quarta-feira, 22 de agosto de 2012

TRABALHANDO A SEQUÊNCIA NUMÉRICA

Ensinar os números para deficientes não é o mais difícil. O complicado é fazê-las entender que os números seguem uma sequência, que é lógica. Muitos deficientes intelectuais conseguem memorizar essa sequência. Mas, no fundo, não entendem o porque o 9 vem depois do 8 antes do 10. 

Costumamos dizer que é porque a quantidade aumenta. Embora percebam, elas não fazem esta relação. E como recitam a sequencia oralmente feito papagaios , acreditamos que sabem.  Mas, na hora de fazer o exercício....

Mesmo trabalhada com materiais concretos se transforma em dúvida quando o trabalho é feito no caderno. 

Como ensinar esta noção?

Enquanto trabalhamos a relação número/quantidade, já podemos iniciar esta noção. Começamos com brincadeiras, como a montagem de torres, por exemplo. E para isto, podemos utilizar caixas de todos os tamanhos e formatos que as crianças empilham como torre.

   

Enquanto montam, ensaiam várias posições e possibilidades, intuindo que há uma sequência que deve ser obedecida, porque senão a torre desaba. Por fim, a montam corretamente.

Feito isto, passo para o trabalho no caderno ou em folhas. Trabalho com muitas figuras coloridas e o mais próximas possíveis do gosto de cada um. Figuras e o colorido atuam como apoio visual.  Os deficientes intelectuais necessitam muito desse apoio para ajudar na memorização. Com as figuras,  tentam descobrir o que está "antes" e o que está "depois" ou o que está na frente e atrás. Eu uso posições e elementos diferenciados para que precisem pensar.  Como estas, por exemplo:
 
Uso uma porção delas até que as crianças já os descubram com alguma facilidade. Depois, parto para outras, como estas:

 
Da mesma forma, trabalha-se bastante ou até que sejam capazes de descobrir o antes (o que vem na frente) e o depois (o que vem atrás). 

Esta etapa é importante para que o conceito se fixe na memória.  Faço cartões com a mesma figura e os numero na sequência que quero trabalhar. Peço que a criança me ajude a colocar os pregadores nos cartões (para mantê-los em pé) e, enquanto isso, o exercício vai fortalecendo os músculos dos dedos e da mão. Feito isso, colocamos em ordem. E a criança visualiza que um está atrás do outro.
 
Com essa sequência fica bem mais fácil para a criança visualizar o que vem "antes" e o que vem "depois".  Numa folha à parte,  escrevo um número sobre o outro. A própria criança chega a conclusão de que não dá para visualizar nenhum número. 

Se não concluir sozinha, faça perguntas como: Onde está o número X? Você o vê perfeitamente? Com isto, digo a elas que, no caderno, os números ficam lado a lado. E para não ficarem misturados, são separados por tracinhos. 

Trabalho primeiro, tudo oralmente. E depois, voltamos ao caderno. Por um tempo, mantenho a sequência como apoio e aproveito para trabalhar alguns jogos. Uso poucos números de cada vez. 


Neste caso, trabalho o 11, 12 e 13. Mostro que é a mesma ordem da sequência mostrada nos cartões e a criança visualiza. Então, começo o exercício. Com o apoio visual, fica fácil no início. Feito isso, e aos poucos, vou aumentando a quantidade de números  e  introduzindo outros exercícios.

 
O primeiro, trabalha outros números da sequência. Depois, a sequência inteira para completar ou completando com alguns números faltantes e com questionamentos orais. E, para fixar tudo, trabalho os "caminhos", onde os números são colocados numa certa posição que permite que a criança ligue com traços todos os números na sequência. Como variação, utilizo também os liga-pontos, labirintos  e os pinta-pontos, cujos pontos são substituídos por números.


Minha gente, sei que é trabalhoso. Mas, o resultado é muito bom. 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

JEAN PIAGET E AS FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

VAMOS CONHECER GENTE IMPORTANTE NOS MUNDOS DO DESENVOLVIMENTO E  DA EDUCAÇÃO.

1- JEAN PIAGET  e sua teoria



Estas fases servem para todas as crianças, com e sem deficiência. 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O QUE É DISCALCULIA?


DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM


A discalculia é um problema neurológico que provoca transtornos nas aprendizagens. Esses transtornos dizem respeito a tudo o que se refere aos conteúdos matemáticos. Alguns especialistas acreditam que esse problema neurológico deriva de uma má formação que pode ser base genética, neurobiológica ou epidemiológica.

A pessoa discalcúlica apresenta dificuldades em:

·            - reconhecer e identificar números;
·            - classificar, ordenar e sequenciar numericamente;
·     - em compreender como as tabuadas funcionam e não memorizam os resultados;
·            - em escrever os números no papel;
·            - em posicioná-los adequadamente para montar os cálculos;
·         - em fazer as operações fundamentais (somar, subtrair, multiplicar e dividir) por mais simples que sejam;
·            - em memorizar as diferentes figuras geométricas,
·            - em trabalhar com os símbolos matemáticos e fórmulas,
·            - em solucionar problemas ou de relaciona-los e aplica-los à vida diária;
·            -  em compreender os enunciados, sejam de exercícios ou de problemas.

A discalculia pode ser notada já na educação infantil, quando a criança começa a aprender os primeiros conceitos matemáticos. Mas, afirmar que qualquer criança que encontra dificuldade com os conceitos matemáticos, e nessa idade, são discalcúlicas, é bastante prematuro. Para que um diagnóstico seja conclusivo é preciso esperar um pouco mais, até que comece a lidar com as contas e problemas.

Também é prematuro dizer que essas pessoas “jamais” aprenderão. A neurociência tem realizado estudos e obtidos resultados positivos, embora seja, ainda, um longo processo reabilitativo.

Mas, como lidar com uma criança discalcúlica na escola?

Os professores devem ter sempre em mente que as pessoas discalcúlicas (pequenas ou grandes) não são assim porque querem. Uma boa solução é permitir que essas pessoas que essas pessoas façam uso da tabuada e/ou da calculadora, até mesmo durante as provas.

Trabalhar com atividades concretas é outra boa pedida.

Trabalhar com cadernos quadriculados de 1cm, ajuda no posicionamento dos números nas operações. Nos exercícios de classe, nas tarefas de casa e nas provas, os professores podem elaborar atividades e questões com enunciados simples e claros, ou seja, pedir o que realmente o que o exercício, o problema ou a atividade exige. Os problemas ilustrados são bem eficazes.

Embora a pessoa discalcúlica não seja uma pessoa deficiente intelectual (embora muitas síndromes possam apresentar a discalculia como comorbidade) uma boa pedida são os exercícios repetitivos e sequenciamento de dificuldades.

Como os pais podem ajudar?

A primeira coisa a fazer é entender que a criança tem um problema e procurar ajuda profissional.

Em segundo lugar, não adianta ficar exigindo dela o que ela não pode oferecer ou ficar comparando-a com o irmão, parentes ou vizinhos. Geralmente, estas comparações nunca ressaltam as qualidades, mas os defeitos.

Em terceiro lugar, controle a ansiedade. Devemos estimular, sim, mas aos poucos. O cérebro de crianças discalcúlicas não funciona da mesma maneira que o nosso. É preciso repetir bastante o que foi ensinado, esperar que o cérebro amadureça esse conceito e fixe na memória. E isto, muitas vezes, leva tempo.

Confie que ela aprenderá. Mas, não fique contando o tempo. Pressão e ansiedade são coisas que ela não precisa.


Fonte:

Apontamentos de aula

sábado, 28 de julho de 2012

E AS AULAS VÃO RECOMEÇAR...

Fim de férias .Segunda-feira, recomeçam as aulas. Correria, preocupações, muito trabalho. O tempo parece correr mais rápido. Mais rápido que os carros da Fórmula 1. 

E há tanto o que fazer!... conteúdos a ensinar e fixar, bolar exercícios que façam os alunos atingirem os objetivos desses conteúdos, provas mensais, mais conteúdo, mais exercícios, provas bimestrais..... e isto vai se repetindo constantemente até o ano findar. 

Final do ano?!? Só de pensar dá um arrepio na espinha! mais trabalho para preparar tudo para o conselho, as papeladas de aprovações e retenções, ensaios para as festas da escola, os preparativos das lembrancinhas, da festa de formatura... Ufa! E ainda dizem que a vida de professor é fácil! Não é não. Mas, vamos ser sinceros: "Nós amamos o que fazemos".

Pensei muito no que dizer neste post. E desisti destas ideias. Nós fizemos uma escolha e arcamos com as consequências dessa escolha, sabem porque? A resposta está no cartão que fiz para vocês.


Bom retorno às aulas! E que tudo corra bem!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

PINTANDO COM TEXTURAS

Olá, pessoal!


Mais uma atividade legal para ser feita em atendimentos ou na sala de aula. Além de ser divertida é também muito interessante porque as crianças desenvolvem a criatividade e a imaginação. E, á medida que vão criando, se surpreendem com os resultados.

Tratá-se de uma pintura com giz de cera diferente do que as crianças costumam fazer. Peça que façam desenhos e os recortem. Não precisam ter muitos detalhes. Podem ter apenas o contorno. Podem ter um motivo único ou formar uma pequena cena. São interessantes os desenhos de estrelas, flores, folhas, árvores, foguetes, casas, carros, bonecos e formas geométricas .

Depois de prontos e recortados devem ser arrumados sobre a mesa (ou carteira) do jeito que a criança preferir. Colocar por cima uma folha branca. Trabalhar com o giz de cera deitado para colorir a folha totalmente numa única cor ou em várias cores. Os desenhos únicos podem ser colocados e serem puxados para onde quiserem, como os das primeiras fotos abaixo.

Vejam algumas sugestões feitas pelos meus pimpolhos:

 
Estes, foram feitos com moldes únicos e coloridos um a um, numa só cor ou com cores diferentes. Ficam muito bonitos.

 
Estes outros, depois de marcados, as crianças preferiram contornar cada figura.

As criança se surpreendem ao verificar que seus desenhos aparecem na folha. Muitos dizem que fizeram mágica.

terça-feira, 17 de julho de 2012

INICIANDO A LEITURA COM DEFICIENTES

As crianças deficientes tem uma dificuldade maior em juntar as letras no inicio da alfabetização. E, neste caso, tudo o que puder ser feito será benéfico a elas.


Após a manipulação de todas as vogais, vem a parte de juntá-las e formar os monossílabos. Estes, devem ser significativos e devem ser explicados para as crianças. 

A leitura desses monossílabos é importante, pois podemos avaliar a identificação da letra, a discriminação dos seus sons e o entendimento do seu significado. Mas, como fazer a criança juntar essas letras tanto na escrita como na leitura?

NA ESCRITA:

Na escrita é mais fácil e mais rápida a compreensão. Eu faço bonequinhos simples e escrevo as letras que pretendo utilizar. Conto uma história de que dois menininhos (as) querem passear e vão de mãos dadas. A criança cola esses bonecos pelas mãos. Mostro que no caderno as letrinhas ficam como nos bonecos. Escrevo (um a um) os monossílabos formados mostrando a ela, como são escritos. E não tenho encontrado nenhum tipo de problema nesta questão.

NA LEITURA:

A leitura é um pouco mais complexa. Isto porque, até chegar até mim, muitas crianças passaram por mãos de outras pessoas que tentaram fazer com lesse. E cada uma, explica de um jeito diferente. 

Sendo assim, tenho que agir de modo diferente. E aí, é que entra a tecnologia. Usar o computador é uma atividade diferente e agradável para as crianças. Ao mesmo tempo, mostramos a elas que computador não é só para jogar ou desenhar no paint.

Uso para isto, o Powerpoint, inserindo em cada página as boquinhas e as letras que quero trabalhar. No início, uma página para cada monossílabo. Assim:

 


 

Depois, mais tarde, ou se a criança já sabe, insiro outros monossílabos (sem significação) mostrando a ela que fazem parte de algumas palavras, como por exemplo: ae, ie, oa, io, etc.

Por imitação das boquinhas, a criança vai aprendendo a repetir os sons. E com o tempo e com a repetição tudo se encaixa.


APROVEITE PARA ISTO, AS AULAS DE INFORMÁTICA