Pesquisas
sobre neuropsicologia revelam que grande parte das pessoas usa o hemisfério
esquerdo para pensar e agir. O significado disto é que a maioria das pessoas
pensa e age de forma racional, utilizando o raciocínio lógico, que por sua vez,
é linear e seqüencial. Com este tipo de raciocínio, essas pessoas deixam em
segundo plano as emoções, a intuição, a criatividade e a capacidade de resolver
problemas de um jeito próprio. Ou seja, agem de acordo com a razão.
A
parcela menor da população usa o hemisfério direito. Agem e pensam de uma maneira
diferenciada dos primeiros. Deixam-se levar por paixões e emoções, lidam bem
com questões intuitivas e criativas e resolvem seus problemas mais com o “coração”
do que com a razão. A maioria dos astistas é assim e valem-se da música, dança,
pintura, escultura, poesia etc.
Por
que isso acontece? O cérebro humano funciona
e regula suas atividades por meio de ondas elétricas, emitindo impulsos
eletroquímicos em várias freqüências. Esses impulsos, conhecidos como “ondas
cerebrais”, podem ser percebidos, medidos e registrados por meio do
eletroencéfalograma (EEG). As principais as ondas são: beta, alfa, teta e
delta.
As
ondas tetas e betas indicam patologias. São emitidas com origem em estados de
sonolência superficial ou profunda (como a catalepsia), pois a consciência torna-se
bastante reduzida.
As
ondas betas são emitidas quando estamos em vigìlia, agitados, tensos ou com
medo e nossa consciência está em alerta. As ondas alfas são emitidas em
momentos de descontração física e mental, isto é, mais relaxados. Ambas são
mais comuns, porque estão presentes em tudo o que fazemos.
Para
que as aprendizagens se realizem e possam ser memorizadas é preciso que
estejamos relaxados. Para isso, o cérebro deve reduzir seu ritmo, passando
de ondas betas para ondas alfas. Assim, mais relaxados e calmos, mas atentos e
alertas, aprendemos mais e melhor. O cérebro, então, libera algumas substâncias
que se ligam a um sentimento de prazer que, por sua vez, leva à clareza mental.
E, se mantivermos esse estado por longo tempo, a clareza se amplia permitindo que
as lembranças se formem.
O
hemisfério direito lida com imagens, criatividade e com as emoções, além do uso
do bom humor e do pensamento sintético que permite que possamos visualizar as imagens memorizadas e fazer associações com mais facilidade. Por isso, é sempre muito bom
trabalhar com qualquer forma artística antes de uma aula, por exemplo.
Se
estimularmos as áreas pouco utilizadas do cérebro no dia-a-dia das crianças em
idade escolar, com o passar do tempo, melhoraremos a capacidade de agir e
pensar num futuro próximo.
colagem em silhueta
Teremos,
então, uma geração de lógicos intuitivos, de sonhadores práticos, de racionais
emotivos e, principalmente, de pessoas criativas que resolverão problemas dos
mais sérios com soluções inusitadas e eficazes. E o melhor de tudo, é que se
pode obter essas melhorias independente da idade dos sujeitos.
Cabe a pais e professores incentivar esta prática em casa e na escola.
Cabe a pais e professores incentivar esta prática em casa e na escola.
FONTE:
FIORI, Nicole, As
Neurociências Cognitivas. Petrópolis:
RJ, Vozes, 2008
Mais uma vez, Sueli, ótimo esclarecimentos... Parabéns!
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