terça-feira, 1 de novembro de 2011

O DESENHO INFANTIL NA ESCOLA



Muito se tem falado sobre a importância do desenho infantil na vida e nas terapias. É importante que se ressalte sua importância na escola. Para começar vamos tecer um comentário sobre da importância desse desenho na educação infantil.

Depois das garatujas ordenadas, o grafismo infantil entra em franco processo de desenvolvimento. Um desenvolvimento que coincide com a passagem da criança pela Educação Infantil.

Infelizmente, nossas escolas e professores ainda não se deram conta da importância deste processo e o consideram como uma atividade menor, por estarem preocupados com o início do ensino das letras e da escrita. No entanto, o que querem e exigem dos alunos é uma conseqüência do bom desenvolvimento do grafismo.

Como uma atividade menor, o desenho infantil é utilizado para preencher uma lacuna na programação do dia. Geralmente, permitido num momento ocioso ou no final da aula para que fiquem quietos à espera do sinal. Mesmo que seja em outro momento, a atividade de desenho é recolhida e guardada num canto do armário para, mais tarde, ir para a pasta do aluno que será entregue aos pais no dia da reunião. Poucos são os professores que detém um olhar mais apurado sobre eles.

Se considerassem os desenhos infantis como importantes, perceberiam que os desenhos se transformam rapidamente. E são, nessas transformações, que as crianças mostram, flagrante ou sutilmente suas conquistas ou atrasos nos esquemas gráficos.

Mas, nossas escolas e professores estão preocupados com as letras, números e coordenação motora (evidenciando uma preocupação com o traçado das letras na escrita). No entanto, esquecem que até mesmo o processo gráfico é individualizado e que cada criança tem seu momento certo para para aprender uma coisa nova.

Assim como o da leitura e escrita, o processo gráfico também tem o seu momento de instalação, de desenvolvimento e de maturação neural. Dessas etapas dependem: as aprendizagens, a produção escolare o ritmo de trabalho. Mas, no nosso sistema educacional, as escolas e professores não querem saber da individualidade de cada aluno, já que para eles, é importante o “coletivo”. E é, por olhar sempre o coletivo e não “o individual em meio ao coletivo” que os absurdos acontecem, como o de priorizar os resultados sem levar em conta os processos.


Fonte:
LOWENFELD, V. Desenvolvimento da capacidade criadora. São Paulo: Mestra Jou, 1977.
MOREIRA, A. A. A. O Espaço do desenho: a educação do educador. São Paulo: Loyola,1984.

Nenhum comentário:

Postar um comentário