sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

AS BONECAS


OLÁ, PESSOAL! 
Trouxe para vocês mais um material de estimulação pedagógica: as bonecas.
Parece que ouço vocês dizerem: - O queeeeê?... Boneca, material de estimulação de aprendizagem? E respondo: - É um dos bons.

As bonecas tiveram, provavelmente, origem na pré-história. E difundiram-se por todas as civilizações através dos séculos e milênios. Se tornaram brinquedo infantil no século XVII e, daí para cá, têm se transformado de acordo com a época, os costumes e com as necessidades industriais. Modificadas na aparência e nos materiais com que são feitas procuram agradar ao público consumidor. Dessa necessidade, encontramos uma variedade de bonecas: femininas, masculinas, infantis, adultas e representativas das várias etnias e nacionalidades.

Mas, as bonecas mais estimulantes e benéficas para o desenvolvimento da criança são aquelas mais simples possíveis, feitas de tecido, feltro. palha ou lã e pingos de tinta que lhes formam olhosm nariz e boca. Esses materiais são macios, quentes (parecidos com a temperatura humana) e com texturas variadas que estimulam e desenvolvem o sensorial infantil. Embora sejam bonitas e atraentes, as industrializadas são frias e lisas e estimulam pouco as crianças.

A simplicidade das bonecas exige boa dose de imaginação que a leva fantasiar e desenvolver a imaginação. Ao brincar com tais bonecas, as crianças criam e contam histórias orais que falam da maneira como vêem, sentem e atuam no mundo e em suas relações parentais ou sociais. Estas histórias podem ser transcritas em folhas ou cadernos, gravadas, ditadas para o professor ou transformadas em atividades artísticas pela própria criança, agindo como produções de texto, já que a única diferença é a forma com que são registradas.

Na alfabetização, as letras e as famílias silábicas tornam-se mais significativas, facilitando a associação das letras ao objeto manuseado concretamente. Auxilia na nomeação de palavras (das peças do vestuário e de objetos utilizados nas brincadeiras), nas noções de ação (verbos), na formação e organização de frases etc.. Algumas questões gramaticais (noções de gênero, número e grau dos substantivos) também ser trabalhadas concretamente.

Podem ainda servir mote para assuntos de outras disciplinas, como por exemplo em ciências, quando se fala dos cuidados pessoais, das partes do corpo. Em história, ao se falar das relações familiares, dos papéis de cada membro. Ensinam-se valores como o cuidado do outro (incluindo-se o da inclusão) e da compreensão das atitudes familiares. pois a criança percebe a relação fantasia/realidade ao brincar, pois a boneca é um objeto onde pode projetar suas fantasias, dúvidas e necessidades. Podem ser trabalhados outros valores, como os de solidariedade, de fraternidade e cooperação mútua quando a brincadeira for realizada em grupos.

Bom, fica aqui a sugestão. Façam bom proveito delas.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

OS DOMÍNIOS NA SALA DE AULA

Os conteúdos das disciplinas escolares são passados aos alunos por meio de um processo chamado “transferência”. É, portanto, através das transferências que as aprendizagens acontecem no domínio cognitivo.

Como isto acontece? O domínio cognitivo possui seis níveis (ou etapas) que vão do básico ao complexo. O primeiro nível  é o CONHECIMENTO, que está relacionado com a memória, ou seja, a capacidade de reter as informações. O segundo nível é a COMPREENSÃO, baseada na capacidade de entender e interpretar a informação.

O terceiro nível é o da APLICAÇÃO, que está ligado com as vivências e experiências do educando. O quarto é o da ANÁLISE, que envolve outros desdobramentos em sua constituição como  a percepção das relações e inter-relações das partes e dos modos como esses desdobramentos se realizam em nível cerebral. O quinto nível é o da SÍNTESE, que envolve a organização dos conteúdos mentais e da capacidade de combinar e recombinar as partes para formar o todo. Finalmente, o nível da AVALIAÇÃO,  que implica num julgamento particular. Este é o mais alto dos níveis cognitivos.

Para aprender o aluno precisa passar por cada um desses níveis, começando pelo básico e ir subindo, de degrau em degrau até chegar ao último, que é bem mais avançado.

É neste momento que outros domínios entram em ação. Uma aula interessante, com novidades, com um professor motivador que desperta o interesse dos alunos, as aprendizagens ocorrem com maior rapidez. Isto por que o domínio afetivo é acionado mexendo com os interesses e necessidades pessoais dos alunos

Ao realizarem uma tarefa entra em jogo o domínio psicomotor. Um aluno habilidoso a desempenhará com destreza. Um aluno menos habilidoso, a desempenhará com mais dificuldade. Assim, quanto maior forem os níveis alcançados em cada domínio, maior e mais rápida será a aprendizagem.

Fontes:

BORGES, A L. “Movimento Cognitivo-Afetivo-Social na Construção do Ser” in Sargo
JOHNSON, D, J, e MYKLEBUST, H. R. “O cérebro e a aprendizagem”. São Paulo, Ed Pioneira, 1987.