domingo, 9 de setembro de 2012

A VELHA A FIAR

Olá, minha gente!

Trouxe, hoje, uma música infantil que pode ajudar muito a qualquer criança. Principalmente, para os deficientes intelectuais pequenos.

A letra tem versos repetitivos que facilitam a aprendizagem. Mas, também tem um ar de desafio, pois mudam os personagens em cada verso. A repetição deles todos, no final de cada estrofe, é um bom treino para a memória.

Ensinar esta música para os deficientes deve ser feita por partes, na maioria das vezes. Mas, tudo depende da pessoa com quem estamos lidando. Elas podem querer ir um pouco mais além.

O clip é bem engraçadinho!


Bem, fica aqui a sugestão.

Até mais.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

DISORTOGRAFIA

TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM


A disortografia é um transtorno neurológico de linguagem que influencia na escrita. Pode estar ou não, associado com a dislexia. Estima-se que em 90% dos casos, esse transtorno aparece em crianças que começam a falar tardiamente. Já nos 10% restantes, existe uma disfunção cerebral.

As principais características da disortografia são:

·       1- A troca de letras (e não precisa ser, necessariamente, semelhantes como t/d, p/b, c/g) tanto na fala quanto na escrita.. Oralmente, a linguagem se parece com a fala do Cebolinha, personagem da Turma da Mônica. Isto porque, a dificuldade em discriminar os sons auditivamente está envolvida.

      2-Os disortográficos encontram dificuldade em pontuar frases, acentuar palavras, ordenar frases em parágrafos, usar travessões etc.

         
·    3-Cometem erros grosseiros na escrita porque não compreendem a aplicação das regras ortográficas.

·    4-Na formação de frases, encontram dificuldades em coordenar e subordinar as orações.
       
·      5-Seus textos são curtos e escritos em bloco único.

·    6-Na escrita, emendam palavras, repetem ou omitem silabas do começo ou no final das palavras. O mesmo acontece na linguagem oral.

·      7-Por não entenderem as regras ortográficas, a separação de sílabas é incorreta.
         
·      8-Apresentam dificuldade na estruturação espaço-temporal.

·      9-Possuem fraca imagem corporal.

·     10-Dificuldade na dominância lateral.

·     11-Dificuldade em manter-se atento e concentrado até mesmo em atividades que goste muito.

·      12-Pouco interesse pela escrita.

         
   Com relação a estes estudantes, os professores devem evitar cópias, os tais treinos ortográficos e ditados.   As cópias porque agem mecanicamente e sem compreender o que copiam. Os treinos ortográficos não funcionam porque, geralmente  fixam mais rápido os erros que a forma correta. Os ditados, devido a discriminação auditiva.

O diagnosticado por neurologista e o tratamento com psicopedagógico em conjunto com o fonoaudiológico.

Fonte:
anotações de aula

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

ARTE DIGITAL

Alô, pessoal!

Hoje, o que trouxe para vocês não é uma novidade. Mas, continua sendo uma sugestão de atividade que é muito importante, principalmente quando se trabalha com deficientes.  

A sugestão de hoje são os desenhos e pinturas realizados no "Paint" do computador.

Muitas crianças e jovens deficientes possuem computadores em casa e mexem neles. Portanto, sabem fazer alguma coisa. Para os que não sabem, começo por colorir a folha toda. Depois, com a borracha vão apagando do jeito que quiserem.


 

Salvo suas tentativas e mostro a eles sua produção.

 
Depois que pegam a prática, parto para os desenhos rabiscados 
e que são coloridos ao final. Formam lindas pinturas abstratas!

Mais tarde, insiro figuras sem colorido encontradas 
na Internet para que possam colorir. Eles ficam felizes quando 
conseguem preenchê-las totalmente.


Bem mais tarde, depois de trabalhar muito cada etapa, 
deixo que eles criem. Não ficou linda esta casinha?

Com isto, além da criatividade, trabalha-se a coordenação motora fina, o conhecimento de cores, formas, a oralidade porque sempre querem falar sobre o que fizeram. Mas, o melhor de tudo, é que eles melhoram muito a auto-estima e a autoconfiança. 

Abro uma pastinha para cada um e, ao final do trabalho do dia, mostro tudo o que fizeram e toda a produção digital. Eles ficam admirados com suas produções. Sentem-se capazes. Somente o fato de guardar os trabalhos, já é importante. Eles se sentem valorizados e respeitados.

Fica aqui a sugestão porque sei que, no corre-corre das atividades 
escolares, acabamos por esquecer desta parte.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

TRABALHANDO A SEQUÊNCIA NUMÉRICA

Ensinar os números para deficientes não é o mais difícil. O complicado é fazê-las entender que os números seguem uma sequência, que é lógica. Muitos deficientes intelectuais conseguem memorizar essa sequência. Mas, no fundo, não entendem o porque o 9 vem depois do 8 antes do 10. 

Costumamos dizer que é porque a quantidade aumenta. Embora percebam, elas não fazem esta relação. E como recitam a sequencia oralmente feito papagaios , acreditamos que sabem.  Mas, na hora de fazer o exercício....

Mesmo trabalhada com materiais concretos se transforma em dúvida quando o trabalho é feito no caderno. 

Como ensinar esta noção?

Enquanto trabalhamos a relação número/quantidade, já podemos iniciar esta noção. Começamos com brincadeiras, como a montagem de torres, por exemplo. E para isto, podemos utilizar caixas de todos os tamanhos e formatos que as crianças empilham como torre.

   

Enquanto montam, ensaiam várias posições e possibilidades, intuindo que há uma sequência que deve ser obedecida, porque senão a torre desaba. Por fim, a montam corretamente.

Feito isto, passo para o trabalho no caderno ou em folhas. Trabalho com muitas figuras coloridas e o mais próximas possíveis do gosto de cada um. Figuras e o colorido atuam como apoio visual.  Os deficientes intelectuais necessitam muito desse apoio para ajudar na memorização. Com as figuras,  tentam descobrir o que está "antes" e o que está "depois" ou o que está na frente e atrás. Eu uso posições e elementos diferenciados para que precisem pensar.  Como estas, por exemplo:
 
Uso uma porção delas até que as crianças já os descubram com alguma facilidade. Depois, parto para outras, como estas:

 
Da mesma forma, trabalha-se bastante ou até que sejam capazes de descobrir o antes (o que vem na frente) e o depois (o que vem atrás). 

Esta etapa é importante para que o conceito se fixe na memória.  Faço cartões com a mesma figura e os numero na sequência que quero trabalhar. Peço que a criança me ajude a colocar os pregadores nos cartões (para mantê-los em pé) e, enquanto isso, o exercício vai fortalecendo os músculos dos dedos e da mão. Feito isso, colocamos em ordem. E a criança visualiza que um está atrás do outro.
 
Com essa sequência fica bem mais fácil para a criança visualizar o que vem "antes" e o que vem "depois".  Numa folha à parte,  escrevo um número sobre o outro. A própria criança chega a conclusão de que não dá para visualizar nenhum número. 

Se não concluir sozinha, faça perguntas como: Onde está o número X? Você o vê perfeitamente? Com isto, digo a elas que, no caderno, os números ficam lado a lado. E para não ficarem misturados, são separados por tracinhos. 

Trabalho primeiro, tudo oralmente. E depois, voltamos ao caderno. Por um tempo, mantenho a sequência como apoio e aproveito para trabalhar alguns jogos. Uso poucos números de cada vez. 


Neste caso, trabalho o 11, 12 e 13. Mostro que é a mesma ordem da sequência mostrada nos cartões e a criança visualiza. Então, começo o exercício. Com o apoio visual, fica fácil no início. Feito isso, e aos poucos, vou aumentando a quantidade de números  e  introduzindo outros exercícios.

 
O primeiro, trabalha outros números da sequência. Depois, a sequência inteira para completar ou completando com alguns números faltantes e com questionamentos orais. E, para fixar tudo, trabalho os "caminhos", onde os números são colocados numa certa posição que permite que a criança ligue com traços todos os números na sequência. Como variação, utilizo também os liga-pontos, labirintos  e os pinta-pontos, cujos pontos são substituídos por números.


Minha gente, sei que é trabalhoso. Mas, o resultado é muito bom. 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

JEAN PIAGET E AS FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

VAMOS CONHECER GENTE IMPORTANTE NOS MUNDOS DO DESENVOLVIMENTO E  DA EDUCAÇÃO.

1- JEAN PIAGET  e sua teoria



Estas fases servem para todas as crianças, com e sem deficiência. 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O QUE É DISCALCULIA?


DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM


A discalculia é um problema neurológico que provoca transtornos nas aprendizagens. Esses transtornos dizem respeito a tudo o que se refere aos conteúdos matemáticos. Alguns especialistas acreditam que esse problema neurológico deriva de uma má formação que pode ser base genética, neurobiológica ou epidemiológica.

A pessoa discalcúlica apresenta dificuldades em:

·            - reconhecer e identificar números;
·            - classificar, ordenar e sequenciar numericamente;
·     - em compreender como as tabuadas funcionam e não memorizam os resultados;
·            - em escrever os números no papel;
·            - em posicioná-los adequadamente para montar os cálculos;
·         - em fazer as operações fundamentais (somar, subtrair, multiplicar e dividir) por mais simples que sejam;
·            - em memorizar as diferentes figuras geométricas,
·            - em trabalhar com os símbolos matemáticos e fórmulas,
·            - em solucionar problemas ou de relaciona-los e aplica-los à vida diária;
·            -  em compreender os enunciados, sejam de exercícios ou de problemas.

A discalculia pode ser notada já na educação infantil, quando a criança começa a aprender os primeiros conceitos matemáticos. Mas, afirmar que qualquer criança que encontra dificuldade com os conceitos matemáticos, e nessa idade, são discalcúlicas, é bastante prematuro. Para que um diagnóstico seja conclusivo é preciso esperar um pouco mais, até que comece a lidar com as contas e problemas.

Também é prematuro dizer que essas pessoas “jamais” aprenderão. A neurociência tem realizado estudos e obtidos resultados positivos, embora seja, ainda, um longo processo reabilitativo.

Mas, como lidar com uma criança discalcúlica na escola?

Os professores devem ter sempre em mente que as pessoas discalcúlicas (pequenas ou grandes) não são assim porque querem. Uma boa solução é permitir que essas pessoas que essas pessoas façam uso da tabuada e/ou da calculadora, até mesmo durante as provas.

Trabalhar com atividades concretas é outra boa pedida.

Trabalhar com cadernos quadriculados de 1cm, ajuda no posicionamento dos números nas operações. Nos exercícios de classe, nas tarefas de casa e nas provas, os professores podem elaborar atividades e questões com enunciados simples e claros, ou seja, pedir o que realmente o que o exercício, o problema ou a atividade exige. Os problemas ilustrados são bem eficazes.

Embora a pessoa discalcúlica não seja uma pessoa deficiente intelectual (embora muitas síndromes possam apresentar a discalculia como comorbidade) uma boa pedida são os exercícios repetitivos e sequenciamento de dificuldades.

Como os pais podem ajudar?

A primeira coisa a fazer é entender que a criança tem um problema e procurar ajuda profissional.

Em segundo lugar, não adianta ficar exigindo dela o que ela não pode oferecer ou ficar comparando-a com o irmão, parentes ou vizinhos. Geralmente, estas comparações nunca ressaltam as qualidades, mas os defeitos.

Em terceiro lugar, controle a ansiedade. Devemos estimular, sim, mas aos poucos. O cérebro de crianças discalcúlicas não funciona da mesma maneira que o nosso. É preciso repetir bastante o que foi ensinado, esperar que o cérebro amadureça esse conceito e fixe na memória. E isto, muitas vezes, leva tempo.

Confie que ela aprenderá. Mas, não fique contando o tempo. Pressão e ansiedade são coisas que ela não precisa.


Fonte:

Apontamentos de aula