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domingo, 3 de novembro de 2019

Conversa de adultos 8 - OS PROGRESSOS DA FIGURA HUMANA

No final dos quatro anos, as figuras humanas desenhadas já são mais estruturadas. Já se pode perceber as três partes que compõe o corpo humano: a cabeça, o corpo e os membros.
Na cabeça aparecem os olhos e a boca, as orelhas e um projeto dos cabelos. É uma consciência mais aprimorado do que a criança percebe do seu corpo: os olhos com o qual vê as coisas, a boca com a qual se alimenta e os ouvido com os quais ouve os sons.
O corpo ainda está grudado a cabeça, porque ainda não o percebe com clareza. As pernas e braços ganham relevância e já se posicionam nos lugares quase corretos. Mas ainda desproporcionais: ora muito curtos, ora muito compridos. Outros elementos podem aparecer e só mostram o nível de consciência da criança que desenha a figura.

Aos 6 anos, as figuras já são mais completas. Embora o corpo ainda se apresenta grudado na cabeça, os braços e pernas há são mais proporcionais, aparecimento de pés e mãos. Os cabelos já mostram um certo movimento e está melhor organizado e mais farto. Algumas crianças mais precoces, tentam mostrar figuras em movimento. No entanto, esta conscientização depende da forma como essa criança foi estimulada positivamente para realizar suas experimentações.


Por volta dos 6 anos é a época em que os desenhos das crianças começam uma nova fase. É a “fase de criação dos esquemas”. O esquema é uma forma básica, um jeito fácil de que as crianças desenvolvem para desenhar o que querem ou o que precisam. 

E existe esquema para tudo: para flor, casa, carro, figura humana. Esses esquemas servem de base para o desenho de outros objetos. Ex: uma casa pode virar um castelo, um prédio ou uma mansão. Um cão pode se transformar num gato, numa onça ou num leão. Uma árvore comum pode ganhar frutos ou novos galhos e perder folhas. Pode ser uma árvore comum, num pinheiro, numa araucária etc. Um pato se transforma num lindo cisne, num gavião ou numa ave voando no céu.


Uma outra aquisição importante dessa idade é a “linha de chão”. É quando ela percebe que tudo fica sobre uma base e que nada fica flutuando no espaço. Para mostrar que ela atingiu essa consciência ela pode: a) traçar uma linha e colocar as figuras em cima. b) pode desenhar bem rente a uma das bordas da folha. c) desenhar as figuras sobre uma linha imaginária com as figuras todas na mesma direção.

terça-feira, 16 de julho de 2019

Conversa de adultos 4 - EDUCAÇÃO FAMILIAR


DE 1 ANO A 1 ANO E 6 MESES

As crianças desta idade já conseguem andar sozinhas. Mas ainda não é um andar totalmente em equilíbrio. Para melhorar o equilíbrio é preciso oferecer-lhes brinquedos que podem ser puxados ou empurrados, como por exemplo, carrinhos a serem puxados por um barbante ou outro fio ou empurrados.


Podem querer voltar-se rapidamente e cair. Normalmente, a criança se levanta rapidamente e sem choro. Por isso, não há necessidade de fazer grande alarde. Ao contrário, estimule-a a se levantar. Porém, se perceber que foi algo mais sério, acudir sem gritos e reclamações. Enquanto tentam ficar em pé, agarram-se em qualquer coisa, portanto, cuidado com toalhas de mesa cujas sobras pendem dela. Ao agarrar para voltar a ficar em pé podem puxar uma das pontas e levar ao chão tudo o que estiver sobre ela.

As crianças desta idade adoram imitar os outros. Ela vê as pessoas da casa mexendo em vários objetos e ela quer fazer o mesmo. Portanto, é o momento de aprender o significado da palavra “NÃO”. Se não quiser que a criança pegue algum objeto, diga firme esse “NÃO”.

Mas creiam, não será da primeira vez que ela te obedecerá. Serão necessárias muitas vezes, até que ela compreenda que “NÃO = A NÃO PODE”. E se você disser não para alguma coisa, esse “NÃO” deverá valer para sempre. Se você diz NÃO hoje e amanhã disser SIM, a criança não aprenderá nunca.Outra coisa, os pais costumam retirar tudo da frente da criança para que ela não mexa. As crianças precisam, desde  pequenas, a aprender que não devem mexer em nada.



Você pode oferecer a elas, brinquedos coloridos que podem ser puxados por meio de um barbante ou que possam ser empurrados, como por exemplo: carrinhos. Podem ser dados ainda, papel e giz de cera (atóxico)  e bem grossos para que rabisque, começando a estimular a coordenação motora. Ou ainda, por volta de 1 ano e 4 meses, oferecer 3 ou 4 caixas de tamanhos diferentes para que empilhe ou coloque uma dentro da outra, ajudando a desenvolver a compreensão.

DE 1 ANO E 6 MESES A 2 ANOS

                                   
Com essa idade, as crianças já estão mais desenvolvidas e com maior habilidade. Elas já são capazes de folhear revistas velhas e livros de história. Permita que rasguem as folhas de revistas velhas para estimular a coordenação motora das mãos.


Ensine-a a nomear as partes do corpo. Aponte e vá nomeando, uma a uma. Com isto, você desperta a “consciência corporal”. Tem músicas curtas que podem ajudar bastante. É importante também que você estimule o ato de apontar, ou seja, esticar o indicador enquanto os outros se mantém flexionados.


Uma outra brincadeira que toda criança gosta é brincar com bola. Estimule sua criança a chutar. Isto estimula a agilidade das pernas.


2 AOS 3 ANOS

É esperado que nesta idade seu filho já saiba correr. Leve-o a um parque ou no próprio quintal de casa e incentive-o a brincar de pega-pega, esconde-esconde, a dar pulos, a ficar num só pé. Estas atividades ajudam muito na conquista do equilíbrio.
Na hora do banho, entregue a ele (a) a bucha para que esfregue o corpo, pernas e braços, desenvolvendo novas sensações corporais, fazer o movimento de sobe e desce, com uma buchinha macia ou o próprio sabonete.

Uma brincadeira que toda criança gosta e ajuda o senso de direção e fortalece a musculatura das pernas é o triciclo. No início, permita que os pés toquem o chão. Aos poucos, vá ensinando a pedalar, porque os movimentos não são simultâneos como foram até agora. Algumas crianças podem ter dificuldade no início.


Outras brincadeiras que adoram é brincar com argila, massa de modelar e tinta guache. Essas atividades ajudam a controlar a força nas pontas dos dedos, nos movimentos dos punhos e das mãos.


Leia ou conte histórias mostrando as figuras para ela. Enquanto conta, mostre as figuras e nomeie os personagens que a cena contém. Depois, peça que ela mostre ou aponte uma determinada figura da história, como por exemplo, tomando a história do “Chapeuzinho Vermelho”, peça que mostre a menina na floresta, ou a figura em que a menina encontra o lobo, a vovó, etc. Existem várias histórias que podem ser trabalhadas nesta etapa. Inclusive os livros de pano, que são fantásticos e bastante sensoriais.

livro de pano

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Conversa de adultos 3- EDUCAÇÃO FAMILIAR


Dos 7 aos 9 meses

Os bebês já permanecem sentados e sem apoios. Pode atrasar um pouco, mas não pode passar o 7º mês. Suas mãos também estão mais fortalecidas e já conseguem segurar bem os objetos, mesmo os que são grandes. Falta aprender a passá-los de uma mão para a outra. E aqui está uma nova brincadeira para estimulá-la nessa questão.

Nesta fase as crianças dessa idade usam as mãos indiscriminadamente, ou seja, não sabemos ainda se ela é destra ou canhota. Portanto, estimular a preensão dos objetos com ambas as mãos e passá-las de um lado para outro é essencial.


Tudo o que pega, leva à boca. Por isso, brinquedos grandes devem ser preferidos aos pequenos porque pode correr o risco de se asfixiar. Deve-se escolher objetos macios, laváveis e que não possam cortar e nem soltar pedaços.

7-8 MESES
Algumas crianças aos 7-8 MESES já começam a engatinhar. Outras, apenas se arrastam. E normalmente, eles assumem a posição em poucos dias. Caso se arrastem por mais de um mês, ajude-o movimentando as perninhas da maneira correta.

A brincadeira é tirá-lo da cadeirinha ou carrinho e coloque-o no chão, dado espaço para que ele se arraste ou engatinhe a vontade. Os bebês dessa idade são muito curiosos e querem conhecer tudo. Faça festa sempre que ele conseguir.

Para evitar acidentes não esqueça de TAPAR AS TOMADAS e, para isso, pode usar fita crepe. É só para ele não colocarem o dedinho e tomarem um choque. Não esqueça também de tirar objetos cortantes e afastar mesas de centro com quinas.


TATO – os brinquedos com texturas diferentes e o próprio ambiente já bastam para o desenvolvimento desse sentido. A brincadeira desta vez, é colocar os brinquedos um pouco mais distante e espalhadas, forçando que seu bebê se desloque. E cada vez que ele conseguir alcançá-los, faça festa e afaste-os um pouco mais.

VISÃO – nesta fase, a criança tem uma visão perfeita de tudo. O importante nesta fase é fazê-la fixar o olhar num determinado objeto. É a aquisição do FOCO, essencial para a aprendizagem da leitura e a escrita mais tarde. No começo, o bebê olha e desvia. Com o tempo, precisa aumentar o tempo que ele permanece olhando. Para isso, dê um jeito de movimentar esse objeto, produzir um som, ou outra coisa. Uma boa sugestão, são os fantoches. Faça festa quando ele olhar e manter olhar por mais tempo.


GUSTAÇÃO – início das papinhas e varie bastante os ingredientes (verduras e legumes) na sua confecção delas para que possa experimentar de tudo. O mesmo com as frutas em forma de sucos. Cuidado com sal e açúcar (devem ser poucos).

AUDIÇÃO – continue cantando, lendo ou contando histórias, conversando com ele. Você pode também colocar uma música para ele ouvir. Comece com as calmas. E a fase do início da dentição e a criança fica muito irritada 

OLFATO – você pode usar perfumes e desodorantes com odores suaves.

AOS 9 MESES


A maioria das crianças tentam ficar agarrando-se em algum objeto. Cuidados importantes nesta fase são: toalhas de mesa (porque eles podem puxar e se acidentar), o berço (que o estrado precisa ser rebaixado para evitar quedas), escadas (se houver) devem ser fechadas e as tomadas devem continuar cobertas. Lembre-se: o bebê ainda NÃO TEM noção de perigo.

A brincadeira da vez é colocar os brinquedos em lugar que ele alcance para que permaneça em pé por algum tempo. Alguns dias mais tarde, faça o mesmo, porém um pouco mais afastado, forçando que seu bebê se desloque dando o primeiro passo para o lado. Faça festa sempre que ele conseguir. Aos poucos, vá afastando mais a fim de que se desloque para o lado. E sempre que conseguir, faça festa para estimulá-lo ainda mais. Primeiro um passo, depois 2, 3 e assim por diante.


Os bebês começam a imitar os atos dos adultos. Muitas vezes, ela não entende o significado do que está fazendo, mas repete assim mesmo apenas porque é diferente e para se divertir. É o momento de ensinar algumas coisinhas como fazer tchau e, se não conseguir imitar, segure a mão dele, até que consiga fazer sozinho.

Ao longo do primeiro ano de vida, a criança vem desenvolvendo algumas habilidades motoras como exemplos: a fixação da cabeça, o fortalecimento dos músculos para sentar e das pernas para ficar em pé e andar lateralmente. No entanto, essas tiveram um tempo certo para acontecer, assim como outras também terão.

As mãos adquiriram outras habilidades, como segurar objetos com a mão toda. O ponto principal a ser trabalhado agora é a PREENSÃO EM PINÇA, ou seja, pegar um objeto usando o indicador e o polegar e que ocorre a partir do 9º mês de vida do bebê.


E como o bebê gosta de imitar, ficará igualmente interessado. Para isso, pegue um objeto com as pontas dos dedos e balance para chamar a atenção do bebê e queira pegá-lo. Ela esticará a mão toda e pegará o brinquedo e tentará chacoalhá-lo desordenadamente. Posicione os dedinhos dele na posição correta e balance. Ele ficará feliz. Repita aos poucos até que consiga fazer sozinho. Como isto é difícil para ele, não será de um dia para outro. Independente do conseguir ou não, faça a festa e maior quando conseguir totalmente.

Além do trabalho motor (pegar e balançar) e do movimento de preensão em pinça você está trabalhando simultaneamente o foco e a atenção do bebê.

TATO – já está bem estimulado. Basta continuar com o que vinha fazendo. deixe seu bebê começar a alimentar-se sozinho. Faz sujeira e muita, mas ele precisa aprender, E a "lambuzice" toda é o que o estimula a novas sensações em torno da boca, rosto e mãos e a imitação se transforma em habilidade.


GUSTAÇÃO – início das papinhas mais sólidas, como por exemplo, arroz amassado com caldo de feijão. No entanto, é hora de estimular a mastigação porque alguns dentinhos já devem ter aparecido. Ofereça pedacinhos de pão para que chupe no início e depois mastigue. Ele pode segurar o pedaço e leva-lo à boca quando desejar. Pedaços de carne também.

VISÃOinsista no FOCO e mantenha a ATENÇÃO do seu bebê.

AUDIÇÃO – Aos poucos, podem apresentar as músicas populares A tendência é ela balançar o corpo no ritmo dessas músicas e isto é bom, porque elas desenvolvem o RITMO. No mês seguinte, um pouco mais agitadas.


sábado, 15 de junho de 2019

Conversa de adultos 2- EDUCAÇÃO FAMILIAR


DOS 3 AOS 6 MESES


Por volta dos 3 meses, o bebê já identifica visual e perfeitamente as pessoas, especialmente, os familiares. Os movimentos começam a transitar dos reflexos para os voluntários. E já conseguem receber informações do ambiente. Portanto, é um período importantíssimo e que deve ser levado a sério pelos pais. O desenvolvimento motor inicia com o firmar a cabeça. 

A firmeza da cabeça é uma resposta motora, portanto depende da maturidade do Sistema Nervoso Central (SNC). Logo, se não acontecer entre o 3º e o 4º mês (ainda considerado normal). Se não acontecer nesse intervalo, lembro aos pais que procurem um profissional médico para verificar o que acontece com o bebê. 

COMO OS PAIS PODEM AJUDAR? Brincando com ele, simples assim. Como? Então veja:

1- Para FORTALECER OS MÚSCULOS DOS BRAÇOS E PERNAS – coloque seu bebê de bruços sobre a cama. Você pode fazer isso, antes ou após o banho. Mesmo que os membros ainda fiquem encolhidos como ele ficava no útero, não tem problema. Aos poucos, vá tentando alonga-los suavemente.


2- Para FORTALECER OS MÚSCULOS DO PESCOÇO – ainda na posição de bruços, chame a atenção do bebê com um chocalho ou com palmas. O bebê tenderá erguer a cabeça na direção do som. Conseguindo ou não, estimule-o com carinhos e beijinhos, mostrando que você ficou feliz pelo esforço realizado. Faça isso por uns 15 a 20 dias.

Passado esse tempo, fique fora do campo de visão dele e repita a operação anterior, para que ele tente virar a cabecinha para o lado de onde vem o som. De novo, faça “festa”, pois vale a tentativa. Deixe passar algum tempo e intercale os movimentos. Até que consiga erguer ao máximo possível sua cabecinha.

3- FIRMANDO OS BRAÇOS – ao erguer a cabeça, automaticamente, esticará os braços.


4- A ABERTURA DA MÃO – bem lentamente, abra as mãozinhas e segure-as sobre a sua. No início, a tendência é o bebê fechá-las. Porém, com o tempo, os músculos das mãos se acomodarão e ele conseguirá mantê-las abertas por algum tempo.

5- ATIVE A PREENSÃO – Desde os primeiros dias, ele segura seu dedo com força. Continue com essa brincadeira nos primeiros meses. No terceiro mês, dê a ele um chocalho macio, pois os duros poderão machucar se bater no rosto. Bonecos ou com as massagens e os carinhos no corpo do bebê. Assim, além de desenvolver os músculos, você também trabalha o TATO.

Continue conversando, cantando ou contando histórias curtas, para desenvolver a AUDIÇÃO. Pronuncie corretamente para ele ir gravando a forma correta das palavras. O chá, água e o leite materno já são suficientes para trabalhar a GUSTAÇÃO e mudam o paladar. Você pode colocar os penduricalhos pendurados no berço que estimulam a VISÃO. Ainda é cedo para usar perfumes ou colônias, pois ainda pode comprometer o OLFATO.

BEBÊS DE 4 A 6 MESES

O bebê de 4 meses já identifica o restante da família, seja pela visão e pela voz. Quando for até o seu bebê, vá falando com ele até chegar ao berço. Ele se sentirá mais alegre, seguro e confiante. Os gritinhos que ele dá ao ouvir sua voz é prova disso. 

TATO -. Você pode ainda brincar de rolar (para sentir o corpo), segure-o em pé sobre a cama, sobre uma mesa (para ir percebendo que possui pés e para ter uma nova forma de experimentação sensorial), e com isso você vai trabalhando os músculos das perninhas de uma outra maneira.

PREENSÃO PALMAR– Agora eles preferem brinquedos diferentes, porque o tato está mais firme e consegue segurar com mais firmeza e aguentar o peso dos objetos. É hora dos brinquedos com formas e texturas diferentes, como chocalhos, bolas e bichinhos de pelúcia (porque os pelos macios estimulam a sensibilidade das mãos). 

A partir do 5º MÊS, o tronco já começa a se firmar. 

1- PREPARANDO PARA SENTAR - você poderá ir colocando almofadas nas costas do bebê em posição deitado, para que vá se acostumando com a nova posição e aumentando gradativamente as almofadas, até que fique na posição sentado.


2- ESTÍMULO AO SENTAR - Os pais podem colocar o bebê na posição sentado no colo ou na cama com apoio de almofadas ao redor dele. Na cama, o apoio nas costas é essencial. Isso o ajudará no desenvolvimento da musculatura das costas.


3- Deite-o de bruços e cruze as perninhas, estimulando-o a rolar sobre si mesmo.

4- Coloque móbiles numa altura que, o bebê batendo a mão, possa fazer barulho e movimento. Isso desenvolverá a AUDIÇÃO E A VISÃO.

A partir do 6º MÊS – Nesta fase, o tato estará muito sensível. Crie um tapete de texturas. Deixe-o de bruços na cama ou chão e sobre esse tapete. Coloque brinquedos sonoros com diferentes toques próximos ao bebê para que possa explorá-los. 

A GUSTAÇÃO será estimulada com o início da ingestão de papinhas de frutos e sucos. O OLFATO ainda possui restrição à perfumes e colônias. Mas liberada para sabonetes e talcos.


Continue com os carinhos, massagens e relembre os exercícios –brincadeiras anteriores.

Ao final do 6º mês, a criança já deve sentar sozinha e sem apoio das almofadas. Pode passar um pouco, até a metade do mês seguinte, segundo a maturidade do bebê.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

SAVANTS E AS DIFICULDADES DE COMUNICAÇÃO

O grande problema de Savants e autistas (ou de ambos ao mesmo tempo) é a dificuldade que essas pessoas têm com a comunicação. E isso começa cedo, antes mesmo dos 3 anos de idade. Antes do diagnóstico e por aparentarem não ter qualquer deficiência física ou intelectual, essas crianças são consideradas mau educadas, insensíveis, que não gostam de ninguém ou não possuem empatia. E isto não é verdade.


Raiva, tédio, angústia, felicidade, alegria, carinho, amor são sentimentos profundos nessas pessoas, mas elas não sabem como comunicá-los. O resultado dessa inabilidade é um deslocamento do que acontece à sua volta e um represamento da realidade emocional. Essa inabilidade compromete a comunicação, a imaginação e a interação social, por que se trata de um distúrbio do sistema nervoso central (SNC). É um distúrbio crônico, genético (em muitos casos) e adquiridos (em outros), como consequência de infecções e/ou de problemas perinatais. 


Estudos realizados mostram que outros fatores biológicos podem estar envolvidos e ainda não identificados. Com certeza, vivências psicológicas da infância não estão ligadas a esses distúrbios.


A integração social é uma dificuldade de autistas e Savants, pois não conseguem dividir suas experiências e descobertas infantis com outras pessoas.


A fala também fica comprometida (incapacidade de falar, a demora ou a ecolalia (repetição do que outro dizem)) são sintomas desse mesmo distúrbio. Mesmo a fala correta, mas não é usada para conversas e trocas de experiências, mas para discursarem sobre um tema de seu interesse. Segurar ou puxar o braço de alguém ou apontar para o que quer é uma característica comum entre essas crianças.


A forma como brincam é diferente das crianças comuns. Preferem brincar sozinhos (o que favorece o isolamento) e não brincam da maneira convencional. Os brinquedos e objetos possuem um ponto que lhes chamam a atenção e é nesse ponto que autistas e Savants depositam seu foco. Se desistem de uma brincadeira e, mais tarde, voltam a ela, brincam da mesma maneira e com o mesmo foco. Isto porque, a área cerebral da imaginação é diferenciada da mesma área em pessoas comuns. Isto porque, há uma fixação das rotinas, temas e comportamentos repetitivos.


COMO AJUDAR?



Toda a ajuda aos autistas e Savants (com ou sem diagnóstico) está nas mãos dos pais. Estes precisam estar atentos e procurar ajuda profissional assim que percebam que há algo errado com o filho. Embora parentes e amigos insistam para esperar com a justificativa de que com o tempo a situação muda, não dê ouvidos. Procure o PEDIATRA ou um PSICÓLOGO. Saber o que acontece com o filho é dever dos pais. E tudo o que pode ser resolvido precocemente é MELHOR do que deixar que complique ainda mais.

Para conseguir melhorias, além do que o proposto pelos especialistas indicarem, é preciso que os pais compreendam que o tratamento é custoso, mas necessário e que não podem haver: faltas, displicências ou irregularidades e deve ser feita por toda a vida. Embora o autismo e o savantismo não tenham curo, a melhoria da qualidade de vida é importantíssima.

A medicação depende de caso a caso e quando for recomendada. Em casa, os pais também podem ajudar o filho, brincando com eles, propondo mudanças de comportamentos em relação às tarefas diárias, com relação às habilidades de comunicação, no ensino de regras e rotinas. Esse trabalho familiar é essencial e deve ser contínuo e perseverante, para que os efeitos benéficos sejam alcançados.

Hoje em dia, há autistas e Savants que frequentam escolas regulares e chegam a cursar faculdades.

terça-feira, 19 de março de 2019

SÍNDROME DE SAVANT X TEA






Muitos Savant podem ser confundidos com Aspergers. Mas há muitas razões que podem resolver esta confusão. Aspergers fazem parte dos TEA por compartilharem da mesma fisiopatologia. Por isso, o termo Asperger está caindo em desuso.

Uma pessoa pode ter TEA e ser diagnosticado com SAVANT. Mas nâo é uma regra geral, pois cerca de 50% de Savant são associados ao TEA e outros 50% associados a outros transtornos. Porém, apenas 10% dos indivíduos com TEA manifestam a Síndrome de Savant.




Indivíduos com TEA apresentam interesses restritos, ou seja, a um determinado assunto por focarem sua atenção nesse assunto. Podem estudar sobre ele e, devido a isso, acabam por dominá-lo.


Já os Savant não precisam estudar o assunto. Eles simplesmente sabem a fundo desde muito pequenos. Ex: uma criança Savant, aos 4 anos, ouve atentamente um músico tocar uma música de Mozart ao piano. Assim que ela avista um piano, ela senta-se e toca exatamente como o músico tocou sem nunca ter estudado. o esmo acontecem com os Savant pintores. eles não precisam de cursos de desenho ou pintura. Basta ver uma obra e eles fazem, usando as mais variadas técnicas.

segunda-feira, 4 de março de 2019

ENTENDA A GRANDE DIFICULDADE DOS AUTISTAS


Para tratar e cuidar de um autista é preciso que se entenda como funciona o seu cérebro. Pesquisas realizadas, através de exames de imagens, apontam existem pequenas diferenças entre o cérebro de pessoas autistas em relação a pessoas comuns.

cérebro humano

Investigações feitas por Zilbovícius et al (2006), afirmam que essas diferenças ou anomalias se localizam nos sulcos frontais e temporais de ambos os lados do cérebro. Segundo o investigador, essas anomalias anatômicas atuam no funcionamento dos lobos temporais superiores (STS), cuja função está relacionada com as aprendizagens sociais.
lobos cerebrais

Por “aprendizagem social” entende-se: o reconhecimento, a regulação e a percepção dos estímulos sociais”. Chama-se de “reconhecimento” quando olhamos para uma pessoa e compreendemos suas expressões faciais gestuais, ou seja, se gostou ou não de uma situação, se está com uma dor ou não está passando bem de saúde, se está feliz ou triste. Quanto aos gestos, refletem as emoções que a pessoa está vivenciando como calma, nervosismo, raiva, ódio, carinho etc. O reconhecimento influi também a direção e a manutenção do olhar, ou seja, quando olhamos ou encaramos os olhos da outra pessoa.

regulação

Chamamos de “regulação” a nossa atitude diante da leitura que fazemos das expressões faciais, do gestual e do olhar da pessoa em questão. Por exemplo: se você percebe que seu patrão está nervoso por algum motivo, você não vai pedir aumento de salário, pois com certeza, não o obterá. Caso seu chefe sempre trabalhar em sua sala com a porta aberta e em determinado dia ele a fecha. Isto significa que você não poderá entrar no momento em que quiser ou tiver necessidade, porque está resolvendo algo importante, quer refletir sobre algo ou, simplesmente, descansar.

Para Zilbovícius, estes sistemas estão interligados com outras áreas cerebrais, principalmente, com o giro fusiforme e a amigdala cerebral. Sendo assim, qualquer anormalidade causa problema. Da mesma forma, se essa região estiver muito ativada também pode causar problemas.

circuito neuronal

Segundo pesquisas do investigador, está explicada a dificuldade que os autistas têm ao se relacionarem socialmente. Por não conseguirem fazer uma leitura das expressões faciais e gestos e, consequentemente, regular suas ações e atitudes diante do comportamento, emoções e sentimentos dos outros, adotam uma atitude de frieza, de distanciamento ou de esquiva.

Da mesma forma, encontram muita dificuldade de manter o “olho no olho” com outra pessoa. Isto não significa que não olhem. Nas esse olhar é diferenciado de acordo com o que ele sente, como por exemplo: olhar rápido e desviar, olhar com o canto dos olhos ou olhar através do outro, dando a impressão que ele vê através da pessoa, como se esta fosse transparente ou não estivesse à sua frente.

neurônios espelhos

Lameira, Gawryszenwski e Pereira estudaram e investigaram as “teoria da mente”, em 2006, que afirma que o lobo frontal é composto por um conjunto de feixes formados pelos “neurônios espelhos”. Estes neurônios são super especializados. O conjunto desses feixes formam o “circuito neuronal especializado”, localizado no lobo frontal. A função deste circuito é permitir a formação de pensamentos sobre si mesmo, sobre os outros e de prever comportamentos que os outros possam vir a ter mediante as nossas atitudes. Para eles, os neurônios espelhos e sua função no circuito neuronal especializado.

imitação

Concluíram que o “entendimento das ações”, “a imitação”, e a “empatia” são etapas importantes para a aprendizagem das relações sociais. A primeira, refere-se ás atitudes diante de uma situação de perigo são importantes como uma tendência de sentir o mesmo que o outro sente. A segunda, importante por estar presente em todos os processos de aprendizagem. E a terceira, é fundamental na construção dos relacionamentos sociais.

empatia

Frith e Cohen também pesquisaram, em 2013, sobre as relações sociais nos autistas e nas relações com os neurônios espelhos. E concluíram que, a grande dificuldade do autista é “a falta de capacidade de construir elaborações sobre a mente alheia”. Ou seja, de entender e pensar como o outro pensa ou age. E são, exatamente nestas funções, que se encontram alteradas nas pessoas autista.

Logo podemos concluir que, o comportamento estranho dos autistas em relação às pessoas que o rodeiam, não é indiferença, descaso ou má educação. Mas, um provável comprometimento neurológico que atinge várias áreas cerebrais e que afeta seu desenvolvimento, embora as causas do autismo ainda estejam em estudo.

fonte teórica - vários textos encontrados na Internet
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