quinta-feira, 11 de abril de 2019

AJUDA MÉDICA PARA OS SAVANTS


Não é porque sejam geniais em algumas habilidades que não precisam de ajuda. Como vimos anteriormente, outras doenças, físicas ou psíquicas, podem influir em suas vidas. Nesses casos, o acompanhamento de um ou mais especialistas se faz necessário.


O diagnóstico é importante e garante um acompanhamento feito por especialistas. Mas diante dos rompantes de genialidade, familiares e médicos buscam estimular essas habilidades incomuns.

O diagnóstico da Síndrome de Savant é clínico. O diagnóstico é feito por neurologistas, neurocirurgiões, psiquiatras, pediatras, psicólogos e psicopedagogos.
As consultas costumam ser breves, principalmente quando os pais informam com precisão uma série de questionamentos. Para isso, os pais devem:


a) anotar qualquer sintoma enfrentado, mesmo os que você acha que não são relevantes.

b) anote as informações pessoais importantes (datas de nascimento, filiação, datas em meses que: sentou, engatinhou, andou, falou, da aparição dos sintomas, doenças, internações e a causa delas, doenças que o examinado já teve, etc).

c) anote as perguntas que deseja fazer aos especialistas. E se não entender o que eles falam por usarem uma linguagem mais técnica, não se intimide em dizer o que não entendeu.


d) anote todos os medicamentos (incluindo vitaminas ou suplementos)  que o examinado estiver tomando, o que já tomou, e se houve reações em relação a algum (alguns) deles.

e) leve sempre um outro parente ou amigo à consulta. Às vezes, é difícil lembrar de tudo o que foi dito durante a consulta. Assim, essa outra pessoa poderá lembrar se esqueceu ou perdeu alguma informação.

f) leve todos os laudos que você tiver de outros terapeutas, boletins e relatórios da escola.

Normalmente, os médicos e terapeutas fazem várias perguntas. E é importante que você esteja preparado. Se não lembrar, use as anotações feitas.

Após avaliar o histórico clínico do paciente, o médico ou terapeuta pergunta para: a)identificar a área afetada; b) saber se existe antecedentes familiares para saber se há algum fator hereditário; c) se trata de algo específico como uma lesão, tumor ou outra coisa que tenha provocado os sintomas que você descreveu.

Essas perguntas ainda têm outros objetivos: a) identificar o problema; b) determinar a área afetada; c) utilizar e favorecer as habilidades; d) diminuir as faltas de habilidades em outras áreas correlacionadas; e) dar melhor qualidade de vida ao paciente.

Só lembrando que epilepsia e hiperatividade são transtornos que podem estar associados ao autismo e Savants, mas ainda sem estudos que explique porque ocorrem em alguns e em outros não, embora se apresentem nessas pessoas no mundo todo e independente da sua raça. Os meninos são mais atingidos na proporção de 4 casos masculinos para 1 caso feminino.

A síndrome de Savant não tem cura. Ela é uma condição da pessoa. Portanto, não há um tratamento específico para essas pessoas. Porém, como é uma condição da pessoa e, geralmente, há comprometimento em outras áreas, é preciso socializa-la e encontrar soluções para evitar problemas futuros.

Daí a indicação do acompanhamento de psicólogos, fonoaudiólogos ou psicopedagogos que, considerando os pontos fortes e fracos de cada sujeito e com objetivos a serem cumpridos a curto, médio e longo prazo, poderão ajudar o sujeito a melhorar os problemas emocionais, problemas de fala ou de articulação das palavras ou problemas na aprendizagem escolar respectivamente, decorrentes dessa condição. Cabe ainda a esses profissionais trabalhar a inclusão social e sua inserção na sociedade.