Mostrando postagens com marcador Atividade de estimulação pedagógica e sugestão para a sala de aula.. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Atividade de estimulação pedagógica e sugestão para a sala de aula.. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

CHEGANDO AO 100 - PARTE II

Terminamos a postagem anterior mostrando a adição das centenas. O objetivo era mostrar ao garoto a quantidade de grupos de 100 existentes em cada centena.

Embora fosse dito a ele o nome de cada numeral, é preciso fixar esses nomes. Como sempre, ele eu preparo pequenas fichas com os nomes, ele os identifica seja através da forma das palavras ou da leitura delas e cola no lugar determinado.


O próximo passo é a representação simbólica (tampinhas) e e a representação gráfica dos numerais. Como já havia entendido, esta passagem foi muito rápida. Partimos, então, para a sequência numérica começando pelo 100.

E com as tampinhas e um material montessoriano chamado "VISÃO DE CONJUNTO" fizemos a passagem do simbólico para o gráfico. Sobre a mesa, coloco as tampinhas referentes a 1 centena e as unidades de 1 a 9. Faço o mesmo com a Visão de Conjunto. E a cada unidade colocada simbolicamente, o número da unidade é mudado na parte gráfica. Porém, sempre insistindo que o zero em azul permanece inalterado porque ainda não temos um grupo de 10 unidades. E que, quando não se tem uma coisa, representamos graficamente com um zero.


Depois de manipular bastante esse material, no momento da aprendizagem da sequencia numérica, fizemos também um jogo de formação de número. Esse jogo consiste em escrever com o material usado, um número dessa sequencia pedido de forma aleatória. Com o 100 perto de si, e á frente, a sequencia de 1 a 9. O objetivo é pegar a unidade  e colocar no lugar certo, formando o número pedido. Mostro na foto acima a formação dos numerais 109 e 105. Mas pedi todos.

Chega então o momento de mostrar ao garoto a sequencia toda. Como se vê na foto abaixo.


Chega um momento de descontração. Além de fixar a sequência numérica é uma forma também de trabalhar a coordenação motora da mão ativa. É um Liga-pontos.


Para terminar, continhas de adição. A subtração envolve o uso do recurso (o famoso "empresta"), coisa que ainda não está preparado.

Antes de começar, mostro simbolicamente que no zero não tem tampinhas para juntar com as unidades. E deixo que faça sozinho, sem interferir, e apenas colocando os resultados. E não é que fez tudo certinho e nomeando os resultados!?!


Agora é começar a nova sequência.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ENSINANDO TABUADA

Trabalhar com deficientes intelectuais tem algumas surpresas. E diante delas temos que procurar “sempre” um modo fácil de fazer as crianças memorizem o que se ensina. Uma dessas surpresas é olhar os cadernos escolares e perceber que a professora está trabalhando as tabuadas.

Como fazer uma criança com diagnóstico de limítrofe ou com deficiência intelectual aprender as famosas tabuadas?

A primeira coisa que faço é mostrar a diferença entre os sinais, seus nomes e o que cada um pede:

+       
juntar

mais
-  
tirar

menos
X  

repetir

vezes


Trabalhamos um pouco com atividades de ligar, circular, nomear e identificar os sinais. Você pode inventar ou criar outras também.

Depois, o significado de repetir, também de várias maneiras usando o corpo da criança, como por exemplo, pedindo que dê um pulo, que bata palmas, que solte beijinhos, feche o olho e assim vai. E sempre que quiser que ela faça o movimento novamente, use a palavra “repete”. Dessa forma, a criança aprende o “conceito de repetir”, que nada mais é do que fazer de novo. Feito isso, repita as mesmas ações ou outras, indicando uma quantidade de vezes. Ex: pule e repita 3 vezes, pisque o olho e repita 5 vezes e assim vai.

Usando, tentos, fusos, cubinhos do material dourado ou outro material alternativo como as tampinhas de refrigerante, monte uma quantidade e peça que a criança repita essa quantidade X vezes. Repita com outras quantidades.Com este passo, a criança aprende o conceito da multiplicação como uma operação em que se repete a mesma quantidade.

duas vezes três tampinhas

duas vezes duas tampinhas

Após os passos acima, chega o momento de trabalhar no caderno. Nesta etapa entram: o concreto, o simbolismo numérico, a contagem e o registro do resultado.

tabuada do 1


Trabalhe assim por um tempo variando as figuras. Você pode alternar a ordem, como por exemplo, só com resultados grandes ou só os pequenos. Você também pode colocar a quantidade e a criança monta a continha e o resultado após a contagem, como também completar a conta. Tudo isto para que a criança adquira autonomia no fazer.


já na tabuada do 2
Para as outras tabuadas, inicie na etapa do caderno.



quinta-feira, 25 de setembro de 2014

OS ARAMADOS

RECURSO DIDÁTICO


Olá pessoal!

Hoje trouxe para vocês um recurso didático muito legal. As crianças adoram e ficam doidinhas com eles. Trata-se dos ARAMADOS.


Os aramados, como o nome diz, é feito de arame grosso e encapado com plástico colorido e preso numa placa de madeira. Ele possui umas pecinhas de madeira bem coloridas e que correm de um lado para o outro do arame. 


Vários são os tipos de aramados: os ondulados, triangulares, entrelaçados e os acrobáticos. podem ser grandes ou pequenos e são encontrados em lojas especializadas de materiais didáticos. Infelizmente, não é um material barato. Mas é bastante durável.
ondulado                               espiral


triangular                          entrelaçados

acrobáticos


Esse recurso  pedagógico é, para  as  crianças, um brinquedo  divertido. Mas, são excelentes  para  o  desenvolvimento  da  coordenação  motora,  viso-motora,  da percepção visual, organização espaço-temporal e para a aprendizagem de cores e solução de  problemas  práticos. Ainda  exercita os  músculos dos dedinhos e das mãos

Como se trabalha com eles? Fácil.




1- deixe a criança explorá-lo a vontade por um tempo. 




2- desafie a criança a passar as pecinhas de um lado para outro usando apenas uma das mãos. 

3- e quando terminar, peça que volte as peças para a posição inicial com a outra mão.



4- a solução de problemas é trabalhada quando tem que passar as peças pelos fios entrelaçados com uma só mão.



Feito isso, elogie e deixe-a brincar novamente. Repita a operação num outro dia e com outros modelos.

Este recurso pode ser trabalhado com deficientes ou não e em qualquer idade.


Espero que gostem da sugestão.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

BRINCANDO COM AREIA

OLÁ, PESSOAL!

Muitas crianças sentem vontade de brincar com areia, mas ficam incomodadas com a textura. Para resolver esse problema é fácil.

Basta arranjar um pote de sorvete, um pouco de areia de vaso (que pode ser colorida ou não) e bolinhas de gude. Coloque as bolinhas no fundo do pote e cubra com areia até a metade do pote. 

Desafie a criança a encontrar a quantidade de bolinhas colocadas. Elas esquecem  da areia e mergulham a mãozinha dentro do pote e só a retiram quando a última bolinha for encontrada.

Esta brincadeira ajuda na contagem das bolinhas, além de trabalhar a questão da textura da areia. E  ela mesma propõe ou pede a repetição da brincadeira.


Uma outra brincadeira divertida é fazer caminhos com as bolinhas. Para isto, troque o pote de sorvete por uma bandeja funda de plástico e reaproveite a areia e as bolinhas de gude. 



Logo estarão mergulhando a mãozinha inteira na areia.


Outra ideia legal é substituir as bolinhas de gude por carrinhos. Você pode substituir por soldadinhos plásticos (desses de Kit), animais, flores, bonecos e o que mais puder inventar. Assim, a caixa de areia terá sempre uma cara e um atrativo novo. E como podem ver, não é só uma mão que entra na brincadeira. A outra também.



Além da contagem e da textura, a caixa de areia trabalha o sensorial, a coordenação motora, a preensão, a coordenação de movimentos. Desperta a vontade de criar e de contar histórias espontâneas, desenvolvendo a imaginação. Desperta o desejo de reproduzir o barulho dos objetos dando mais realismo ao que está sendo imaginado. 

Se gostou, aproveite a ideia.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

CONCEITUANDO " VIDA "

 CIÊNCIAS PARA DEFICIENTES INTELECTUAIS - ESTUDO DOS SERES VIVOS


O que você, caro leitor, me responderia se eu te perguntasse: "O QUE É VIDA"

Resposta difícil, não é mesmo? Difícil porque é um assunto abstrato, complexo e que pode ser visto por vários pontos de vista: social, religioso, biológico, psicológico, filosófico etc. Mas, crianças com deficiência intelectual precisam desse entendimento para saberem do que se trata quando lhes falamos em "seres vivos".

Fiz essa pergunta a uma criança com diagnóstico de limítrofe e a resposta veio pronta: - "vida é não estar morto". Por meio desta resposta, pude perceber que ela podia diferenciar entre algo que está vivo e algo que não está. E já era um bom começo.

Pedi que me mostrasse, na sala de atendimento, coisas que não tinham vida. Ela olhou, pensou e apontou algumas coisas: armário, lápis, quadrinhos. Fiz então uma nova pergunta: Por que essas coisas não tem vida? A criança tentou responder, mas não conseguiu. Propus algumas dicas, como por exemplo, se elas elas comiam, tinham sede, se cresciam. E a resposta era sempre negativa. Ao perguntar  se saiam do lugar por conta  própria e iam passear no shopping, deu uma boa gargalhada. E disse: "Já sei, estar vivo é fazer coisas".

Pronto. Havia encontrado uma definição prática para o termo "vida". Eu já tinha um gancho para continuar o trabalho. Então pergunto: que coisas do mundo podem fazer coisas? Ela respondeu que eram os animais e insisti: que mais? Pensou e me olhou com um jeito de quem não sabia.

Dou outra dica: E você, está viva ou morta? "Viva, né", foi a resposta com ar de gozação. Então insisto: Então, o que você pode fazer? Pensou por alguns instantes e respondeu: brincar. Insisti ainda mais. Ao final, descobriu que podia fazer outras coisas como andar, falar, escrever, contar, desenhar etc. 

Mas, faltava ainda um elemento da natureza de quem ainda não havíamos falado: os vegetais. E pergunto: E as plantinhas, o que fazem? Pensou novamente e disse: "elas crescem". E contou que em sua casa tem muitas plantas e que as vê crescer.

Assim, reunimos em uma conversa o conhecimento básico para o estudo dos seres vivos: animais, plantas e pessoas têm vida. Fechei a conversa nesse ponto e repetimos oralmente este conceito. 

Depois, iniciamos os trabalhos no caderno, recortando e colando figuras sobre esses três elementos. Para finalizar o atendimento, cobriu com canetinha a expressão "seres vivos" que estava tracejada, escreveu os termos: animal, plantas e desenhou pessoas. 

Caros pais e professores

Este é o resultado de um longo trabalho que vem sendo realizado há pouco mais de um ano. Um trabalho de revisão de bases, de estimulação, de fixação repetida dos conceitos. Por isso, este estágio. Pode ser que vocês encontrem crianças que estejam mais adiantadas que esta , ou outras, em estágio inferior. Portanto, não se assustem se os resultados não surtam efeitos imediatos.A chave para tudo é o trabalho contínuo e a repetição. Acredite sempre, trabalhe com afinco que elas chegarão onde queremos. Tudo depende de nós, adultos.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

CONTANDO HISTÓRIAS ORAIS

A maioria dos deficientes intelectuais possuem muita dificuldade em inventar e/ou contar histórias. Isto porque não foram estimuladas desde pequenas. 

Não é culpa dos pais. Eles tem tanto o que fazer para atender as necessidades da criança (levar aos terapeutas, cuidar das necessidades pessoais da criança, alimentar, vestir, banhar) , as suas próprias, as da casa e as do  trabalho fora de casa que, quando sobra um tempinho, o que querem mesmo é descansar. 

Por isso,  quando chegam a terapia psicopedagógica precisam ser estimuladas. Começo pela formação de frases, com figuras isoladas, para que a criança comece a desenvolver pensamentos sobre algo, além de fazer com que utilize as sílabas aprendidas e outras para ir intuindo, conhecendo a sequência das letras na palavra e  a grafia, do jeito que expliquei na postagem anterior sobre este assunto.

Enquanto isso, vou trabalhando oralmente as figuras dos próprios exercícios.
 
exercício  de leitura e rastreamento

 
figura de apresentação de uma nova letra ou de uma outra figura
 trabalhada em outra disciplina (no caso, em ciências)


Com essas figuras sempre pergunto: "O que ela vê na figura?" (para ampliar o vocabulário, verificar se há algo que ela não conheça e explicar ou nomear). Depois de trabalhar bastante, acrescento uma nova pergunta: "O que o personagem está fazendo?  Trabalho mais algum tempo as duas perguntas e proponho outras, uma de cada vez e sem esquecer as demais, como por exemplo: "Por que ele está fazendo isso?", "o que aconteceu durante a ... (situação da figura ou da ideia apresentada pela criança), "e como termina a história"? E assim, ela vai respondendo e criando sua história oral. Uma história pequena, é verdade, mas sempre uma história.

Mais tarde, apresento uma sequência de figuras que contam uma história. Este é apenas um exemplo:
  
Apresento fora de ordem e com o avesso para cima. A criança vira a figura, coloca em ordem e conta oralmente o que acontece em cada uma delas. Geralmente, elas contam apenas o que estão vendo.

Trabalho várias histórias deste jeito. Neste caso, não faço pergunta alguma. Apenas ouço. Quando a criança está bem firme, peço que ela conte para o pai ou a mãe (ou ambos) que a está acompanhando. E as crianças se sentem muito importante e os pais constatam seus progressos. 

Evidentemente, em algumas ocasiões, posso pedir que escreva uma das frases ditas. Neste caso, ela escolhe o quadro do qual ela escreverá a frase. E assim, vou trabalhando até que possa passar para outra etapa.