quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

ENTENDENDO O QUE OCORRE NA PARALISIA CEREBRAL

Este é o nosso cérebro visto de fora. Ele é comum a todos nós.


Agora, num corte vertical, partindo-o ao meio, para que podemos verificar como ele é por dentro.



Agora nos fixaremos nesta imagem muito mais interna do cérebro que a anterior. 




Aproximando mais a imagem, repare nesses fios vermelhos. Eles partem de todas as partes do cérebro. soa fios nervosos e que vão formar a medula (um cordão formado por esses fios todos juntos). A medula fica muito bem protegida pelos ossos da coluna vertebral.
Voltemos aos fios vermelhos. Esses fios são chamados de ramificações motoras e  são os responsáveis por levar informações sobre os movimentos que queremos realizar. Por outro lado, também recebem as ordens do cérebro e as enviam aos músculos para que estes, puxem os ossos. É essa ação de puxar e soltar que os músculos fazem em conjunto com os ossos, que chamamos de "movimento".

Repare agora como eles se unem rapidamente. E como eles descem separados.  Eles seguem assim em direção ao cerebelo. Este órgão primeiro analisa as informações, verifica as condições dos músculos e envia ao cérebro o seu parecer sobre a possibilidade ou não do movimento ser realizado. 
Você deve estar se perguntando por que esses fios se uniram e e se separaram novamente, não é? lembre-se que fizemos um corte e a figura mostra apenas uma parte. Essa parte que não vemos corresponde ao lado direito do cérebro e esses fios chegam das duas partes dele. Nesse ponto de união existe uma espécie de torção que faz com que os fios que vem do lado direito passem para para o lado esquerdo e os do lado esquerdo passem para o direito. Isto porque os fios do lado direito comandam os movimentos do lado esquerdo do corpo e vice-versa.


Agora localize na figura acima, o cerebelo e o bulbo, Compare-os com com o tamanho do cérebro. São pequenos, não é mesmo? Esses órgãos ficam localizados na região acima do pescoço e que costumamos chamar de "nuca".


Se esses fios ou ramificações motoras continuassem torcidos causariam grande estrago tanto no cerebelo quanto no bulbo. Separados não tem problema porque são bem finos e podem atravessar os dois órgãos.


Vamos caminhar mais um pouco na nossa imagem. E veja como entram no cerebelo e no bulbo. 



Penetram de cima para baixo e saem deles. Pouco mais á frente, unem-se novamente.


Caminhemos um pouco mais no nosso desenho. Depois que esses fios entram no bulbo  e percorrem mais da metade desse órgão, eles se unem novamente, tendo uma aparência de um triângulo grosso de um lado e fino no vértice, como uma pirâmide. Por causa dessa aparência, a região é conhecida como "pirâmide" ou "região Piramidal". 

Repare como os fios entram separados e no final 
aparecem como um só e bem grosso.


Isto acontece porque esses fios se preparam para entrarem na coluna vertebral onde ficarão, como já vimos, bem protegidos pelos ossos (vértebras) que possuem um orifício em seu centro. Para entrarem nesse orifício precisam formar um cordão. Por isso ficam bem juntos e se torcem várias vezes. Agora, se unem definitivamente e formam um cordão ou feixe nervoso. 



Veja como entram na coluna vertebral.

Mais adiante se ramificam em três partes: uma para cada membro superior e outro que continha coluna abaixo. Essas ramificações são chamadas de nervos motores. É por causa desses nervos que somos capazes de movimentar antebraço, o braço, a mão e os dedos de ambos os lados. Quase no final da coluna existe outra ramificação. Desta vez, eles seguem na direção dos membros inferiores, ou seja, para as pernas e nos permite movê-las para andar, correr, sentar etc.

 Mas o que isto tem a ver com a Paralisia Cerebral? 


Todos esses fios se referem apenas ao aspecto motor, Mas nesse emaranhado de fios existem vários outros que comandam nosso corpo e tudo o que fazemos e sentimos. Todo esse conjunto é conhecido como Sistema Nervoso Central (SNC). 

Se, por acaso a lesão da Paralisia Cerebral atacar, interromper ou destruir um (ou mais) desses fios antes ou depois da "região piramidal" (a do triângulo dentro do bulbo), é chamada de disfunção extrapiramidal, prejudicando os movimentos porque passa a não funcionar da forma como deveria e apresenta alguns sintomas característicos.

Porém,se a lesão da Paralisia Cerebral atacar, interromper ou destruir os fios dentro do triângulo que se parece com uma pirâmide, provocará outros tipos de sintomas mais perversos que os anteriores. É a chamada disfunção piramidal.


O conhecimento desta região e a localização das lesões definem os tipos e a gravidade da Paralisia Cerebral. Mas isto, trataremos na próxima postagem. Até lá e espero que tenham entendido e gostado.

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