quinta-feira, 14 de abril de 2011

SÍNDROME DE PRADER-WILLI

A Medicina acredita que essa Síndrome seja de origem genética, devido a um  erro na junção dos cromossomas durante a divisão celular, provocando um distúrbio que afeta todo o corpo e o desenvolvimento da criança. Por ser uma síndrome de baixa incidência é pouco conhecida. Essa  síndrome atinge meninos e meninas na mesma proporção. Afeta o sistema neuromotor, traz transtornos alimentares e afeta o desenvolvimento da inteligência. Por ser uma síndrome, outros órgãos (olhos, coração, rins, vias vasculares) podem ser afetados, trazendo uma debilidade física geral. Ao longo da vida, alguns sintomas são atenuados, enquanto outros, se tornam mais críticos, como é o caso do transtorno alimentar.

Os portadores dessa síndrome são lentos, sonolentos, obesos compulsivos, apresentam dificuldades nas aprendizagens, tem estado emocional oscilante e dificuldade no relacionamento social por serem extremamente afetivos em alguns momentos e agressivos em outros (falam o que pensam, sem medir palavras, pois a grande dificuldade é colocar-se no lugar do outro, que é uma caracteristica da deficiência intelectual). Mas, não são assim por opção, mas porque a natureza os fez assim.

São lentos por condição física, porque são hipotônicos (perderam a tonicidade natural dos músculos). São lentos porque todo deficiente intelectual é minuscioso por insegurança e, por querer se destacar como os normais,  nem que seja por meio do capricho ou da correção do pouco que fazem (por isso, apagam constantemente, mesmo estando correto, para terem a certeza de que o que fizeram foi bem feito). Essa lentidão não se restringe ao período escolar mas também em casa, no trabalho (quando o tem) e na vida.

A sonolência é uma das características da síndrome e pouco se pode fazer, pois independe das horas dormidas ou da vontade do sujeito. Quando aparece, é difícil controlar.

O estado emocional pode ser controlado evitando-se o confronto direto, pois sempre que se sentirem agredidos ou injustiçados, reagirão com veemência. Broncas ásperas farão com que acione suas defesas e reaja ainda mais. O melhor é dizer que determinada coisa ou atitude não é permitida e, num outro momento quando estiverem mais calmos e tranqüilos uma conversa franca e direta, explicando os motivos sem muitos rodeios, pode-se resolver a questão sem traumas ou mágoas.

Quanto ás aprendizagens, embora apresentem limitações, são possíveis de acontecer. É preciso lembrar que ninguém pode oferecer o que não tem. O  organismo dos portadores dessa síndrome funciona com uma outra organização temporal e rítmica que difere das pessoas “normais”. Eles são o resultado de um conjunto de sintomas provocados por um erro genético que interfere na organização física, mental, psicológica e social.
São bastante infantilizados, apesar da idade que avança e do corpo que se torna adulto, continuam crianças na acepção da palavra, pois essa Síndrome faz com que o desenvolvimento sexual seja muito lento.

A Prader-Willi provoca, de tempos em tempos, “crises” ou “surtos”. É um tempo em que ficam mais sensíveis e muito mais emotivos, razão pela qual se magoam facilmente com coisas que antes eram normais e corriqueiras. Quando isso acontece, são tomados por forte emoção (a raiva, principalmente) chegando a  perder o controle das ações voluntárias. Então, agridem a quem os incomodou. A princípio, verbalmente, porque acionam as suas defesas. E, se isso não for suficiente, partem para a agressão física. E numa crise, agirá assim, com um cão, um colega ou um professor desde que se sinta provocada e ofendida. Há uma outra característica dos deficientes intelectuais que é importante ressaltar, que é a dificuldade em compreender os sentimentos dos outros e de se colocar no lugar deles.

O tempo entre uma crise e outra depende de fatores como o nível de stress, instabilidade física, cansaço, não dormir o suficiente, estado de ansiedade, etc. A duração da crise (ou surto) depende do grau de envolvimento afetivo-emocional que gerou a “explosão”. Por isso, varia de pessoa para pessoa.

Após a “explosão” (liberação da raiva), há sempre uma baixa do nível de emoção e a volta á calma A raiva é uma emoção boa quando usada positivamente. È ela quem nos move para superar as dificuldades e obstáculos do cotidiano e, principalmente, das dificuldades que ocorrem nas atividades escolares. Por isso, aprendemos. Mas usada negativamente, como nas agressões, ela é ruim porque nos faz perder o equilíbrio e até mesmo a consciência de nossos atos.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

MAIS PAPÉIS DE CARTA

Os papéis de carta fizeram sucesso. As crianças amaram e se deliciaram escrevendo mensagens para os familiares e para os amigos. As professoras que aderiram a ideia ficaram entusiasmadas e prometeram repetir a experiência. 

Por isso, trouxe novas ideias para vocês, amigos visitantes e leitores deste blog. Desta vez, foram feitas com colagem feitas com fotos coloridas de revista e com jornal também. 
As flores são todas de jornal e contornadas com caneta hidrográfica, assim como as folhas.
Esta tem três flores de tamanhos diferentes: a maior de jornal, a média com foto de revista e a menor, folha de revista numa tonalidade única. O miolo é um círculo de cartolina. As folhas são desenhadas e pintadas com lápis de cor.
Esta é toda de fotos de revista, incluindo as folhinhas. A flor é única e o miolinho de cartolina. 


Ficaram muito bonitas, não é mesmo?
Tente você também. Seus alunos vão adorar a novidade..


Beijos a todos.

domingo, 10 de abril de 2011

AS APRENDIZAGENS E O SISTEMA NERVOSO



Para realizar aprendizagens como esta, é preciso que se conheça o básico do funcionamento corporal relacionado a elas, pois dependemos do sistema nervos para que as aprendizagens se realizem. Por ser um assunto bastante complexo, dividiremos didaticamente os assuntos em pequenas doses.

Nosso corpo é formado por estruturas (órgãos) e feixes de nervos ligados a dois sistemas muito importantes e que se encontram espalhados por todo o corpo: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP).

O SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)

O SNC é constituído por órgãos de suma importância, por isso, ficam localizados na caixa craniana e dentro da coluna vertebral para que fiquem bem protegidos.

Dentro da caixa craniana está o encéfalo, que é formado pelo cérebro, pelo cerebelo, pelo bulbo e pelo tronco cerebral. Na coluna vertebral fica a medula, formada por um grosso feixe de nervos do qual partem ramificações para todo o corpo.

De todos os órgãos do SNC, o cérebro é o grande comandante de todas as funções. É ele quem dirige e controla todas as funções orgânicas, nos põe em contato com o mundo (ambiente) e garante a nossa sobrevivência.

O cerebelo é o grande responsável pelos movimentos internos e externos, além de nos manter em equilíbrio. O bulbo é responsável pelos nossos reflexos e coordena as funções do pulmão e do coração, garantindo nossa sobrevivência. O tronco cerebral é o “grande mensageiro”. Leva as informações colhidas pelo sistema periférico até o encéfalo e traz de lá as respostas que nos fazem reagir ao ambiente.

 O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)

Podemos dizer que o SNP são as “janelas do nosso corpo”. São constituídas de terminações nervosas muito sensíveis e capazes de perceber as mínimas variações do mundo externo. Essas terminações nervosas estão localizadas em cinco órgãos que constituem o que chamamos de “órgãos dos sentidos”. São eles: a pele, o maior órgão do nosso corpo, que nos dá a sensação do tato. Os olhos que nos permite ver os objetos do mundo. Os ouvidos que nos permitem ouvir os sons e ruidos. A língua que nos permite sentir o paladar das coisas e o nariz, que nos permite perceber os odores agradáveis e desagradáveis.

Para aprender é necessário que estes dois sistemas trabalhem em conjunto. Ao mesmo tempo,  cada sistema tem um funcionamento independente, realizando funções que lhes são características. Qualquer disfunção em uma estrutura (órgão) ou uma função mal realizada, pode comprometer as aprendizagens, sejam elas escolares ou não.


Voltaremos ao assunto. Aguardem!