segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O QUE É DISCALCULIA?


DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM


A discalculia é um problema neurológico que provoca transtornos nas aprendizagens. Esses transtornos dizem respeito a tudo o que se refere aos conteúdos matemáticos. Alguns especialistas acreditam que esse problema neurológico deriva de uma má formação que pode ser base genética, neurobiológica ou epidemiológica.

A pessoa discalcúlica apresenta dificuldades em:

·            - reconhecer e identificar números;
·            - classificar, ordenar e sequenciar numericamente;
·     - em compreender como as tabuadas funcionam e não memorizam os resultados;
·            - em escrever os números no papel;
·            - em posicioná-los adequadamente para montar os cálculos;
·         - em fazer as operações fundamentais (somar, subtrair, multiplicar e dividir) por mais simples que sejam;
·            - em memorizar as diferentes figuras geométricas,
·            - em trabalhar com os símbolos matemáticos e fórmulas,
·            - em solucionar problemas ou de relaciona-los e aplica-los à vida diária;
·            -  em compreender os enunciados, sejam de exercícios ou de problemas.

A discalculia pode ser notada já na educação infantil, quando a criança começa a aprender os primeiros conceitos matemáticos. Mas, afirmar que qualquer criança que encontra dificuldade com os conceitos matemáticos, e nessa idade, são discalcúlicas, é bastante prematuro. Para que um diagnóstico seja conclusivo é preciso esperar um pouco mais, até que comece a lidar com as contas e problemas.

Também é prematuro dizer que essas pessoas “jamais” aprenderão. A neurociência tem realizado estudos e obtidos resultados positivos, embora seja, ainda, um longo processo reabilitativo.

Mas, como lidar com uma criança discalcúlica na escola?

Os professores devem ter sempre em mente que as pessoas discalcúlicas (pequenas ou grandes) não são assim porque querem. Uma boa solução é permitir que essas pessoas que essas pessoas façam uso da tabuada e/ou da calculadora, até mesmo durante as provas.

Trabalhar com atividades concretas é outra boa pedida.

Trabalhar com cadernos quadriculados de 1cm, ajuda no posicionamento dos números nas operações. Nos exercícios de classe, nas tarefas de casa e nas provas, os professores podem elaborar atividades e questões com enunciados simples e claros, ou seja, pedir o que realmente o que o exercício, o problema ou a atividade exige. Os problemas ilustrados são bem eficazes.

Embora a pessoa discalcúlica não seja uma pessoa deficiente intelectual (embora muitas síndromes possam apresentar a discalculia como comorbidade) uma boa pedida são os exercícios repetitivos e sequenciamento de dificuldades.

Como os pais podem ajudar?

A primeira coisa a fazer é entender que a criança tem um problema e procurar ajuda profissional.

Em segundo lugar, não adianta ficar exigindo dela o que ela não pode oferecer ou ficar comparando-a com o irmão, parentes ou vizinhos. Geralmente, estas comparações nunca ressaltam as qualidades, mas os defeitos.

Em terceiro lugar, controle a ansiedade. Devemos estimular, sim, mas aos poucos. O cérebro de crianças discalcúlicas não funciona da mesma maneira que o nosso. É preciso repetir bastante o que foi ensinado, esperar que o cérebro amadureça esse conceito e fixe na memória. E isto, muitas vezes, leva tempo.

Confie que ela aprenderá. Mas, não fique contando o tempo. Pressão e ansiedade são coisas que ela não precisa.


Fonte:

Apontamentos de aula