segunda-feira, 30 de abril de 2012

ENSINANDO CONCEITOS BÁSICOS

TRABALHANDO COM DEFICIENTES INTELECTUAIS SEVEROS e 
COM PROBLEMAS MOTORES

O trabalho é mais lento, mas tem seus efeitos. Mesmo sem poderem movimentar-se, podem sentir sensações. E a água é uma  rica fonte delas.

Colocar os pés ou as mãos na água é um dos exemplos. Neste caso, podemos variar a temperatura da água (do gelado ao quente, com cuidado para não queimar) trazendo a essas crianças um pouco do conhecimento da vida e dos conceitos de quente e frio.
 

Trabalha-se um conceito de cada vez. Depois, uma mão ou pé no quente e outro no frio para perceberem a diferença.

Não esqueçam de nomear cada conceito, todas as vezes que eles forem trabalhados. A criança pode não saber ou não conseguir repetir o conceito, mas aprenderá a identificar pela sonoridade das palavras.

Estes exercícios servem para todos os alunos com e sem deficiência, principalmente, os da Educação Infantil.


TRABALHANDO OS CONCEITOS DE DENTRO E FORA

a) MODERADOS E COM MELHORES CONDIÇÕES MOTORAS

Com pareamentos, jogos de separar e juntar podemos ir trabalhando outros conceitos básicos. Conceitos importantes para a alfabetização são os conceitos de dentro e fora.


Para começar, arranjem uma cesta ou caixa com uma porção de objetos dentro. Tirar e colocar esses objetos ensinará concretamente essas noções. Variar os brinquedos a cada atividade. 

Para variar, e dependendo das condições da criança, podemos criar uma série de jogos feitos com papel. como estes, por exemplo

 

E também com materiais alternativos, como:

 
colocar moedas no cofre      introduzir palitos em 
                                                   um balde furado

Além dos conceitos citados, trabalham-se também a coordenação motora fina, a preensão e a coordenação viso-motora, pois para realizarem estas tarefas é preciso olhar o que estão fazendo.

(Sugestões da Johanna Melo Franco, terapeuta Ocupacional do blog Terapia Educacional Infantil e que adaptei à minha realidade).  

b) LEVES E MODERADOS COM MOBILIDADE

Uma boa pedida é mexer com o corpo em brincadeiras como entrar dentro de caixas de papelão ou de plástico. Com duas ou 3 dessas caixas unidas pode-se fazer um túnel. 


Para variar, esses túneis podem ser feitos com cadeiras virando-as de costas uma para outra e deixando um espaço que será coberto por um lençol. 


Outra variação, é colocar algumas cadeiras (uma ao lado da outra) e a criança passa por baixo.

Outras alternativas são: pneus velhos e os bamboles, com os quais pode-se inventar mil e uma brincadeiras. Colocados no chão ou em pé são ótima opção. Quem tiver “parquinho” na escola pode aproveitar os brinquedos para entrar e sair.
 


Com um cobertor ou lençol pode-se fazer uma “caverna” ou uma “toca”. Contar uma história e fazer a criança entrar, experimentar sensações e sair. 
Existem outras brincadeiras como:  
 
 “Coelho, sai da toca”                      “Amarelinha”         e tantas outras.

Depois de explorar bem esta parte concreta, pode-se ir para o papel. Jogos de colocar ou colar dentro ou fora (exs anteriores) servem para fixar as noções e iniciar a criança nas questões escolares.

O interessante, nestas atividades, é que todos os alunos podem participar. Mesmo não tendo uma deficiência, muitas crianças não tiveram oportunidade de trabalhar esses conceitos na vida real. E elas fazem falta. Você perceberá isto durante a brincadeira e resolverá, não só o problema de um ou dois alunos, mas de muitos. Unindo a todos numa brincadeira que, com certeza será muito prazerosa, você estará praticando a inclusão.

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