sábado, 4 de janeiro de 2020

Conversa 12 - COMO OS PAIS PODEM AJUDAR NESTA IDADE?

Incentive seu filho a ter:



1- AUTO-CONFIANÇA – Vocês podem “ressaltar as qualidades” do filho ou do aluno.  Mostre que acredita na capacidade que ele tem em fazer alguma coisa que é importante.

Mas suponha que seu filho (a) fez algo que não devia fazer e que deve ser censurado. E é aqui que devemos nos preocupar: com a repreensão. Então não se deve repreender?

Não é bem assim. Se a criança fez algo que deve ser censurado, essa censura deve ocorrer, porque ela mesma espera por isso. Se não dissermos nada, dará a ela o entendimento de que poderá repeti-lo porque nada acontecerá ou que ficará impune. É preciso corrigir a ação, sim. E com veemência. Mas com a clareza de que “repreendemos a ação” e não a pessoa.

Ouça os motivos dos dois lados envolvidos no caso (se possível) para saber o que causou, quem começou, quem reagiu etc. Diante dos dados, sente e converse sobre o “assunto” com o seu filho (a). E se for professor, com os dois. Converse no dia do acontecimento. NUNCA DEIXE PARA OUTRO DIA. Nesta idade, as crianças esquecem com facilidade e o amanhã, é um outro dia, algo a ser construído.

Comece a conversa ressaltando os pontos positivos e negativos do fato em questão. NUNCA diga: -  “Você é muito briguento! Você é mau! Você é preguiçoso! Eles focarão nessas críticas e acreditarão nelas. Estes conceitos falam mais das pessoas do que das ações que cometeram e todo o restante da sua ação terá sido perdido. Ao contrário, ENFATIZE que ele (a) é uma boa pessoa, mas que num momento de descuido ou de nervosismo, fez algo que não devia e que é reprovável (brigou, bateu ofendeu...). E que ao fazer isso, perdeu a razão.

Afirme que você não gostou da atitude tomada, mas que confia e espera que ele (a) nunca mais a repita. Porém avise que, caso seja repetida, você terá de tomar providências mais enérgicas. MAS NÃO DIGA O QUE FARÁ, pois terá de cumprir à risca e você poderá esquecer do prometido. No entanto, seu filho ou seu aluno não esquecerá e ficará esperando por ela, até mesmo para te testar.

No final da conversa, peça a seu filho ou alunos encontre (m) uma solução que não seja a atitude tomada e a tomada de decisão do que fará com o colega no dia seguinte. Dê um tempo (uma hora, no máximo), mas deixe aberta a possibilidade de te procurarem antes desse tempo caso encontrarem a solução mais cedo. Não deixe no vazio e cobre as duas resoluções.


2- OS ELOGIOS e CRÍTICAS – Elogios e críticas excessivos sempre são preocupantes. Elogios e críticas devem sempre ter uma “boa razão”. Quando se elogia por qualquer coisa, a criança se torna uma pessoa “arrogante, intransigente, se sempre melhor que os outros” e “não aprende lidar com as críticas”. Quando as críticas são a todo momento e por qualquer coisa, faz a criança se sentir “inferior às demais pessoas”, “depressiva”, “dependente” e “incapaz”.

O elogio ou a crítica deve se justa e merecida. Se fez coisa muito boa, elogie. Se fez do tipo meia-boca, não elogie e como “crítica” afirme a seu filho ou aluno “que você tem certeza de que ele (a) pode fazer melhor”. Caso tenha feito algo que exija uma crítica mais contundente, peça a ele que avalie o que foi feito, se está contente com o resultado. Caso reafirme, diga a verdade: mostre os pontos falhos e peça que refaça. Simples assim.

Que adulto não teme e não imagina mil e uma coisas ao entrar num beco escuro? Para acabar com essas fantasias basta uma luz, mesmo que seja fraquinha. Mas é preciso ajudar seu filho a encarar outros receios ou medos maiores e que vão surgir ao longo da vida. Medos reais, também conhecidos como “inseguranças”: E para isso, é preciso que entendam o que estão sentindo.

A primeira coisa que filhos e alunos precisam entender é que “sentir medo nada tem a ver com covardia”. O medo é salutar porque garante a proteção de nossa vida, E nada nos não impede de tentarmos superá-lo. O medo tem utilidade e nos move para a frente.

Vencer o medo é um ato de coragem e é uma das maiores façanhas dos seres humanos. O corajoso é admite que algo causa medo, mas acredita que pode vencê-lo, e quando isso acontece se torna uma pessoa melhor.

Sem a coragem nada se faz e nada se consegue. Sem coragem não estudamos, não aprendemos, não nos socializamos, não fazemos amigos, não trabalhamos, não casamos, não criamos filhos etc. E sobre isto trataremos na(s) próxima(s) postagem(ns).