sozinhas e no escuro por causa das bruxas
e fantasmas.
A
partir dos 8 aos 10 anos, a maioria das crianças tendem a superar os medos a
partir da compreensão cada vez maior da realidade. Mas outros podem aparecer,
como por exemplo: o medo de não tirar boas notas na escola, de não fazer
amigos, etc.
Imagens - Google
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