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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

DISGRAFIA: COMO AJUDAR? parte 1

Uma grande maioria dos professores, quando se deparam com uma criança de “letra feia” ou inelegível, insistem em pedir que as crianças preencham vários cadernos de caligrafia. Este tipo de caderno é bom, mas não para todo mundo.



Se a criança tiver um problema motor, o caderno de caligrafia não resolve. Este tipo de problema de escrita precisa de exercícios especiais. Tudo em contrário pode agravar o problema. O melhor a fazer é encaminhar a um psicopedagogo ou a um terapeuta ocupacional (TO).

Se a criança tiver um problema perceptivo (e isto se percebe por uma quantidade de inversões de letras e números, o caderno de caligrafia também não resolve o problema. É preciso que se corrija primeiro o aspecto perceptivo, para depois indicar esse caderno.
Para quem ele serve? Para crianças e adolescentes sem problemas motores e perceptivos. Mas primeiro é preciso saber como traçam as letras. Para isso, aproxime-se da pessoa em questão e observe. Se houver inversões de traçado, ou seja, se começa do lado oposto do que é normal. Há crianças que começam o “A” deste tipo, da direita para a esquerda e de baixo para cima, quando o correto é traçar duas linhas inclinadas e opostas de cima para baixo e uma terceira na horizontal da esquerda para a direita. O mesmo acontece com outras letras e números.

Seja para quem for, antes que o erro se fixe na memória (cristalização) é preciso corrigi-los. Mas o quê e como fazer?

Com exercícios psicomotores muito simples. Um dos motivos da letra feia é como os aprendizes pegam no lápis. Alguns apresentam movimentos estranhos ao normal porque seguram o lápis de forma incorreta.

 Cada criança adota uma posição que lhe seja confortável, mesmo que sejam erradas.  Todas as posições  diferentes a esta foto abaixo precisam de correção. Para mostrar o limite dos dedos num lápis, enrole um barbante, cole uma fita crepe ou de durex colorido. Em casos de problemas motores existem adaptadores interessantes, com modelos e cores diferenciadas.

modo correto de segurar o lápis para escrever.

Acostume seus filhos ou seus alunos a manterem uma distância entre a vista e a ponta do lápis, mantendo as costas eretas, como na figura abaixo.



Mantenha as costas retas e a cabeça a uma altura que você consiga ver a ponta do lápis ou da caneta. Esta postura promove menos cansaço do que se ele estivesse todo torto. Promove também uma boa visão do trabalho que está sendo realizado.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

CRIANÇAS QUE NÃO GOSTAM DE LER

RESPOSTA AO LEITOR




Uma mãe me escreveu pedindo orientação porque seu filho não gosta de ler. E aqui vai a resposta.

Nem sempre a criança que "não pega" um livro para ler  é "preguiçosa" ou realmente "não gosta" de ler. Isto porque algumas situações podem atrapalhar o desejo de ler.

A primeira é não ver seus pais lendo seja um jornal, revista ou livros. E se os pais não leem é porque a leitura não é uma atividade importante. Lembre-se de que as crianças aprendem pela imitação dos adultos.

A segunda é ler por obrigação. Ler tem que ser prazeroso. Ler porque os pais querem ou para fazer prova é horrível e muito chato. E mesmo que a história seja maravilhosa, não dá vontade de ler.

A terceira situação é ter que ler logo depois que chegou da escola ou de fazer a tarefa de casa. Algumas tarefas escolares realmente são cansativas e provocam um desgaste grande de energia e as crianças ficam cansadas.
  
A quarta são os livros que não combinam com a idade mental da criança. Embora tenha 10 / 11 anos, mas se o comportamento é de 8 / 9 anos, os livros para a faixa da idade deles ou maior  não combinam. Muitas crianças escolhem livros pela capa e não pelo assunto ou pelo autor.

A quinta situação é a maneira como essa leitura é acompanhada pelos pais. Na maioria das vezes, a criança fica num dos cômodos da casa e os pais em outro. Não participam da magia da leitura. E a criança finge que lê e os pais ficam satisfeitos.

A sexta situação pode estar ligada com dificuldades de leitura. Ele ter uma leitura lenta, confundir letras, pular de uma linha para outra sem perceber, desconhecer palavras. E  aí, a compreensão do texto fica prejudicada

Para estimular a leitura, faça o seguinte:

a) Escolha livros adequados para o seu filho. Não o que está na moda.

b) Comece com livros de poucas páginas (máximo de 20). Vá aumentando aos poucos.

c) Leia o livro antes de oferecer a eles. Assim, você poderá conversar com ele sobre a história.

d) Para começar, 15 minutos diários são suficientes. Depois, vá aumentando 5 minutos por semana  sem que ele perceba. Haja naturalmente.


e) Não o deixe sozinho na hora da leitura. Participe da leitura, lendo alguns trechos para ele e ele para você em voz alta. Assim, você perceberá as dificuldades de leitura que possa apresentar e ajudá-lo sem broncas, recriminações e impaciência.

f) Se aparecer alguma palavra mais difícil ou que fuja do vocabulário que estão acostumados a usar, consulte um dicionário. Haja naturalmente, como se fosse um costume. Você estará ensinando como ele deverá agir quando você não estiver por perto.

g) Não precisa terminar o livro num único dia. Mas sempre que parar, escolha uma situação que o deixe em suspense e querendo saber o vai acontecer na próxima página. Guarde o livro com você para que fique mais curioso.

h) Pergunte se ele gostou, o que entendeu, sobre personagens e suas atitudes, e o que ele faria se estivesse no lugar do personagem. Sempre de acordo com a história, é claro. Você perceberá se ele compreendeu ou não a história, ajudará a se expressar oralmente, a falar o que pensa com confiança de que não haverá críticas, broncas, nem notas.

E em pouco tempo, ele estará gostando de ler.

sábado, 17 de agosto de 2013

DESENVOLVENDO HABILIDADES

(EM BUSCA DA AUTONOMIA)

Em se tratando de deficientes intelectuais é importante verificar que atividades motoras a criança domina. Isto porque a maioria das famílias adotam uma educação protetora e acabam deixando de desenvolver algumas habilidades importantes. E uma dessas habilidades é o saltar.

Portanto, antes de começar a trabalhar essa habilidade, é preciso conhecer o que a criança sabe fazer e como ela o faz.

Foi pedido para esta criança que pulasse um pequeno degrau existente na saída da sala de atendimento. Na primeira foto observa-se que ela não se prepara para saltar, ou seja, não une os pés. E quando foi dada  a ordem, simplesmente esticou a perna como se fosse para andar. 


Uma outra verificação foi feita. O objetivo era saber se conseguiria saltar para a frente. E para isso foi utilizado a distância de um piso. A criança em questão foi colocada na posição correta e diante do piso marcado. Ao receber a ordem, ela se afastou um pouco a tomar impulso. Foi um pequeno salto, com pequena distância (meio piso)  e ergueu-se a poucos centímetros do chão. O piso marcado fora esquecido também. Ao tocar o chão apresentou um pequeno desequilíbrio, inclinando o tronco para a frente e para o lado direito.



Daí, já se pode concluir que todo um trabalho de base deve ser feito antes que ela aprenda a saltar. Começo esse trabalho em breve e vou apresentando aqui o que for encontrando. Ok?