O desenho se desenvolve lentamente e por meio de etapas progressivas. Esse processo tem início com a manipulação dos objetos do ambiente em que a criança vive. Vendo os objetos, pegando-os, levando-os à boca, mordendo-os, ouvindo os sons que fazem ao cair no chão, a criança vai assimilando um certo número de informações a respeito deles. São informações visuais, auditivas e táteis que desenvolvem o lado direito do cérebro.
Após sentar-se sem apoio, a criança descobre que pode deixar suas marcas, ao brincar com uma poça de água no chão.
1- AS GARATUJAS OU FASE DO RABISCO
Alguns meses depois, já com um bom repertório de informações, seu interesse muda. Passa a agarrar lápis e canetas e a esfregá-los sobre qualquer superfície. É o início das garatujas. Como ainda não tem controle dos músculos dos braços e da mão, faz movimentos amplos de ir e voltar. Esta é a etapa das “garatujas desordenadas”.
Com essas garatujas a criança alcança uma certa maturidade neurológica. Alguns meses depois, consegue fazer movimentos curtos e longos. A principio, casualmente e, por fim, se nota uma certa intenção. São as “garatujas ordenadas”.
Mais tarde, a criança faz um risco e diz que é o pai, a mãe, o cachorro ou outro objeto qualquer. É a fase das “garatujas nomeadas”, coincidindo com o inicio a fala.
A seguir, aparecem em seus rabiscos linhas arredondadas. Essas linhas se fecham por volta dos 2 anos e meio, quando a criança passa a fazer “bolinhas”.
Fechar um circulo e começar outro, em outro lugar da folha, representa uma importante maturação neurológica.
Essa maturaçao representa a conquista do chamado “freio inibitório”, isto é, significa que a criança já é capaz de controlar os músculos da mão e do braço, fator importante para a escrita. Com os círculos fechados, ela volta-se novamente para os traços, que agora ficam soltos ou se cruzam sobre outras linhas..
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