quinta-feira, 26 de junho de 2014

PARA AS FUTURAS MAMÃES OU PARA AS DE PRIMEIRA VIAGEM

O DESENVOLVIMENTO MOTOR NO PRIMEIRO ANO DE VIDA

Quando uma mulher está grávida, fica ansiosa para sentir os movimentos do bebê dentro do útero. Embora isto seja um sinal de que tudo corre bem, não garante que o bebê terá um bom desenvolvimento motor.

O caminho que vai dos movimentos fetais até os movimentos mais habilidosos e graciosos é grande e repleto de fases e etapas que precisam ser vencidas pelo próprio bebê. O que resta a nós, adultos, é esperar e observar.

Bregeron e Fonseca afirmam que o desenvolvimento motor é muito especial e a maioria dos bebês segue um padrão de conquistas motoras em determinados períodos de tempo. Vamos conhecê-los?

Ao nascer a criança está pronta para colocar em ação movimentos internos que lhe garantirão a sobrevivência. Respirar é o primeiro deles. Outros vem na sequência: sugar, engolir, urinar e defecar devem estar prontos e presentes após o nascimento.


Já nos primeiros dias o bebê executa uma série de movimentos. São denominados “reflexos”, porque não dependem da vontade ou da necessidade dos recém-nascidos. Podem realizar alguns movimentos externos e visíveis como espreguiçar-se, espirrar, tossir, de regurgitar, sorrir, fazer caretas e gritar. Pernas e braços apresentam manifestações motoras rápidas e sem controle. Pernas e braços permanecem flexionados (embora possam esticá-los de vez em quando). Punhos, mãos e dedos parecem imóveis. Tudo normal e corriqueiro.


Com um mês, a cabeça ainda não tem firmeza. Mas, já apresentam pequenas mudanças de posição, devido a uma pequena torção do tronco. Esticam mais as pernas, mas as mãos permanecem fechadas e os braços ainda estão flexionados. Caso não estiquem as pernas pode ser prenúncio de algum problema do sistema nervoso.

No 3º mês, já mudam de posição apoiando-se nas pernas para girar o quadril. As coxas e pernas se afastam uma da outra lateralmente e os movimentos de pedalar começam a diminuir de intensidade. A cabeça se firma completamente na metade do 4º mês. Se até o 5º mês a cabeça continuar pensa, procure imediatamente um neurologista, pois é sinal de alguma anormalidade do Sistema Nervoso Central.

No 4º mês as mãos se abrem totalmente. A cabeça firme sobre os ombros permite giros para a direita e para a esquerda e realizar tentativas de olhar para trás. Pouco a pouco, os reflexos vão desaparecendo e dando lugar a outros mais complexos: os “movimentos voluntários”.

No 5º mês, o bebê já consegue sentar-se com apoio. E no 6º mês, sentam-se sem apoio. No 7º mês, já sentam-se no cadeirão ou cadeiras. Caso ainda precisem de apoio até o 7º ou 8º mês, os pais devem procurar o neurologista. Para as que conseguem sentar sem apoio o melhor é deixa-las no chão com objetos ou brinquedos próximos. Com os punhos e dedos estão abertos conseguem pegar e manter esses objetos. Ao querer pegá-los se exercitarão naturalmente a preensão, além de preparar o corpo para a marcha.


Por volta do 8º ou 9º mês, ficam de barriga para baixo. Esta posição permite novas experimentações, como arrastar-se para frente e para trás. Do 9º ao 11º mês já se pode perceber se a criança será destra ou canhota observando-se qual a mão que usa mais para pegar os objetos.


Entre o 9º e o 10º mês, apoia-se nos joelhos para erguer o quadril. Com este movimento, a criança percebe que pode movimentar as pernas. É quando aparece o “engatinhar” que a prepara para a marcha. Algumas crianças pulam esta fase, talvez estimulados ou impedidos pelos pais. Muitos problemas posturais (de coluna, pés, pernas e das formas de pisar) decorrem da falta dos movimentos desta fase.

 

Entre o 11º e 12º mês, ficam em pé com apoio e no final do 12º mês, sem apoio algum. Novas experimentações ocorrem, como andar apoiado nos objetos. E terá até o 18º mês para andar sem apoio algum.


Qualquer atraso longo do desenvolvimento motor pode causar inabilidades sérias, deficiências mentais e deformações físicas. Portanto, se houver alguma demora, é melhor procurar um neurologista. Não deixem o tempo passar. Quanto mais precocemente forem atendidos menores serão os efeitos desses atrasos.