Capítulo II
Como vimos na postagem anterior, até o século XX, pessoas com deficiência foram mortas, ignoradas e maltratadas pela sociedade. Foi, portanto, a partir do século XX que alguns olhos se voltaram para elas com o firme propósito de entendê-las e ajudá-las.
A QUESTÃO DO NOME
Uma das primeiras questões a se esclarecer é a questão do nome: deficiência mental ou intelectual?
Durante quase um século, foi utilizado o termo “deficiência mental” para tratar de problemas cognitivos. Porém, este termo criava confusão com outro termo parecido, mas com etiologia e sintomas diferenciados: a “doença mental”.
A doença mental é causada por um rompimento com a realidade como nas neuroses, paranóias e na esquizofrenia. Trata-se, portanto, dos estados de demência, e que nada tinha a ver com a “deficiência mental”.
Para evitar esse tipo de confusão, que gerava mais preconceito contra os deficientes, a Organização Mundial de Saúde (OMS) achou por bem substituir por outro nome mais de acordo com a sua etiologia. A partir do ano 2000, passou a ser chamada de “deficiência intelectual”.
O QUE É A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL?
Segundo a OMS, a deficiência intelectual é um comprometimento funcional adaptativo, ou seja, há um atraso no desenvolvimento da inteligência que atrapalha a adaptação ao mundo e às pessoas. Esse comprometimento pode ser leve, moderado, grave ou profundo.
As pessoas com deficiência intelectual podem apresentar estigmas ou não. Estigmas são manifestações corporais visíveis que caracterízam a deficiência, como por exemplo as da Síndrome de Down, da Prader-Willi, do X Frágil etc
CAUSAS:
As causas são diversas. Podem ser pré-natais (no período de gestação), peri ou neo-natais (no momento do parto) ou pós-natais (durante a vida do sujeito).
INCIDÊNCIA:
Segundo a OMS, 10% da população mundial apresenta algum tipo de deficiência. Desse percentual, 5% apresentam deficiência intelectual. Portanto, um número bastante elevado.
PREVALÊNCIA:
Atinge pessoas do sexo masculino e feminino em igual proporção.
DICAS PARA A SALA DE AULA:
Todo deficiente é uma “caixinha de surpresas”. Por isso, é preciso observá-lo discretamente. Coloque-o perto de você, professor, para que possa realizar observações nas seguintes áreas: comunicação, interação social e iniciativas.
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