sábado, 29 de outubro de 2011

NOVOS PAPÉIS DE CARTAS

Olá, pessoal!

Devido o grande interesse pelos papéis de carta, trouxe outros para vocês. Realmente, ficam muito bonitos e as crianças gostam bastante. Além disso, são fáceis de fazer, e o custo é zero porque  pode-se aproveitar qualquer sobra de papel, fotos de revista ou de jornal. E podem ter qualquer tema. Confiram:


com colagem ou pintados a lápis



Agora, coloque a criatividade para funcionar!                                         

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O CÉREBRO E A ATENÇÃO


Segundo Fonseca (1995), a atenção depende da organização interna e externa dos estímulos. Ela é indispensável em tudo o que fazemos. Na escola, a atenção é essencial. Sem ela, as informações não são (ou são mal) recebidas e, portanto, não podem ser integradas.

A atenção depende do sistema nervoso periférico para captar os estímulos. Uma vez captados, ocorrem uma porção de estimulações no córtex cerebral, cuja finalidade é selecionar o que é importante para processar as informações e manter o estado de alerta.


As informações recebidas, transferidas de uma área para a outra e de um hemisfério para o outro, fazem com que as funções cerebrais possam orientar e dirigir a atenção para processar as informações e a fixá-las na memória. Para que a atenção se estabeleça precisa que outros processos entrem em funcionamento. São processos visuais, auditivos e tatilquinestésicos (tato + preparação para o movimento). Esses processos funcionam independentemente, mas de forma integrada e interligada para formar o sistema atencional. Acionado este sistema, a área motora é estimulada para entrar em ação, gerando o movimento como resposta.
 Para Mello, Miranda e Muszkat (2006). a atenção, a visão, a audição, o tato e o movimento trabalham juntos provocando uma reação no sujeito que chamamos de   comportamento. Por isso é que se observa a atenção da criança enquanto ela realiza uma atividade.
 Para desempenhar uma tarefa (desenhar, pintar, ler, escrever, etc), é preciso seguir algumas regras: ouvir o que se pede, compreender o que foi pedido, manter-se atento durante a atividade, manusear os instrumentos necessários com habilidade e olhar o que está fazendo. Portanto, o desenho, a pintura ou qualquer outra atividade serve de “pretexto” para que se observe sua atenção.
 A partir de então. podemos observar o seguinte:
1- Sobre a ordem dada:
a)      a criança desenha o que é pedido? (para saber se ela ouviu e compreendeu)
b)  ela desenhar outra coisa? Pode ser que ela não tenha ouvido ou não tenha compreendido. (o que merece investigação mais apurada)
2- Como age enquanto realiza a tarefa:
a)   Começa logo? Desenvolve e termina? Mantém-se atento e concentrado o tempo todo?
b)  ra, olha para os lados, levanta ou conversa?  Retoma o trabalho e termina-o ou não? "Enrola" para não terminar? As respostas a estas questões ajudam a compor o diagnóstico de "falta de atenção".

Ter problemas em um dos tipos de atenção não significa ter um déficit de atenção. Para se definir se existe falta ou déficit, exames mais minuciosos devem ser feitos devido a inúmeras causas envolvidas.


Fonte:
FONSECA, Vitor da. Introdução às Dificuldades de Aprendizagem: Porto Alegre, RS, Artes Médicas, 1995

sábado, 22 de outubro de 2011

ESTRUTURAÇÃO ESPACIAL



Este é outro pré-requisito para a leitura e para a escrita e diz respeito á possibilidade que o homem tem de se movimentar e agir nos diferentes espaços existentes. È, portanto, essencial para a vida em sociedade.

Essa estruturação é um trabalho cerebral que nos permite lidar com os espaços e nor relacionarmos com os objetos. Por meio dessa estruturação podemos selecionar, comparar, extrair e agrupar, classificar e categorizar os objetos. Como diz Kephart (1980) é a estruturação espacial quem nos leva a abstrair e a generalizar.

Assim como a imagem corporal, a estruturação espacial é aprendida, mas não pode ser ensinada. E essa aprendizagem ocorre quando a criança se movimenta e experimenta as várias posições do corpo nos vários tipos de espaço. Mais tarde, a criança percebe a relação entre seu corpo e entre os próprios objetos. Por isso, é importante que os adultos permitam o movimento e a experimentação da criança, para que ela perceba e se organize espacialmente.

São condições essenciais para a estruturação:
  • uma boa visão – permitindo que o cérebro aprenda a calcular e fazer estimativas rapidamente e de forma precisa com relação aos movimentos que o corpo executa no espaço.
  • movimentos cinestésicos – que permite identificar os objetos mais lentos
  • uma boa percepção auditiva – que estão ligadas á certos direcionamentos e ao tempo
  • uma boa percepção tátil – que nos permite captar as manifestações afetivas ou agressivas dos objetos ao nosso redor.

Essa estruturação tem início logo após o nascimento. No recém-nascido, a boca é o ponto mais próximo dos braços e mãos. As sensações percebidas com a boca e os movimentos reflexos que realiza com os braços, percebem e criam sensações de bem ou de mal-estares, ligando-se à afetividade.

Por volta dos 3 meses tem início a imagem corporal e dos 6 aos 9 meses, inicia-se a separação do corpo em relação ao ambiente.

Aos 3 anos, a criança já deve ter conseguido uma boa vivência corporal e, com isso, pode se locomover em diferentes lugares e pegar os objetos que desejar. A verbalização permite que ela expresse o que quer e o que sente. Os gestos diferenciados já ordenam suas atividades valendo-se da “classificação”. Também já é possível perceber a posição dos objetos e de se movimentar entre eles. Aprende as  noções e conceitos de “frente, atrás e no meio” devido a definição da lateralização, passando a utilizá-los verbalmente.

Aos 6 anos, aprende outros conceitos, como os de “situação” (dentro, fora, alto e baixo, longe e perto), de “posição” (em pé, deitado e sentado, ajoelhado e agachado e o de inclinado); de “movimento”(levantar, abaixar, empurrar, estender, girar, etc), de “qualidade” (cheio e vazio, pouco e muito, inteiro e metade, etc); de “superfície” (liso, plano, inclinado); de “volume” (leve, pesado, vazio).

Dos 6 aos 7 anos, a criança já é capaz de assimilar a orientação do espaço no papel, podendo organizar em uma folha suas escritas e desenhos. Na leitura, é capaz de se orientar graficamente, utilizando corretamente a posição das letras (p,b,q,d).

Na próxima postagem veremos as implicações da falta desta estruturação.


Fonte

OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque psicopedagógico, Petrópolis, RJ, Ed. Vozes, 1991

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

BONECA DE PAPEL 3

OLÁ, PESSOAL!


Hoje, volto com mais uma boneca de papel. Desta vez, trabalhando com  pessoas com deficiência intelectual que não se preocupam muito com o jeito de se vestir. O que é muito comum entre os deficientes deste tipo. Para eles, tanto faz se as roupas combinam ou não, se estão sujas ou limpas, se estão rasgadas ou não. Eles querem usar aquela roupa e pronto!

Pensando em "como ajudar", lembrei das bonecas de papel. Então, criei uma que se parecesse com o tipo de mocinhas com quem trabalho. E fez sucesso. Por isso, deixo aqui a sugestão. Vejam como ficou:


São roupinhas mais sóbrias já que são mais gordinhas, mas,  de acordo com a moda e com o que lhes cai melhor. Mas, vocês podem criar outros modelitos.



Aproveitem a ideia! 
Criem e divirtam-se.

domingo, 16 de outubro de 2011

SÍNDROME CRI DU CHAT


A Síndrome Cri du Chat é mais uma das deficiências intelectuais causadas por erro genético. Esse erro ocorre devido a uma quebra do braço curto do cromossomo 5. Esse erro afeta 1 bebê em cada 50.000 nascidos no mundo, o que corresponde a 1% dos casos de retardamento intelectual. Esta síndrome foi descrita na França, em 1963, pelo Dr. Lejeune.

Suas características principais são: assimetria facial, microcefalia, má formação da laringe (o que provoca um choro semelhante a um lamento, parecido com o miado dos gatos), aumento da distância entre os olhos (hipertelorismo ocular), hipotonia, a fenda palpebral possui o canto interno mais alto que o canto externo (antimongolóide), pregas epicânticas (ou seja, uma dobra da pele da pálpebra superior que  cobre o canto interior do olho e presente nos orientais), orelhas malformadas e de baixa implantação, dedos longos, prega única na palma das mãos, atrofia muscular dos menbros o que acarreta retardamento neuromotor e retardamento intelectual severo.

Embora essas crianças possam caminhar, o fazem de modo desajeitado, o que lhes dá a aparência de serem inábeis. No entanto, não conseguem controlar as necessidades fisiológicas, o que dificulta o treinamento.

As habilidades motoras finas são atrasadas, embora aprendam a escrever.
 
Bebês e crianças possuem sono agitado e vai melhorando com o passar do tempo. Podem ser ter problemas de comportamento. Podem ser: hiperativos, balançar a cabeça com freqüência, morder-se ou beliscar-se. Muitos, possuem uma obsessão por cabelos e não resistem a dar um puxão nos cabelos de alguém. Mas, é preciso esclarecer que estas características podem variar de pessoa para pessoa.

Com um diagnóstico precoce, educação especial e ambiente familiar acolhedor,  as crianças com esta síndrome podem atingir um nível de relacionamento social e psicomotor que corresponde ao de uma criança sem deficiência de 6 anos de idade.

Fonte:

Artigo da revista “Farmácia Saúde”, número 85, Outubro, 2003
http://pt.wikipedia.org/wiki/Epicanto

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

CONTOS DE FADAS: UMA LITERATURA ÍMPAR.



Os contos de fadas são envolventes. O prazer e o encantamento que nos arrebatam é impressionante. De todas as formas de literatura, os contos de fadas são os únicos que integram de modo compreensível a vida e seus problemas como nenhuma outra consegue fazer.

Os contos modernos ou os contos de fadas adaptados não possuem a mesma força e o mesmo encantamento que os clássicos. Isto porque os autores e adaptadores retiram deles justamente a explicação da vida. E quando o fazem, apresentam a realidade nua e crua, fazendo com que as crianças tenham mais inquietações do que as esperadas.

Somente os contos de fadas clássicos têm por objetivo ensinar as crianças a viver e a conviver com seus semelhantes. São os únicos que, pelo encantamento e magia que estão inseridos neles, fazem com que os significados profundos atinjam o inconsciente das pessoas. Ao mesmo tempo, permitem que cada uma resolva suas dúvidas através das soluções encontradas pelos personagens.

Uma literatura de linguagem fácil e compreensiva permite que cada pessoa extraia diferentes significados levando-se em conta os interesses e necessidades de cada faixa etária. Como obra de arte possui vários aspectos que podem ser explorados: divertimento, lição de vida ou educação moral para as crianças.

Além dos temas existenciais, os contos de fadas apresentam temas da atualidade como o bullyng, o preconceito, a exploração do trabalho infanto-juvenil, as relações familiares e, até mesmo, com os problemas escolares.

 Fonte:

BETTELHEIM, Bruno. “A Psicanálise dos Contos de Fadas”, Ed Paz e Terra, 1980

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PINTURA COM PALITO DE APERITIVO

Alô, pessoal!

Estou de volta com mais uma atividade super interessante. As crianças e jovens ficam incrédulos quando as realizam, não só pela facilidade da técnica, como também porque fica bonito.


Para aplicá-la você precisará de um palito de aperitivo e tinta guache.  
Mergulhe o palito na tinta e mãos-a-obra. E deixe a criatividade correr solta.

Esta técnica permite que você a utilize várias vezes, realizando trabalhos ora monocromáticos e explorando cada cor ao máximo...

... ora trabalhos policromáticos e explorando várias combinações entre as cores. Para conseguir "efeitos", basta raspar o palito pela lateral sobre a tinta ainda molhada.

Por serem trabalhos abstratos, tornam-se desinibidores da criatividade e não possuem certo ou errado, Com isto, melhoram a auto-estima e a auto-confiança.

Até a próxima dica.