sábado, 19 de março de 2011

CAUSAS PRÉ-NATAIS DA DEFICIENCIA INTELECTUAL

CAPÍTULO III
Logo após a concepção forma-se o zigoto ou a primeira célula do bebê. Este contém os genes que herdou do pai e da mãe, em proporções idênticas. Trinta horas depois, o zigoto sofre a primeira divisão celular. Depois outra, e mais outra e mais... até se formarem milhões de células. Veja como isso acontece:



Os cromossomos  combinam e se dividem inúmeras vezes. Numa dessas combinações ou separações, alguns cromossomos podem perder uma parte. Outros, podem agregar a si uma parte perdida, gerando as aberrações cromossômicas, erros genéticos, malformações encefálicas, influenciar no metabolismo do novo bebê. Estes  erros acontecem por acaso.

No entanto, alguns erros podem ser provocados por infecções e moléstias que a mãe contrai durante o período de gestação. Alguns medicamentos e uso exagerado de bebidas alcoólicas ou de drogas (fumo, maconha e, principalmente, do craque), podem modificar os conteúdos genéticos e influenciar nas combinações e separações dos cromossomas dos embriões.

Quando um erro genético acontece, não tem volta. Todas as outras células que se formam carregam a marca do erro cometido.E o bebê se desenvolverá determinado por esse erro. Os estigmas que aparecem após o nascimento vão depender da gravidade do erro.

Dicas para a sala de aula

1- Se você tem um deficiente na sala de aula, compreenda que ele é do jeito que é porque não teve escolha.  A natureza os fez assim. Compreenda suas limitações e ajude-o o mais que puder e do melhor jeito que souber fazer. Eles não exigem atitudes mirabolantes. Todo deficiente intelectual deseja é sentir que alguém se preocupa com ele, que lhe dá atenção e compreende suas dificuldades.

2- O deficiente intelectual é uma pessoa como outra qualquer. A única diferença é que seu organismo funciona com um outro tipo de organização. Imagine que duas pessoas saem do ponto A e se dirigem ao ponto B que fica distante. O primeiro, segue por um caminho asfaltado, pega carona ou uma condução e logo chega ao ponto B. O outro, vai por um caminho mais acidentado, cheio de buracos, de subidas e descidas, com alagamentos e desmoronamentos. Em certo ponto do caminho precisa construir uma ponte para poder prosseguir. Mas, não importa o tempo gasto, ele chega ao ponto B. É assim com o deficiente intelectual. Coube a ele o caminho mais difícil.

3- Boa parte dos deficientes intelectuais  possuem pouca ou nenhuma iniciativa, são dependentes, vivem isolados ou encontram dificuldades para se comunicar. Outros são mais falantes. Observe se apresentam comorbidades, ou seja, outros órgãos  estâo envolvidos, como por exemplo,  a visão, a audição, coração, rins, a parte motora etc.. Em todos os casos, promova a socialização por meio da inclusão. 

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