terça-feira, 16 de outubro de 2018

CAUSAS DO AUTISMO

Muito se tem estudado o autismo com o objetivo de determinar suas causas. No entanto, ainda pouco se sabe. O que se suspeita é que vários fatores podem influenciar com maior ou menor força para que o autismo aconteça.

DNA

O FATOR GENÉTICO é um dos prováveis. O fator genético, hereditário ou não, pode causar algumas anomalias como a deficiência intelectual e a anormalidade cognitiva. Observa-se que, os autistas apresentam cérebros maiores e mais pesados fazendo com que as conexões nervosas entre as células cerebrais funcionem de forma irregular ou deficiente.


O FATOR AMBIENTAL é outro fator bastante estudado. Acredita-se que certos vírus, contraídos pelas mães durante a gestação, principalmente na primeira quinzena quando o cérebro do bebê está se formando ou a ingestão de alimentos contaminados por algumas substâncias tóxicas (como o chumbo e o mercúrio) possam ter efeito no desenvolvimento do autismo. Tanto os vírus como as substâncias tóxicas podem criar anormalidades cromossômicas como o desaparecimento ou duplicação do cromossomo 16. Podem ser considerados como fatores ambientais: o ambiente familiar, complicações durante a gravidez ou no momento do parto.

Outro fator que vem sendo estudado são as ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS do organismo, caracterizado pelo excesso de serotonina no sangue dos autistas. Neste fator ainda inclui algumas vacinas e o excesso de ácido fólico tomado para reposição do organismo materno, durante a gravidez. No entanto ainda não existem conclusões definitivas e mais pesquisas estão em andamento para comprovar ou eliminar esta hipótese.

COMO RECONHECER UM AUTISTA?

Reconhecer um autista depende em primeiro lugar da OBSERVAÇÃO dos pais ou de parentes próximos. É importante observar porque a criança para de fazer o vinha fazendo e adota uma postura de indiferença.

 
                                             antes                      e                   depois

São as COMPARAÇÕES ENTRE O ANTES E O DEPOIS que determina se há ou não alguma irregularidade. Se antes ela sorria e depois deixa de sorrir sem um motivo aparente; se ela desvia o olhar quando antes era comum ela manter o olhar; se ela evita estar junto com as pessoas e agora ela se afasta sem que nada ou ninguém tenha provocado esse isolamento; se antes era notório que ela ficava alegre com a chegada de alguém e agora ela fica impassível; se antes ela brincava de fazer caretas e agora não faz mais; e por fim, se aparecem movimentos estranhos, repetitivos, desconexos com a realidade dela e se antes não tinha, provavelmente há algo errado com ela.


Os autistas logo de início apresentam DIFICULDADES DE INTERAÇÃO com as pessoas (independe da idade e do sexo dessas pessoas). Quando se fala de interação, fala-se dos gestos, dos contatos visuais, da expressão facial, da dificuldade em fazer amigos.
Os autistas apresentam PREJUÍZO NAS COMUNICAÇÕES. Suponha que a criança estava começando a falar, a pedir coisas, a reclamar com choro por algo que lhe aconteceu de fato e de repente, não faz mais. Olha, olha e não diz nada ou não lembra como deve dizer, Se conversa e não mantém a conversação de modo coerente, ou se repete tudo o que você diz a ela e isso passa a ser uma ação corriqueira, é DIFICULDADE DE COMUNICAÇÃO. Se ela se machuca e costumava chorar, e agora fica impassível diante do mesmo fato, ou se ficava brava quando lhe tiravam seu brinquedo favorito e agora fica indiferente, é DIFICULDADE DE EXPRESSAR SENTIMENTOS.

Os autistas, na maioria deles, assume alterações de comportamento. Por exemplo: se ela gostava de brincar com um carrinho vermelho, e de repente e sem motivo, não brinca mais. Se brincava de faz de conta e agora não sabe brincar, se estava brincando com o tal carrinho sobre um móvel e o carrinho cai no chão e ele não o procura para continuar a brincadeira; se aparecem manias como: chacoalhar as mãos; ficar olhando para objetos com movimentos rotatórios com grande interesse por horas; se fica muito irritado e incomodado com luz forte ou com um som alto e forte; ou outros de forma que causem estranheza e chamam a atenção, configuram-se como ALTERAÇÕES DE COMPORTAMENTO.

Se um ou mais destes sintomas permanecerem por mais de dois ou três meses, procure um médico. Com certeza, há algo de errado com essa criança. Nenhum destes sintomas aparecem todos de um dia para outro. Portanto, quando se observa o comportamento de uma criança, é preciso anotar o dia e o resumo do fato e dizê-los ao médico ao consultá-lo.