terça-feira, 27 de junho de 2017

CONHECENDO AS PALAVRAS II


Partindo do que já sabia, ou seja do alfabeto, e como não consegue escrever por problemas motores, logo comecei a trabalhar a formação de palavras através da junção de sílabas e nomeação de figuras. Mas achei que só isso era muito pouco para alfabetizá-lo. 

4- SEPARAÇÃO DE ´SILABAS

 

 

Comecei a trabalhar a separação de sílabas com os seguintes objetivos: acelerar a identificação das sílabas, provocar e desenvolver a formação das palavras, desenvolver a leitura para que a alfabetização se tornasse mais rápida e, por fim, fazê-lo entender a escrita. A princípio foram palavras simples, aprendidas durante os atendimentos. Depois, fui complicando. E a cada provocação, o garoto respondia positivamente.


5- PALAVRA GRANDE E PALAVRA PEQUENA

Esta é uma dificuldade que encontro até mesmo com crianças sem deficiência iniciando ou não a alfabetização. Quando se pergunta qual é a palavra maior, a maioria ainda respondem levando em conta o tamanho do objeto que ela representa. por exemplo: ao escolher a palavra maior entre "trem e formiga", o fazem pela palavra "trem" e justificam que "o trem é maior que a formiga".

 


Tenho trabalhado esta dificuldade com vários tipos de exercícios que o faz separar, circular, marcar X (que estamos trabalhando na Coordenação Motora) e fazendo outras marcas.


6- ENCONTROS VOCÁLICOS

Conhecer as palavras significa perceber o que essa palavra tem de interessante. O encontro das vogais é algo interessante que, na maioria das vezes, não percebemos ao falar. 

Para quem está inciando a leitura, estes grupos também se tornam uma dificuldade, pois os aprendizes entendem as sílabas como uma consoante e uma vogal. Isto também ocorre com crianças que não possuem deficiência. No caso desse garoto, que além de ter baixa visão e problemas motores sérios, também tem uma dicção comprometida para alguns sons devido a Paralisia Cerebral. A leitura fica truncada, com as vogais dos ditongos faladas separadas, quando na verdade, não se separam.

Para que tome consciência de falá-las juntas resolvi apresentar-lhe os encontros vocálicos com as novas palavras que estamos trabalhando. Como fiz isso?

Primeiro expliquei o que era os encontros vocálicos mostrando com o alfabeto móvel. Montamos o alfabeto na ordem e pedi a ele, que separasse as vogais. E formamos palavras monossílabas com: pai, mãe, cai, sai, vai,  vão, dei, doei etc.


Quando ele entendeu, apresentei uma série de palavras com e sem encontros vocálicos para que separasse em dois grupos. No primeiro grupo, com encontros vocálicos. No segundo, sem eles. E a resposta foi positiva e imediata. Depois colamos no caderno.


A partir de então, tenho trabalhado desse assunto a cada encontro: identificando, marcando com grifos (aprendendo agora), marcando X ou fazendo outras marcas, lendo, falando e, principalmente, brincando com as palavras. E nos divertimos muito a cada atendimento.

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