sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

PREPARANDO-SE PARA UM NOVO ANO LETIVO


Fim de férias. Nas escolas, o burburinho começa: reuniões pedagógicas, planejamentos, atribuição de aulas, organização do cronograma e mil recomendações para que o trabalho do ano transcorra sem problemas. Pode-se também ver os professores ajeitando suas salas, fazendo enfeites, cartazes e murais para receber os alunos e mostrar a eles quanto são queridos e necessários em nossa vida profissional. Afinal, escola sem professor e sem alunos, não é escola.

Este, é o momento exato para darmos uma parada e refletir. Uma escola necessita de dois personagens essenciais: os que ensinam e os que aprendem. Ambos, perseguem um objeto comum chamado “conhecimento”.

Na busca do conhecimento, professores e alunos estabelecem uma estreita relação que vai resultar nas aprendizagens. É quando entra em jogo o “desejo”, uma forte energia motivadora que impele os seres humanos a conquistar os objetivos almejados. Na escola, o professor deseja ensinar e os alunos desejam aprender.

Numa escola onde o “desejo” é permanente, duradouro, a relação professor/ aluno se dá em plena harmonia. Porém, nem sempre isto acorre e os conflitos  aparecem.

Vários são os motivos dos conflitos na relação professor/aluno. E, para que se possa refletir, precisamos analisar cada personagem separadamente. Hoje analisaremos o professor.

QUEM É O PROFESSOR?
O professor é o profissional da Educação que detém o conhecimento. Sua função é atuar no espaço entre o aluno e o conhecimento. Sua tarefa, manter vivo o desejo de aprender que existe no aluno.

Os conflitos ocorrem quando o professor deixa de estimular o “desejo” do(s) aluno(s). e isto acontece porque o professor se sente poderoso e passa a julgar o(s) aluno(s), segundo esse sentimento. (LUCKESI, 2001)

Dentro dessa relação de poder, Alicia Fernàndez (2007) observou e descreveu três tipos de professor.
O primeiro tipo é o do professor que, tendo o conhecimento, acredita que ninguém mais pode tê-lo. São professores que jamais dão uma nota alta e merecida porque acham que os alunos não estão gabaritados. Suas tarjetas possuem inúmeras notas abaixo da média, são exageradamente rígidos e a maioria dos alunos ficam para exame por décimos. Este tipo de professor mostra o conhecimento, mas para alcançá-lo, o aluno terá  ultrapassar muitos obstáculos


O segundo tipo, é o do professor que detendo o conhecimento, age de forma contrária do primeiro. Facilita a vida do aluno, dá notas altas á toa, aceita tudo o que o aluno oferece, sem colocar alguns desafios.

Nestes dois tipos, seja pelas dificuldades ou pelas facilidades oferecidas, o “desejo” do aluno fenece.


O terceiro tipo é o do professor mediador. Acredita que pode compartilhar com o aluno o conhecimento que detém. Mostra o conhecimento, auxilia o aluno a adquiri-lo, instiga sua curiosidade, oferece desafios adequados para alimentar o desejo.



Pense, reflita e responda: em qual tipo de professor você se encaixa?

Se após uma reflexão honesta, você se encaixou em um dos dois primeiros, não precisa se desesperar. Lembre-se que todo ser humano pode mudar e se transformar. Basta querer.e tomar uma atitude.


Referências:
FERNÀNDEZ, Alícia. OS IDIOMAS DO APRENDENTE. Porto Alegre, Artmed Editores, 2007
LUCKESI, Cipriano C. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR.  11ª ed, São Paulo, Cortez, 2001.

Um comentário:

  1. gostei muito deste text.Ele é muito coerente. E valeu a pena me ajudou muito.. Parabens

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